Capítulo 2

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Quando o carro parou, Jungkook estava exausto - ele chutou o capo do porta mala durante toda a viagem. Ele ouviu as portas abrirem e fecharem, em seguida, o som de riso masculino.

— Você vai ter que concertar isso.— Ele ouviu Hoseok dizer.

— Maldito homem!— O porta-malas se abriu, e ele fez careta para os homens. Seus corpos eram como silhuetas negras bloqueando o brilho do sol. Suas mãos puxaram-no do porta mala, e Kook foi meio arrastado, meio carregado pelo caminho para uma mansão que parecia muito cara. A porta da frente se abriu, e um homem em traje de mordomo sem pestanejar afastou-se para Namjoon entrar.

— Devo informar seus pais que o senhor chegou?

Jungkook o olhou: ele parecia um mordomo excelente. Perfeitamente penteado e com cabelos grisalhos. Barbeado. Colarinho branco e gravata bem atada. Ele olhou para baixo. Sim. Mesmo os sapatos estavam polidos em um preto lustroso.

— Seu nome é Alfred?— Kook perguntou, incapaz de ajudar a si mesmo.

Ele piscou para o Kook, com olhos bondosos. — Meu nome é Beom Hyeon, e você é?— Ele perguntou, olhando para Namjoon que segurava seu braço quase sobre a cabeça, obrigando-o a cambalear ao redor na ponta dos pés.

— Meu nome é Jeon Jungkook. Eu fui sequestrado por esse idiota louco, que quer me obrigar a me juntar ao seu culto, ter seus bebês e usar a minha pele como um manto. Você pode chamar a polícia, por favor?

As sobrancelhas grisalhas do mordomo se arquearam, embora sua expressão facial nunca mudasse.

Namjoon rosnou para ele.

— Ele o quê?— Uma voz feminina perguntou.

Jungkook olhou para a grande escadaria quando o casal mais elegante que ela já tinha visto descia em direção a eles. A mulher tinha cabelos loiros presos em um coque estilo vitoriano. Seus olhos castanhos claros brilharam quando ela andou para frente. Seu vestido lavanda era modelado em camadas de rendas e cetim, apertado em torno de sua cintura fina. O homem ao seu lado usava um terno escuro e gravata. Parecia que eles tinham acabado de sair de uma cena de Orgulho e Preconceito. Jungkook acreditava que estava vendo uma miragem.

— Namjoon, o que você disse a esta pobre criança? E solte seu braço, você vai machucá-lo desse jeito.— A mulher advertiu.

Namjoon liberou imediatamente seu braço. Jungkook olhou para a mulher com novo respeito - se ela tivesse autonomia sobre Namjoon, então talvez pudesse ajudá-lo a sair daqui.

— Ele é uma ameaça! Ele feriu o lábio de Hoseok, jogou um abajur em mim, me nocauteou com uma louça de banheiro, me chutou na parte de trás da cabeça... duas vezes, e amassou a porta do meu porta mala!

Jungkook notou que ele gritou a última queixa, confirmando que esse homem ficou mais preocupado com seu carro do que com uma possível concussão.

— E como ele acabou dentro do porta mala?— Jungkook ouviu o tom da voz da mulher, e respondeu rapidamente na esperança de angariar simpatia para sua situação.

— Ele me jogou no porta-malas do carro. Eu o estava chutando por dentro para tentar escapar.— Kook fungou dramaticamente e olhou para Namjoon, notando que ele tinha empalidecido.

— Oh, meu filho.— O homem mais velho e bonito cobriu o rosto com a mão, e a mulher olhou para eles em estado de choque.

— Você o trancou no porta-malas?!

— Ele estava me chutando.— Namjoon protestou.

— Ele é humano e tem metade do seu tamanho!

Encanto e Confusão 1 - Meu ComandanteOnde histórias criam vida. Descubra agora