Eu espero de verdade que vocês estejam gostando, pq eu tô amando escrever esse segundo livro kkkk
Se cuidem galera, de verdade. A pandemia está bem forte no Brasil, se protejam e protejam quem está próximo a você ❤️❤️
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Mia Carter
Acordo com os meus dois pestinhas pulando na minha cama e em cima de mim, as vantagens de ser mãe são intermináveis. Você vai amar essa fase eles disseram. Me levanto, ficando sentada na cama enquanto Emma e Jack continuam pulando, esses dois tem uma bateria interminável de energia para gastar, algo que eu já não tenho em plena sexta-feira.
— Eu já entendi - Me rendo — Hora de acordar - Sorrio
— Hoje eu tenho aula de música - Emma pula eufórica e quase sem fôlego na cama. Eu acredito que Emma tenha nascido para música, pintura, moda, ela ama tudo isso e para uma criança é extremamente talentosa.
— Eu tenho aula de futebol mamãe - Jacob para de pular para falar comigo. Por mais que Jack goste de futebol não acho que seja isso que ele realmente quer e eu ainda não descobri o que é, as vezes fico preocupada que algum amigo da escola ou professor tenha o influenciado a fazer futebol por ser um menino. Cá entre nós, eu estou cagando pra isso, se o meu filho quiser fazer ballet, ele vai fazer e eu como mãe vou dar meu total apoio.
— Então os dois deveriam guardar esse energia toda para o resto do dia, que vai ser longo - Sorrio e agarro os dois com meus braços e saio distribuindo beijos por todo o corpo dos dois, que não param de rir um minuto
— Ainda bem que a Madame acordou - Minha mãe fala na porta do meu quarto
— Hoje é sexta ou é dia de Dona Clarice Carter reclamar?- Debocho e solto as crianças, que já vão descendo da cama e saem correndo pelo quarto
— Você muito bem por que essa Dona Clarice não está de bom humor - Tiro o edredom de cima de mim e me levanto da cama. Aperto um botão para que as persianas se abram
— Eu não faço a mínima ideia do que você está falando - E realmente não sei.
— Você está enrolando para começar o plano para voltar para casa - Bufo e saio andando
— Não estou com pressa mãe, só isso - Vou para o quarto do Jack e minha mãe e segue
— Você está com medo Rebecca - Fala brava
— E se eu estiver?! Qual o problema? - Pego Jack no colo e o levo para o banheiro, minha mãe pega a Emma
— PRECISAM DE UM PAI, DE UMA FAMILIA MIA - Falo alo e brava. Aqui é o único lugar que a minha mãe me chama de Mia, é só quando está muito irritada também
— Eu sei - Ligo o chuveiro no morno enquanto tiro a roupa do Jack
— Você está falando a mesma coisa a quase três semanas - Fala brava
— Eu vou fazer isso hoje, vou mandar o envelope quando levar as crianças para a escola - Começo a dar banho no Jack enquanto ele fica brincando com algum brinquedo
— Eu espero que você faça isso hoje, se não eu faço - Fala brava e sai do banheiro junto com a Emma
Eu realmente entendo toda essa raiva dela, é a merda de uma mentira e minha mãe odeia mentiras, principalmente quando envolve meu pai. Eles são casados a anos e desenvolveram uma confiança extrema um no outro e uma puta mentira dessa pode acabar com tudo.
Minha mãe está mentindo para o meu pai a três anos, desde a minha partida e isso está literalmente corroendo ela por dentro de tanta culpa, sem contar que ela viu o sofrimento de cada um bem de perto e deve ser ainda pior. Mas eu não estou com pressa para voltar e na verdade, se não fosse Daniel Walker o pai dos meus filhos eu não voltaria. Eu sei o quanto ele vai amar essas crianças desde o primeiro segundo que ver elas pela primeira vez.
— Mamãe - Jack me chama me tirando dos meus pensamentos
— Oi meu amor - Dou um sorriso
— Purque a vovó ta bava? - Me encara
— A mamãe fez algo que a vovó não gostou - Falo sincera
— Mass purque? - A fazer dos porques chegou bem cedo nessa casa
— Você vai descobrir quando for desse tamanho - Faço gesto com as mãos
— Mas eu to quase desse tamanho - Aponta com a mãozinha e eu dou risada, finalizo o banho e o enrolo em uma toalha
Seco Jack , passo um perfuminho para crianças, o visto, arrumo seu cabelo e depois sua mochila e ele está pronto para mais um dia de aula. Jack sai do quarto correndo e desce a escada indo a cozinha, como sei que minha mãe está lá junto com a Emma, vou para o meu banho.
