VOCÊ ERA MINHA PERDIÇÃO

Capítulo 37 (o começo do fim)

Eu não avisei, mas acho que todos perceberam que cancelei a maratona. Eu apenas cancelei por não ter atingido a meta e mesmo atingindo depois não achei certo postar.

AGRADEÇO DE CORAÇÃO EM QUEM VOTA E COMENTA NAS MARATONAS, ME AJUDA BASTANTE.

ESSE ERA UM CAPÍTULO DA MARATONA :,)

Agora um assunto bem sério galera!!

Eu estou me empenhando ao máximo, fazendo maratona, respondendo aos comentários, tentando adiantar capítulos para postar toda semana e eu amo fazer isso, mas não está tendo retorno e isso me deixa bem mal, mais do que vocês imaginam. Então, voltaremos a ficar sem data de postagem e maratonas por um tempo. Eu também não quero que a história fique atropelada, quero deixar o livro o mais bem escrito possível para vocês e por conta da última maratona (que foi cancelada), percebi que a história não está como eu queria. Eu realmente sinto muito, sei que tem muitos leitores que se emprenham para comentar e curtir os capítulos, mas está me afetando bastante.

Eu não estou pausando o livro, estou apenas informando que não terá data de postagem até eu conseguir colocar tudo nos eixos novamente. Obrigada a cada um de vocês que vem me ajudando nos últimos capítulos, prometo voltar logo.

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Daniel Walker

Estaciono o carro de qualquer jeito e já saio louco em direção a porta da casa da matriarca, entro sem esperar que alguém abra a porta para mim e nem algo do tipo. Para a minha sorte a matriarca está na sala lendo um livro e me encara supressa e logo em seguida me lança um olhar de desaprovação por ter entrado desta maneira. Lucca que estava atrás de mim fecha a porta com calma. Ele ainda está calmo e controlado, pelo menos muito mais do que eu.

— O que aconteceu Daniel? - Fecha o livro e coloca na mesa de centro próximo ao sofá. Pergunta com a uma expressão seria.

— Quem atirou na Mia? - Me encara surpresa

— Do que você está falando? - Fala sem entender e me encara de relance

— A pessoa que atirou na Mia tem o broche Walker, é um sniper treinado! - Grito irritado e ela encara meu pai que está vindo da cozinha. Eles estão escondendo alguma coisa de mim. — Quem atirou na Mia? - Grito furioso

— Daniel, se acalme - Meu pai fala sério e para ao lado da Marcela.

— Atiraram na Mia, perfuraram o pulmão dela, ela está em como - Falo o encarando

Mais uma vez sinto o desespero tomar conta do meu corpo, a angustia, dor no peito, todo o mundo a minha volta ficando sem cor. Por um breve momento eu preferi não aceitar o fato de que ela estava em coma, de que não iria perder ela mais uma vez, tudo não poderia passar de uma droga de pesadelo que está durando a um mês. Como se eu fosse tirado totalmente da minha realidade e voltasse para três anos atrás quando ela fingiu sua morte, eu sou sugado mais uma vez para esse limbo.

— QUE PORRA VOCÊS FIZERAM COM A MINHA MULHER? - Perco o resto da paciência que eu tinha, eles ficam quietos e se encaram mais uma vez.

— Se você quer saber a verdade precisa se manter calmo Daniel - Meu pai fala e abraça minha mãe

— Que caralho vocês fizeram? - Falo irritado mas um pouco mais calmo

— Daniel - Lucca me chama com calma, me viro para ele e ando até ele — Gritar não vai adiantar, eu sei que está com raiva e isso vai te consumir até você aliviar todo esse estresse, vamos treinar depois daqui - O encaro, quando ele se tornou responsável? Apenas confirmo com a cabeça, estou precisando socar algo. Me volto para os dois que me encaram preocupados.

— Não fomos nós Daniel e acabamos de descobrir quem foi - A matriarca fala — Eu até poderia te explicar tudo, mas tem outra pessoa que vai fazer isso bem melhor - Fico sem entender, quem vai me explicar o que? — Vai para o seu antigo quarto - Assim que ela termina de falar eu subo as escadas pulando os degraus de dois em dois. Chego a porta do meu antigo quarto, entro de vagar e Naomi está no quarto, ela sorri assim que vê. Ela está usando uma roupa preta que apenas snipers qualificados pelos Walker usam. Eu realmente não estou entendendo.

— O que vocês está fazendo aqui Naomi? - Falo irritado e ela se aproxima com calma de mim e segura minha mãos com gentileza.

