CAPÍTULO 36 - SARAH ESTEVAM

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 Após o jantar, eu fui até o lindo jardim da casa do Martín para caminhar, senti falta desse lugar. Eu adoro jardins e nesse eu vinha toda semana, já que tínhamos um jantar sagrado por causa da minha mãe e Stephanie. É estranho vir aqui sem eles, mas bizarro mesmo, é eu parar e pensar que meus pais estão vivos. Eu estou muito feliz, é claro, mas já estava aceitando o fato de ser órfã. Foi tudo tão repentino.

- Já está com a cabeça alta Liza? (perguntou Martín ao me ver no mundo da lua)

- OI, é... você está diferente desde a última vez que lhe vi. É estranho...

- Verdade, você também está Liza... Ficou mais... (ele ficou em dúvida se dizia ou não)

- Mais?...

- Crescida

- Como assim crescida?

- Mais, como eu posso dizer? Ããã... mulher.

- (eu rio sem jeito) Que elogio estranho, você também ficou mais homem. (ambos rimos)

- Então, advocacia né?

- É, era meio que meu sonho secreto.

- Não tão secreto assim... (eu retruco)

- Como assim?

- Você sempre foi muito argumentador, leva jeito.

- Hum...

- Sabe uma coisa que eu não estou acreditando?

- O que Liza?

- Eu estou começando a gostar de uma tal membra das 3 CIS...

- A Cecília? É, faz um ano que a gente namora. Ela ficou bem diferente, não é mais chata. Todos nós crescemos né?

- Sim! É até estranho essa sensação de estar aqui. Parece que eu voltei no passado.

- É (ele ri). Mas, qual foi o motivo principal para você voltar aqui? Eu soube que você foi adotada por uma família de descendência francesa, estudou em um colégio chiquérrimo, tá fazendo faculdade...

- Nossa! Como você sabe de tudo isso?

- Tenho minhas fontes (e dá aquele sorrisinho de canto de boca)

- Bom... (contei a ele toda a história)

- AI MEU DEUS! Tia Meredith e Max estão vivos? JESUS

- Eu também estou processando ainda. Eu vim para tentar resolver todo esse rolo aí de empresa, para finalmente reencontrar meus pais.

- Eu vou te ajudar! Sério, é muita coisa para processar. Amanhã mesmo vamos ao Instituto Allegro para pesquisar. Foi assim que sua mãe adotiva lhe aconselhou não foi?

- Foi. Vamos lá amanhã?

- Vamos!

- Me diz uma coisa... Por onde anda a Amy?

- Ela herdou a empresa do pai desde que o mesmo se aposentou. Está muito bem sucedida, porém não gosta do trabalho porque diz que não quer trabalhar e ser dona de algo que ela não construiu, então ao final da sua especialização, ela vai largar tudo e abrir sua própria companhia.

- Isso é tão Amélia!

- Foi exatamente o que eu pensei Liza. (e ri novamente)

- OII pessoal (Cecília entra e interrompe a conversa)

- Oi amor! (Martín a beija e sem querer, me incomodo com a cena. Na hora do beijo, eu relembrei do nosso primeiro. É uma pena que as coisas foram assim, e fomos forçados a nos separar. Porém, eu não posso me deixar levar por essas emoções: o Martín namora, e está feliz. Se ele encontrou a felicidade, eu tenho que comemorar, porque apesar de tudo ainda somos amigos.)

- Então Liza, como vai os namoradinhos? (ela pergunta de uma forma engraçada e eu tenho que admitir: Não odeio ela, acho até que legalzinha, o que dói muito em mim ter que assumir isso.)

- Bom... Não tenho nenhum namorado. Depois de uma certa pessoa (olho para Martín como se estivesse falando em código), eu só namorei o Théo.

- Quem é esse menino?

- Ele é o sobrinho do Isaac, meu pai adotivo.

- Então era seu primo?

- Não biologicamente falando, não somos da mesma família, mas pode-se dizer que mais ou menos.

- Que estranho! Porém, se vocês se gostaram, quem sou eu pra julgar? Porque terminaram?

- Ele foi fazer faculdade em um outro lugar, e decidimos terminar amigavelmente, até porque somos da mesma "família"

- Que bom! Pelo menos não foi com briga.

- Verdade! (Martín interrompe como se quisesse acabar com o assunto, pondo um ponto final)

- Você vai sair para algum lugar amanhã Liza?

- Vou sim. Na verdade, o Martín também vai.

- Vai? (ela pergunta desacreditada)

- Vou sim. Nós vamos nos reencontrar com a Amy e resolver umas coisas pendentes no Instituto Allegro.

- Sério que vocês vão voltar para aquele lugar! (ela revira os olhos) todo dia eu agradeço a Deus por já ter saído de lá.

- É que temos algumas coisinhas para resolver... Só isso, depois saímos.

- Então tá certo. Tchau gente! Já vou indo...

- Tchau anjinha! (O Martín se despede da Cecília e ri com o apelido)

- Sério mesmo? Ainda insiste nesse negócio de anjinho? Eu e a Amélia não fomos suficientes?

- Não. Eu sou cabeça dura, demoro para ser convencido (e todos rimos)

No dia seguinte...

Estou indo reencontrar A Amy e graças a Deus o Martín me deu o número dela, então combinamos tudo e eu contei toda a história a ela. Não consigo me aguentar de saudade!

- Caramba! Que nostalgia a gente indo para o Instituto Allegro, só nós três.

- A diferença é que agora eu posso dirigir (O Martín brinca)

- AI! Que saudade que eu fiquei de vocês.

- Nós também. Infelizmente tivemos que nos afastar. Mas vocês prometem que nunca farão isso de novo? Já somos maiores de idade, não tem desculpa.

- Eu prometo! (todos dizem em uníssono)

- Chegamos!

O Instituto era o mesmo de sempre, nem acredito que estou revendo-o.

- Gente, o que é isso aqui na entrada?

- É uma carta.

- É a letra da minha mãe (falo enquanto tento controlar a minha tremedeira)

         Assim tinha na carta:

"Filha, tentamos de tudo para que você pudesse ser protegida e não sofresse assim como nós. Em vão tivemos que fugir. Acredito que Analis a essa altura tenha lhe falado a cerca desta carta. Você é a única que pode consertar toda essa situação: A família da diretora Madalena Peterson no passado fizeram de tudo para acabar com tudo que tínhamos, quase conseguiram, assim que descobriram sobre a empresa secreta nos ameaçaram sobre não ter revelado e nos disserem que tomariam de nós. Tentamos processar, mas não deu em nada, era a nossa palavra contra a dela. Sei que deve estar se perguntando: Mas porque eu? Porque desde pequena você tinha uma habilidade incrível de lutar e conquistar seus sonhos. Possa não acreditar, mas você é a única que pode resolver essa situação, siga seu coração ele lhe dirá o que fazer"

Com amor, Meredith Tatcher

- AI MEU DEUS!

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Gente! Só descobertas aqui! Espero que tenham gostado desse capítulo e dessas gigantes conversas e diálogos (eu sei que você não admite, mas gosta). Qual casal vocês shipam mais: Martín e Liza, ou Théo e Liza? (escrevam aí nos comentários os ships, porque eu não tenho nenhuma ideia boa.

         Um xero, @Sara_hEstevam

Segredos dos Tatcher'sOnde histórias criam vida. Descubra agora