Tomo um banho longo e calmo, eu realmente precioso de um tempo para pensar, mesmo sentindo que a coisa certa é voltar ainda não tenho certeza dessa decisão e isso está acabando comigo por dentro. Não deveria ser tão difícil, era para ser algo simples e rápido, totalmente indolor. Mas vai doer voltar, para mim e para os outros.
Termino meu banho, me arrumo, arrumo minha pasta com o material de trabalho e desço para tomar café da manhâ antes de levar as crianças para a escola.
— As crianças já tomaram o café da manhã - Fala mais calma
— Obrigada mãe - Ela da um leve sorriso e se senta na bancada, me encarando enquanto faço algo para comer
— Não vai doer voltar filha - Fala calma — De demorar mais, vão te esquecer - Fala com uma expressão triste. Odeio ver minha mãe assim.
— Eu vou voltar mãe, só não estou com pressa - Frito um ovo e depois faço um bacon — Eu preciso de um tempo também, vai ser difícil voltar e encarar a todos e principalmente ele - Engulo em seco
— Ele vai amar que você tenha voltado - Ela sorri toda simpática — Desde a inauguração ele vai ao meu restaurante pelo menos uma vez na semana, gosto dele, ainda bem que é o pai dos meus netos - Sorrio pensando nessa frase.
Um ano depois que fingi minha morte minha mãe junto com pai abriram um restaurante pequeno e aconchegante no centro da cidade NY, sempre foi o sonho de Dona Clarice ter seu próprio restaurante, fiquei muito feliz por feito parte disso. Apesar dela ter ficado muito triste por não ter a minha companhia e nem a dos netos, mas é um mero detalhe.
Como Daniel vai direito com sua noiva ao restaurante, ele está sendo bem frequentado e tem reserva feita até o meio do ano. Eu estou extremamente orgulhosa da minha mãe.
— Daniel - Fala o nome dele baixinho — Sente muito a sua falta filha - Respiro bem fundo
— Ele está noivo mãe e espero que esteja feliz pois eu não quero saber dele nem pintado inteiro de ouro - Falo brava
— Você precisa esquecer o passado se quiser ser perdoada e terá que perdoar para que esqueçam o que você fez - Fala seria
— Não é tão fácil assim, ele foi um filho da puta comigo - Falo o palavrão baixinho e olhando para ver se as crianças estão perto para não me escutarem xingando
— Você fala isso agora que está longe dele, aposto que quando o ver de novo vai ficar louca como sempre foi por ele desde o início - Ele sai da bancada e me deixa terminar de comer, indo atrás das crianças para as levaram para o carro.
Eu não quero e posso amar ele, sentir falta tudo bem, nutrir um sentimento okay, mas amar não posso. Daniel me fez muito mal e se eu não tivesse fingindo a minha morte, talvez eu não descobrisse nem metade de tudo que ele tinha planejado.
A verdade é que não dá para passar por cima do dia para a noite e mesmo que tenha se passado três anos, para a minha memória tudo aconteceu ontem. As descobertas sobre a vida dupla do até então meu namorado e pai dos meus filhos, toda a mentira, toda a farsa, tudo isso me deixa muito irritada. Daniel prometeu cuidar de mim e foi o primeiro a me apunhalar pelas costa, a pessoa que eu confiava de olhos fechados, quem diria?!
Término de comer, coloco os pratos na pia, pego minha bolsa, casaco e os casacos das crianças, suas mochilas e lancheiras e vou para o carro. Minha mãe já terminou de arrumar as crianças no carro, dou um beijo nela e saio com o carro em direção a saída do condomínio.
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VOCÊ ERA MINHA PERDIÇÃO
RomanceCONTINUAÇÃO DO LIVRO "MINHA DOCE PERDIÇÃO" NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 18 ANOS Eu mudei de país, mudei de nome, mudei de profissão, mudei a cor do meu cabelo, mudei meu estilo de roupa, tudo para fugir da confusão que é a sua vida, para esquecer...