Twenty seven

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Niragi Pov

Os dias se passou rapidamente e hoje é o dia da audiência, em que eu vou ser julgado e provavelmente preso.
Não estou preparado para o que está por vir...

— S/N: Vamos..— engoli um seco encarando aquele lugar, e vi várias pessoas entrar nele. S/N segurou firme em minha mão e eu tomei coragem logo pra entrar.

Arisu, Chishiya, Kuina e S/N se sentaram nas cadeiras e eu tive que ficar mais pra frente do juiz, ao lado da minha advogada, Nara. Logo em seguida entra o delegado Kenichi acompanhado de Ann, e notei que ela segurava uma pasta cinza nas mãos.

Merda.

— Bom vamos, começar! — o juiz falou — começando por...— tirou um papel —   sobre o que ocorreu com vários jovens e adultos. Ninguém sabe ao certo, como tudo isso aconteceu então precisamos que as testemunhas digam por elas mesmas. Quem pode vir até aqui na frente? — disse bem alto e num tom grosso.

Olhei um pouco de canto e quem se levantou era o Arisu. Óbvio,ele é o mais inteligente entre nós e provavelmente vai saber explicar como essa merda aconteceu.

— Arisu: bom senhor meritíssimo..— tossiu nervoso — o mesmo que aconteceu comigo, deve ter acontecido com eles — apontou pra mim e pra eles lá trás — eu estava com meus amigos e do nada as pessoas sumiram. — senti que sua voz estava falha — eu.. não sei realmente como tudo isso aconteceu, o porquê aconteceu, mas eu perdi esses amigos por causa de um jogo idiota de cartas! — disse tentando manter o foco — e foi ai que eu conheci um lugar chamado Praia. — o juiz fez um gesto para que ele parasse.

— Pode voltar pro seu lugar! Quem é o próximo? Preciso saber o que ocorreu nessa tal de praia. — anotou algo na folha.

— Eu! — quem eu menos queria. Ann. Ela se levantou e foi até na frente do Juiz — bom, quando cheguei lá eu já conhecia o Niragi — apontou pra mim — porém não conversávamos. Aquele lugar era um inferno, as pessoas eram obrigadas a andar de roupa de praia, podiam usar droga, transar, beber... e até mesmo matar — senti meu coração gelar — e obviamente, teve casos de abuso. Todas as pessoas, tinham que renovar seu "visto" e ir jogar esse jogo. E se você perder, morre.

— Certo, e eu quero saber de uma coisa — aquela voz me dava medo — o que você fazia lá? Participou de algum assassinato, ou foi ajudante?

— Ann: não. Eu só trabalhava na parte dos corpos, examinando a causa da morte. Mas tive que participar dos jogos..— disse bem calma e o juiz assentiu e ela foi pro seu lugar.

Senti minhas mãos tremer, suar, ficar gelada. Eu queria muito morrer naquele momento. Nunca senti tanta pressão na vida como estou sentindo hoje...

— Nara: calma que vai dar tudo certo — disse baixo.

Ouvi os passos se aproximar e era S/N.

— Pode começar. — abaixei a cabeça e fechei os olhos e apenas esperei ela começar a se explicar. — quero que me diga o que você viu naquele lugar.

— S/N: morte. — mordi o lábio inferior com força — muita morte. A cada dia uma pessoa morria no jogo, ou se não ela morria na praia sem ter feito nada. Eles tinham uma regra chamada "morte inclemente aos traidores" — disse dando um suspiro — a regra mais estúpida. Era a que mais causava morte na minha opinião.. e o que eu via lá era surreal.

𝙏𝙝𝙚 𝙈𝙖𝙘𝙝𝙞𝙣𝙚 𝙜𝙪𝙣 𝙜𝙪𝙮 - 𝙉𝙞𝙧𝙖𝙜𝙞 Onde histórias criam vida. Descubra agora