Capítulo 56 (o plano quase perfeito)

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Mil perdões, mas esses últimos dias tem euros bem corridos por conta do meu aniversário e a rotina diária. Mas que é vivo sempre aparece galera ❤️

Tomem aqui mais um capítulo para vocês se deliciarem 💓

Beijos de luz e se cuidem

FELIZ DIAS DAS MULHERES ATRASADO

SOMOS FODAS E NADA MENOS DO QUE ISSO ❤️❤️❤️

***

Eu e Daniel passamos bastante tempo juntos durante essa semana, afinal estamos fazendo toda a organização da festa de aniversário das crianças e o tema vai ser super-heróis, no convite pede para que as crianças venham fantasiadas e que se o pais quiserem também podem vir fantasiados; ele fez questão de participar de cada mínimo detalhe da festa,  até mesmo se for preciso escolher a cor de um guardanapo ele quer ajudar, segundo o que ele mesmo disse "não quero perder mais nenhum momento dos meus filhos, cada detalhezinho eu quero e vou participar", sempre falando como se fosse estar aqui e o fato dele talvez não estar me deixa muito preocupada e angustiada. Tenho que admitir que Daniel tem me mantido calma e segura de que tudo vai dar certo, eu mesma já teria surtado mas ele se mantém calmo e me ajuda muito com isso, só nos últimos sete dias me peguei imaginando que ele morreria e meus filhos perderiam o pai para sempre e que eu nunca mais iria vê-lo, no instante que Daniel percebe que não estou bem ele me abraça apertado e sussurra no meu ouvido "tudo vai ficar bem amor"  com um beijo na testa. Sinto meu mundo parar todas as vezes que ele faz isso, tudo fica melhor nos abraços de Daniel Walker.

Está sendo uma semana muito estressante, ao mesmo tempo que estou organizando o aniversário das crianças com Daniel também estou pensando nesse "beijo da morte". Que tipo de regra permite que alguém morra dessa forma? Um tiro onde quiser, literalmente, pode ser onde a filha do falecido quiser atirar e todos precisam assistir e aceitar. Eu não quero ficar parada vendo Daniel levar um tiro e morrer na minha frente, não posso deixar o pai dos meu filhos morrer dessa forma cruel e eu entendo que o jeito que o tio dele morreu foi brutal também, mas sangue por sangue não vai trazer ninguém de volta a vida. E meus filhos precisam do pai, eu preciso do Daniel, nesse momento ele tem sido a minha base para tudo, até por que o Theo ainda está viajando e não sabe de toda essa loucura que está acontecendo. Amanhã as 19:00hrs da noite vai acontecer o beijo da morte e eu estou inquieta na cama, virando de um lado para outro sem conseguir dormir. Me levanto e desço para a sala, ligo as luzes e pego meu celular, ligo para o Lucca que me atende depois de quatro tentativas, ainda bem que eu não estava morrendo por que se dependesse dele eu já estaria morta.

— Olha só, meu irmão é um empata, o Enzo é um empata, mas você não era - Ele fala ofegante do outro lado da linha

— Eu vou continuar não sendo.

— Sinto em te informar, mas agora você é - Gargalho

— Preciso conversar sobre esse beijo da morte idiota - Suspiro

— Eu sei, também estou preocupado com ele - Falo recuperando o fôlego

— Pode vir para aqui? Para conversar comigo? - Pergunto carinhosamente

— Você já empatou minha foda né, então eu vou - Gargalho — Chego em 15 minutos minha diaba - Ele desliga. Deixo o celular de lado e subo para ver a Emma e o Jacob, eu amo ver eles dormindo, me passa uma tranquilidade, parece tudo tão certo e calmo, eu jamais deixaria naquele algo acontecesse com eles e não vou deixar com que percam o pai agora que acabaram de conhecer. Abro a porta com cuidado e entro no quarto da Emma que dorme tranquilamente me aproximo dela e a cubro, ajusto o ar-condicionado, dou um beijo em sua testa e vou para o quarto do Jack, faço o mesmo processo ali e volto para a sala, me deito no sofá e espero Lucca, o que acontece depois de 15 minutos, pontual. Abro a porta e ele entra.

— Aqui estou eu - Ele se joga no sofá usando sua calça moletom, um chinelo e uma camiseta azul escura. Vou até ele e me sento ao seu lado, me reencosto em sem ombro e ele me faz um cafuné — Você está pirando com isso não é? - Ele fala baixinho

— Da para perceber? - Falo sem olhar para ele

— Assim que eu entrei notei sua cara de preocupação e as rugas também - Dou um tapa em seu brava e ele sorri

— Eu não quero que ele morra - Suspiro pesadamente

— Nem eu. Minha vida pela dele sempre. - Falo calmo — Não é justo, nosso tio te sequestrou enquanto você estava em coma, ele atirou em você para te matar e o Daniel sai como errado? Parece injusto pra mim - Falo um pouco incomodado

— Como a sua mãe pode condenar ele a isso? Ele pode morrer, o filho dela - Falo irritada

— Por mais que eu tenha odiado essa decisão, ela fez o certo - Me solto do Lucca e o encaro irritada — Se em inocentasse ele muitos falariam que ela não estava sendo imparcial com seu próprio filho. Ela é a matriarca e não pode privilegiar ninguém.

— Mas ela poderia ter pegado mais leve - Falo ainda irritada

— Nisso eu concordo - Ele desvia o olhar 

— Não tem nada que possamos fazer para ele não levar o tiro? - Pergunto inconformada — Eu não posso deixar com que ele morra, meus filhos acabaram de conhecer o pai e ter uma intimidade real.

— Não, regras são regras - Sinto uma tom de raiva em sua voz

— Então vamos acabar com essa droga de regra - Ele me encara sem entender — Se alguém atirar no Daniel eu atiro em mais uma pessoa da sua família, vamos fazer a droga de uma banho de sangue então - Dou de ombros

— Você é louca - Ele gargalha e depois para por saber que estou falando sério — Não podemos entrar com armas justamente por isso, acha mesmo que ninguém chegou a pensar nessa possibilidade - Fico encarando ele por um segundo, pensando no que podemos fazer para salvar Daniel.

— Tem que haver uma alternativa Lucca e eu vou pensar em uma - Ele me olha e sorri

— Você ama mesmo o Daniel - Fico um pouco desconfortável — Vocês foram feitos para ficar juntos, eu ainda não sei o que você está fazendo com o Theo, ele é ótimo, mas você é louca pelo Daniel - Fala com certeza

— Para de inventar Lucca - Desvio meu olhar

— Se você mandar, o Daniel volta com você sem pensar duas vezes - Ele da ombros — E meu pano está prontíssimo para passar para vocês - Dou um sorriso

— Você é ridículo - Volto a olhar para ele — Me ajuda a pensar em um plano, não podemos deixar Daniel morrer - Lucca fica me encarando como se tivesse tido o plano perfeito — O que? Pensou em algo? - Pergunto animada

— Os únicos que podem ter armas são os seguranças da matriarca para a proteção dela, os seguranças da matriarca trabalham para o Enzo - Ele fala como se fosse óbvio todo o resto do plano, fico apenas o olhando para concluir — O Enzo pode pegar uma arma com um dos seguranças, podemos literalmente proteger o Daniel - Dou um sorriso

— É perfeito, não vão saber como a arma entrou já estávamos desarmados.

— Agora é só falar com o Enzo e pronto, o plano quase perfeito pronto - Dou um sorriso vitoriosa

VOCÊ ERA MINHA PERDIÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora