CAPÍTULO 5 - SARAH ESTEVAM

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Hoje é sexta-feira, graças a Deus. Não é que eu não goste do Instituto Allegro, nem que eu seja uma má aluna, é que cansa sabe? Ainda mais naquele lugar, com a bendita Diretora Madalena, as 3 CIS, e todas as exigências do Instituto, que é um lugar muito bom para se estudar, mas muito complicado também.

Eu falo com raiva daquele lugar, mas se bem que eu o amo. Você já sentiu isso? Amar e odiar ao mesmo tempo? É incrível como a distância do amor e ódio possui uma margem tão pequena as vezes. Eu adoro meus melhores amigos (Amélia e Martín), amo as atividades extracurriculares (eu faço parte do grupo de debate, coral, literatura, ballet clássico e contemporâneo, orquestra tocando piano, e futebol) eles exigem no mínimo 5, mas meus pais me obrigam 7...

Eu estou naquele local desde que me entendo por gente, acho que mesmo antes de estudar lá meus pais me levavam para brincar em seu campo, nunca entendi o motivo, acho q era para eu me acostumar. Tá bom, já conversei demais, vou pra lá agora, não posso me atrasar.

[...]

- Mãe, temos que passar para pegar a Amy de novo...

- Tá, eu não tenho reunião hoje, então vai dar para esperar os cinco longos minutos da Amélia.

- Martín vai com a gente também pode ser? A Stephanie pediu... (disse eu quase implorando e colocando a mãe dele no meio porque sei que ela não resiste quando a cito)

- Tá bom...

Pegamos o Martín.

- E aí Meridithison? (esse é o apelido que carinhosamente o Martín chama minha mãe)

- É Meridith, Martín, Meredith. Vou ter que falar com sua mãe sobre isso mocinho...

- Relaxa tia, (disse ele porque sabe que minha mãe odeia ser chamada de tia) é que eu tava com saudades...

- Me chamou de que? Tá, eu admito, estava com saudades da sua implicância

- Eu sei, eu sei...

- Gente, odeio interromper o momentinho de "amodeio" de vocês (disse eu com uma linda ironia), mas eu preciso avisar que a gente passou da rua da Amélia.

- Desculpa Liza, não era minha intenção atrapalhar sua mãe, mas parece que eu sou tão maravilhoso que acabei fazendo...

- Queria ter uma autoestima dessas (disse eu desmoralizando o Martín)

- Eu também filha, eu também...

(Todos rimos)

Chegamos para pegar a Amy.

- Até que você foi rápida dessa vez Amy...

- Apareceu a margarida olê olê olâ! (cantou a Amélia de forma sarcástica para provocar Martín) onde você tava?

- Doente...

- Sim, sim. Espero que você não fique doente para ir para a festa da Samantha.

- Ai Meu Deus é hoje! (Disse eu interrompendo a conversa), eu ainda nem comprei o presente! Com que roupa que eu vou? Onde tá o convite? Qual o endereço do restaurante? Que horas são?

- Ei ei ei, calma Liza papagaio, uma coisa de cada vez. (Respondeu Martín me chamando assim quando eu falo demais)

- Gente, estamos quase chegando na escola, depois a gente resolve isso e liga pra sua mãe Liza. (Amélia respondeu com sua calma habitual)

- Para a sorte de vocês (interrompeu a Mrs. Tatcher), a mamãe aqui já tem tudo resolvido, já comprei o presente que vocês pediram, o restaurante é o Afabli Fan'je, será ás 15:00, quem vai deixar e pegar vocês é a Stephanie. De nada!

Segredos dos Tatcher'sOnde histórias criam vida. Descubra agora