Acordei hoje com o sol entrando pela janela do quarto do Martín (esquecemos de fechar) e com o cheiro do seu perfume, que é o Bleu da Chanel. Ele usa esse perfume desde que eu me conheço por gente, e faz questão de continuar usando toda linha dele, como creme de barbear, body splash, tudo. Segundo ele, essa é a sua marca, e é mesmo. É um detalhe que quase nenhuma pessoa percebe, mas que me marca bastante. Seu edredom tinha esse cheiro, assim como todo o seu quarto, eu o considero como "cheiro de Martín".
- Ai meu Deus!
- Bom dia pra você também Martín (falo de forma irônica porque essa foi a primeira frase que ele disse quando acordou)
- Eu esqueci Liza
- Esqueceu do que?
- Que minha mãe vem todo dia às 8:00 aqui pra gente tomar café da manhã junto. Que horas são?
- 7:40 (respondo sem saber o porquê que ele estava tão espantado). Porque essa euforia toda? Ainda dá tempo de ela vir.
- Não é tempo, é você! (ele explica enquanto arruma a cama e escova os dentes apressadamente) Ela vai ver você aqui no meu quarto.
- O que é que tem? Eu nem tô de pijama, nem aconteceu nada, não é a primeira vez que a gente dorme junto, já perdi as contas de quantas festas do pijama já fizemos com a Amy, além do mais, a gente já é de maior Martín.
- Sim, mas eu estou na casa da minha mãe: Casa dela, regras dela. Tenho certeza que Stephanie não vai ficar feliz em nos ver assim, sem falar que eu a respeito muito. Quero contar sobre nós com um jantar, e quero fazer um combinado com você, mas vai achar meio bobo, sei lá.
- Pode falar Martín, podemos conversar sobre tudo, acima de tudo amigos, lembra?
- Eu quero que... (ele fica meio envergonhado) aquele momento só aconteça depois do casamento. Eu não sou a pessoa mais religiosa do mundo, mas eu acredito muito nessa regra, parece ser a coisa mais sensata a se fazer. Eu espero que você concorde (ele fala ficando vermelho)
- É claro que eu concordo com você Martín, pra falar a verdade, eu também quero que seja assim. Ontem foi porque, sei lá, eu me deixei levar.
- Eu entendo. Agora a senhorita precisa sair, vamos! 1 2 1 2 (ele me apressa)
- Tá bom, tchau (me despeço com rápido beijo, e quando olhamos para trás...)
- MÃE! (ele diz tentando disfarçar, como se nada acontecesse)
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?
Nós explicamos tudo para tia Steph (tá estranho chamar ela assim sabendo que ela é mãe do meu namorado, quer dizer, namorado ainda não oficializado). Ela claro que nos apoiou, logo após de nos dar uma bronca sobre visitadas de quartos, é claro. O jantar que o pobre Martín tanto queria foi por água a baixo, mas ainda podemos espalhar a notícia para nossos amigos e conhecidos. A Cecília não vai ficar nada contente com isso, mas ela continuou não gostando de mim do mesmo jeito, sem falar que ela não tem mais nada com ele, então não estou levando em conta a sua opinião sobre.
Decidi finalmente qual faculdade quero fazer aqui no Brasil: Relações Internacionais. Eu terei que cuidar da empresa, já que ela será passada dos meus pais para mim. Eu acho que não terei tempo de ser diretora do Instituto, embora gostaria muito, então, decidi que meus pais vão ficar com esse cargo. Eu só preciso encontra-los, não vejo a hora. A Amy quer muito ter seu próprio negócio, então decidi que ela poderia vir me ajudar na Tatcher's, só por enquanto. Preciso muito ligar para os Thompson's, tenho que contar tudo para eles, ou melhor, tenho que ir até eles. São tantas novidades, tanta coisa para assimilar!
[...]
Ligação on
- Liza?
- Oi Martín. Que susto! (rimos)
- Eu gostaria de lhe convidar para estar na sua casa agora.
- Você está me convidando para a minha própria casa?
- Sim! Agora.
- Tá bom, estou indo. (desligo o telefone enquanto vou para a minha casa, que não fica tão longe)
Ligação off
Quando entro na minha casa, me deparo com um cenário cheio de luzinhas, indo em direção ao jardim. Quando chego no jardim principal, me encanto com a iluminação, flores, a decoração milimetricamente calculada.
- O que é isso?
- Isso Liza, é um pedido de namoro formal ajudado pela sua querida amiga Amy.
- Oi Liza! (ela diz enquanto corro para abraça-la em sinal de agradecimento e euforia).
- Eu sei que você gosta de mim, e eu de você, demoramos um pouco para descobrir, mas acho que ainda vale (ele ri).
- Ai meu Deus, eu não sabia que você era tão brega! (eu brinco enquanto a Amy se acaba de rir)
- Acho que nem eu sabia (ele revela). Mas enfim, a pergunta que não quer calar é: Elizabeth Tatcher, você quer namorar comigo?
- Martín Cooper, você que namorar comigo?
- Sim! (respondemos em uníssono e nos abraçamos, depois ele me deu um beijo na testa)
- Aí meu Deus eu vou chorar! (a Amélia fala e ambos a abraçamos)
A tarde acabou com um lindo pôr do sol e eu estava completamente realizada. Finalmente decidi abrir a última carta, nela estava escrito somente:
Oi minha filha,
Número de celular: 4002-2289
Ass: Maxuel Tatcher
- Ai meu Deus! (grito enquanto pego o celular para ligar)
Continua...
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Oii gente! Mais um capítulo dessa aventura que está chegando ao fim. Cada vez que escrevo um desse, fico em êxtase. Estão gostando desse desfecho? É emocionante.
Um xero, @Sara_hEstevam
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Segredos dos Tatcher's
Non-FictionApós sua vida virar de ponta cabeça, Elizabeth Tatcher terá a mesma desconcertada. Uma série de desventuras acompanham a narrativa. Muitos obstáculos estarão em seu caminho, mas forte e confiante ela desvendará os SEGREDOS DOS TATCHER'S; "Se a vida...