-𝚂𝚎𝚟𝚎𝚗𝚝𝚑-

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Me avisem se tiver qualquer erro, por favor. Não se esqueçam de votar e comentar bastante, boa leitura!

[...]

Jaehyun não conseguia pregar o olho. Sua cabeça retornava ao beijo a todo momento. Não sabia bem como se sentir. Ele havia gostado, muito, e temia o que aquilo pudesse significar.

"E se ele quiser mais?" Pensou "Eu quero mais?" Martelava em sua mente "E se ele falar para alguém?" Seu grande medo pairando. Se remexia tanto que a movimentação chamou atenção da cama ao lado.

- Jung?- Taeyong sussurrou.

- Sim?- Um fio de voz se fez presente.

- Tá tudo bem? O croque monsier não caiu bem?- Taeyong referenciou o sanduíche comido na janta.

- Estou bem.- Foi tudo que Jaehyun se limitou a dizer antes de um mórbido silêncio ecoar pelo ambiente.

- Sabe, eu não sou capaz...- O maior quebrou, de repente, o calado instante.- Não sou capaz de sentar e conversar com minha família sobre algo tão íntimo, sempre fui muito reservado.- Jaehyun mais parecia refletir em voz alta do que dialogar.- Só de imaginar minha mãe me olhando e falando sobre, dá vontade de sair correndo.- Suspirou pesado e Taeyong seguia lhe dando toda atenção.- Não seria capaz de lidar com olhares, perguntas, sou tímido demais para estar no centro das coisas.

- Não precisa se pressionar tanto, Jung, tudo acontece em seu tempo.

- eu já sou homem feito, Tae, quando chegará meu tempo? Essa ansiedade, isso que sinto, não passa.- Jaehyun já vacilava em sua voz.

- Você precisa ser paciente, as coisas irão melhorar, ok? Só entenda que não há nada de errado com você e quando menos esperar, chegará seu tempo.- Taeyong tentava olhar o outro mesmo no escuro.- Eu sei disso, pois já passei pela mesma coisa.

- E qual o primeiro passo?- Jaehyun fechou os olhos e secou uma lágrima solitária que ousou escapar.

- Pensar em si, na sua felicidade, se vale a pena mesmo arriscar ela e seguir vivendo com essa angústia. Demorará, mas logo você percebe que precisa reunir forças e agir.- Taeyong falou calmamente.

- Sinto que terei pesadelos essa noite.- Jaehyun pronunciou baixo, para si, porém o lamento não passou alheio a Taeyong.- Estou aqui se precisar.

- Eu... preciso.- Jaehyun respondeu receoso e olhou para a cama ao lado. Seus lábios nada mais falaram, mas seus olhos diziam tudo. Taeyong ainda lhe encarava na escuridão.

- Vem aqui, não necessita de receios entre nós.- Disse baixo e afastou a coberta, abrindo espaço ao seu lado. Jaehyun abriu um tímido sorriso. Dormir tão perto de Taeyong lhe parecia uma boa ideia.

Se ajeitaram na pequena cama como dava. Estava frio, como sempre, e toda a proximidade dos corpos gerava um calor confortante. Jaehyun encostou timidamente sua face no peito alheio e sentiu o outro repousar a cabeça no topo da sua.

- Assim está bom?- Taeyong disse carinhosamente.

- Está ótimo.- Jaehyun lhe respondeu.

- E assim?- O menor iniciou uma leve carícia nos cabelos do outro.

- Melhor ainda.- O maior respondeu com um sorriso de canto e eles dormiram um sono profundo e revigorante.

...

Taeyong abriu os olhos com o som do despertador. Sobre seu pijama rosa e quente, estava o ressonar tranquilo de Jaehyun. Ele observou o outro por pouco tempo, pois logo depois, ele acordou.

- Bom dia.- Taeyong disse tímido.

- Bom dia.- Jaehyun falava sonolento.

- Sabe que dia é hoje né?- Taeyong o olhava.

- Meu deus! Sim! Temos que planejar a cartada final! Anda, temos pouco tempo.- Jaehyun deu um pulo da cama e não se importou com o chato frio da manhã. Foi direto para seu notebook.

Pela noite, ocorreria a reunião final com os investidores e deveria ter um último discurso de convencimento para fechar, enfim, o negócio.

Taeyong riu da reação do maior e se levantou rumo ao telefone para pedir o café da manhã.

Quantidade de palavras: 621 palavras.

𝚄𝚖 𝚚𝚞𝚊𝚛𝚝𝚘 𝚎𝚖 𝙿𝚊𝚛𝚒𝚜: 𝕁𝕒𝕖𝕪𝕠𝕟𝕘Onde histórias criam vida. Descubra agora