— Eu sei quem mandou atirar na Mia - Fico a encarando com surpresa — Eu sei quem é a Mia, sei quem são seus filhos, sei que me traiu - Sinto toda a sua dor, isso me acerta como um soco, me arrebenta por inteiro. Eu feri a pessoa que só queria me ajudar e me amar, que droga de homem eu sou.

— Como? - Engulo em seco

— Não foi eu que atirei nela Daniel - Fala com calma enquanto segura minhas mãos com mais firmeza e olha diretamente em meus olhos — Eu sou uma sniper da família Walker a 7 anos - Me olha com delicadeza — Existem 20 atiradores profissionais treinados pelos Walker's e eu sou uma delas - Fico apenas a encarando — Temos vidas normais quando não estamos matando - Me encara com um olhar de perdão — Eu queria te contar que sabia de cada mínimo detalhe da sua vida, queria contar que não sou apenas uma modelo, queria falar e mostrar que entendo o motivo de você não ter me contado toda a verdade sobre a sua família desde o início. - Eu ainda estou em estado de choque, ela se aproxima do meu ouvido — Eu sei que você a ama - Sussurra

— Como? - Balbucio e seus olhos e enchem de lágrimas

— Eu sou uma sniper Daniel, além de atirar com uma arma e ter um ótimo mira, eu sei investigar a vida das pessoas muito bem - Ela da um leve sorriso forçado — Eu amo você Daniel Walker, mas você ama a Mia - A lágrima escorre pelo seu rosto, seco a mesma com a minha mão. Se meu coração já não estava partido, agora já era. Eu perdi tudo, eu fodi com tudo de vez!

— Eu queria te contar - Falo sério — Queria te falar toda a verdade sobre eu a Mia e sobre toda a minha vida, mas eu tive medo de te colocar em risco ou então você terminar tudo - Ela da um leve sorriso — Foi por isso que a minha mãe falava para te contar tudo? - A olho com calma.

— Sim - Responde e me encara com delicadeza — Marcela já sabia sobre mim e até por isso a maior parte dos Walker queria que você ficasse comigo - Me olha nos olhos, sinto verdade neles.

— Eu sinto muito por ter te magoado Naomi - Ela coloca sua mão em meu rosto com ternura

— Se alguém que eu amei muito voltasse dos mortos, eu faria o mesmo - Ela sorri, mas em seus olhos só tem tristeza. A puxo para perto e a abraço apertado. Independe de tudo, eu amei essa mulher e ela merece todo o meu respeito por ser madura o suficiente para lidar com tudo de maneira calma e segura de si. — Eu vou buscar minhas coisas essa noite - Ela fala baixo

— Pode ficar com o apartamento se quiser - Ela se afasta

— Eu vou mudar de país Daniel. Vou deixar de ser uma sniper Walker - Da um leve sorriso — Vou ser apenas uma modelo. - Fala com calma — Bom - Ela limpa a garganta e sua postura muda — Foi seu tio que mandou atirar em você - Fecho minha cara — Mas como a Mia estava em seu escritório, mudaram o plano e atiraram nela. Pagaram o sniper por fora e já o mandaram para outro país - Sinto toda a raiva voltar para o meu corpo — Ele queria você morto para facilitar a saída da Mia e dos seus filhos da família, todo estão a vendo como uma ameaça - Fala com o corpo rígido e calma

— Eu quero o nome do filho da puta - Falo irritado

— Logan Walker - O que chamou a Mia de aquelazinha.

— Obrigado Naomi - Saio do quarto com raiva e desço as escadas com passos firmes, assim que chego a sala todos me encaram, esperando uma reação minha — Eu vou matar o filho da luta do Logan.

— Temos regras Daniel - Minha mãe fala com uma postura rígida

— As mesmas que ele quebrou? - A encaro com raiva — As regras que deveriam proteger a minha mulher? - Grito — Essas regras não valem mais porra nenhuma pra mim. Se ele quer guerra comigo, então ele vai ter!- Falo a encarnado — Eu avisei para não chegar perto da Mia ou dos meus filhos, acho que ele não levou a sério o recado, mas é uma pena para ele. - Termino de falar e saio pela porta sem olhar para trás, Lucca vem logo atrás sorrindo. Entro no meu carro e vou em direção ao sitio, preciso descontar toda essa raiva em algo, logo depois vou para a casa da Clarice ficar com meus filhos, eles vão me trazer paz.