A chegada

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   Apesar das consequências e da dor que sentia naquele momento, não entendia o real motivo daquela viagem a força,sem ao menos poder tentar voltar atrás do que tinha cometido,humilhado por amar perdido sem saber o porque de tanta crueldade para manter um status invisível e frio.Sabia o quão arrependido estava por envolver minha única paixão em toda aquela desastrosa confusão.

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 Ano 1838,país Brasil,o clima tropical da Bahia era assustador para o jovem francês que era conduzido em uma ornamentada carruagem para o interior daquele lugar extremamente quente devido ao auge do verão.
Seus olhos aparentemente tristes se camuflavam através da minúscula janela daquele transporte,estes azuis brilhavam cada vez que raios ardentes sobressaíam sobre a espessa vegetação que cercava aquele ambiente. 

 _Estava verdadeiramente triste não sabia para onde o criado do meu pai me conduzia,fui arrastando do meu meio de vivência devido a descoberta do meu romance com o filho do Barão Clóvis ,meu pai um dos mais ricos nobres da Europa e cristão fiel me abominou quando descobriu que seu único filho se envolvia as escuras com outro rapaz para deleitar dos prazeres carnais a família toda ficou abalada e o Barão me ameaçou de morte e me condenou diante a igreja como um bruxo filho do sem nome,um deslumbre aos olhos, segundo ele devido as ceitas que minha família se envolvia para ficarem ricos,sempre me viam como uma aberração era excluído de tudo,principalmente no ciclo social da alta sociedade Francesa e nas aulas esportivas em principal, pareciam que tinham medo da minha existência naquele lugar, não entendia ao certo,porém mesmo me evitando seu filho mais velho Brendo me abriu os olhos do que me faziam abominar desde pequeno,que o amor poderia vir do mais sutil e eminente ser,a minha mãe era a única que entendia porém era mulher passiva que não levantava voz para meu pai e me deixou partir mesmo sentido remorso de perder seu único filho.Desde que partirá a única coisa que sabia era que iria para casa da irmã de minha mãe a tia Eunice,sempre que podíamos a visitavamos contudo em uma outra região daquele lugar e nessas e outras aprendi o português era meio que tradição pois tínhamos muitos parentes que possuíam posses ali.

Era viável meu medo já que minha tia era conhecida por ser bruta e sempre impulsionava sentimentos ruins entre as pessoas em principal aos mais jovens e aos seus pobres escravos.Sentia que seria meu fim viver em terras estranhas por dois anos até completar minha maioridade para ir servir a Deus em um templo em Portugal,minha vontade era de fugir e se enfiar no meio daquela floresta em busca de uma salvação,estava condenado a pagar um preço muito alto por birras e fofocas inoportunas.

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 A carruagem se movia frenética a terra batida balançava quase como num ritmo musical o que não era agradável para o Pierre que sentia as dores daquela viagem. Os ares florestais se esvairam no horizonte o cenário mórbido se desmontou para uma paisagem plana com gramado verdejante e coqueiros altos e algumas árvores frutíferas pelo caminho de terra que se desfez por uma alpendrejada,a frente podia se ver uma imensa casa toda feita de pedras e com pintura branca quase como a dos papiros egípcios,centenas de janelas espalhadas e uma longa e degradada escadaria.

Escravos africanos e indígenas sempre dominados por feitores trabalhavam assustados,a Senhora alta com um longo e florido vestido e com seu leke finíssimo desbravado o ímpio calor esperava seu indesejável pacote,seu ar superior intimista era repugnante diante dos medrosos e curiosos pequeninos que observavam o quase inóspito transporte. 

 A carruagem parou em um certo ponto todos pararam para observar o alto,elegante e belo rapaz, que saiu daquele devaneio olhando para a tia que vinha em sua direção dando-lhe um abraço de boas vindas.

 - Seja bem vindo meu querido,cada dia mais belo e suave, um verdadeiro Príncipe.-Resaltou o observando de frente. 

- Obrigado minha tia, linda está a Senhora que parece que rejuvenesce,vejo que este país está fazendo-lhe muito bem!.indagou o rapaz. 

Nada Além...(Conto gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora