CAPÍTULO 44 - VITÓRIA COUTINHO

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O avião pousou as 5:00 da manhã no horário da Inglaterra. Ainda estava escuro, mas me trouxe um ar de alegria e felicidade aquela escuridão. Vou finalmente encontrar meus pais, estou muito feliz que nem consigo descrever em palavras. A vida é mesmo bem conturbada, não é mesmo? Uma hora tá tudo bem, e depois tá tudo diferente e depois tá tudo mal de novo e depois tudo feliz de novo.

- Amor acorda (digo e ele se levanta ainda meio cansado e tentando fazer seu cérebro distinguir as coisas ao seu redor. - Chegamos.

- Já? Nem vi.

- Também dormindo desse jeito você não ia ver nunca. Até roncou.

- É sério?! – Diz Martín com cara de assustado.

- Não eu tô só zuando rsrs. Agora vamos temos que encontrar meus pais.

Saímos do avião e pegamos um táxi até o hotel mais próximo. Decidimos parar nesse hotel para descansar um pouco. No caso pra eu descansar, já que o Martín passou a viajem inteira dormindo.

- Que quarto enorme, maior que minha casa. - Martín diz olhando ou redor.

- Verdade é muito grande.

- Então.... Você quer ir agora encontrar seus pais ou...

- Não ainda tá cedo, eles devem estar dormindo. Mas tarde vamos encontrar eles. Eu tô muito cansada não dormi a viajem toda com animação pra encontra-los. - Falo bocejando e colocando as malas no canto da parede perto da cama. Em seguida me deito na cama pronta para dormir.

- Está bem. Vou ficar aqui com você. - Ele vem até mim e se deita ao meu lado me abraçando. Esse abraço é muito reconfortante e seguro, parece que estou num lugar onde nada pode me machucar.

E num piscar de olhos eu durmo.

Acordo com barulho de carro vindo de fora. Me levanto e percebo que Martín não está aqui. Onde será que ele tá. Levanto e procuro em todo o apartamento e não o acho. Até que alguém abre a porta, me assustei e peguei um travesseiro para me proteger caso fosse um ladrão ou um doido. E quando a pessoa entra, vejo que é só o Martín

- Caramba Martín, não me assusta desse jeito.

- Calma Liza. Pensou que fosse quem? Um ladrão?

- Sim.

- Como você acha que iria entrar um ladrão no nosso quarto, estamos em um hotel.

- Eu sei, eu sei. Acho que ainda tô com sono. Deve ser isso. Onde você tava? Te procurei em todo o apartamento.

- Eu sair. Fui comprar um pouco de comida. Eu estava com muita fome.

Fomos comer algumas coisas que Martín comprou e logo em seguida marquei um ponto de encontro com meus pais num parque.

- Tá ansiosa pra ver seus pais?

- Muito. – Digo e a cada passo que do na rua meu coração acelera.

- Calma meu amor, vai ficar tudo bem. – Martin diz segurando minha mão. E até que tô me sentindo um pouco menos ansiosa.

- Quantas crianças tem nesse parque.

- Me lembra a gente. Lembra quando a gente ia no parque juntos, e uma vez você caiu do brinquedo e machucou o joelho.

- Lembro, dia difícil aquele, mas você me comprou um sorvete e me senti muito melhor. – Sorrio e ele retribui. – Vamos sentar ali naquele banco e esperar eles.

Sentamos no banco e esperamos eles chegarem. Estava muito frio e eu não parava de tremer.

- Tá com frio?

- Sim, deveria ter pego o meu casaco antes de ter saído.

- Aqui – Ele tira o casaco dele e coloca sobre meus ombros e depois coloca seus braços em meus ombros também. – Melhor?

- Muito, obrigada.

Esperamos uns 40 minutos e nada deles chegarem.

- Acho que eles não vêm.

- O que? É claro que eles vêm Liza, vamos esperar mais um pouco.

- Talvez eles tenham desistido de mim, e acho que não querem me ter de volta.

- Não é nada disso Liza. Eles só estão atrasados como todo mundo fica.

- E se não. E se eles me abandonaram? E se eles não me quiserem de novo? – começo a pensar um monte de coisas sem sentido.

- Liza. – Martín diz apontando pra alguém atrás das minhas costas.

- Liza? Querida?

- Mãe, pai. – Digo e olho para eles. Nessa hora entrei em choque. Me levantei do banco e os abracei. Comecei a chorar e eles também.

- Não acredito que vocês estão aqui. – Os abraço de novo dessa vez com mais intensidade.

- Estamos muito felizes em te ver de novo filha.

- E não esperávamos a hora de encontrar você pessoalmente, não é querida?

- Sim.

Olhei pra eles por um tempo e parecia ser um simples sonho, mas não era.

- Mas Agora chega de choro. (Diz minha mãe) - Vamos conversar e nos divertir. Tá tudo resolvido agora.

- É– só agora paro de chorar.

- Martín, que bom te ver querido.

- Oi tia. – eles se abraçam

- Como você cresceu.

- Pois é.

- Bom.... Mãe, pai, tenho uma coisa pra contar pra vocês – Vou pro lado de Martín.

- O que foi Liza?

- É que...

Continua...

Segredos dos Tatcher'sOnde histórias criam vida. Descubra agora