Escolhas

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  Parecia que o destino estava se movimentando de forma bem errada,antes tudo parecia que iria da certo,acabaria indo para outro lugar,porém estava nas posses de um total estranho em meio a um lugar desconhecido,minha ferida bem...não estava tão dolorida porém sentida tonturas havia perdido muito sangue,Xainã continuava ao meu lado havia preocurado e achado algumas ervas que ajudaria na cicatrização,ele era meio diferente por trás daquela casca grossa tinha uma pessoa amável e gentil mas ainda parecia um maluco com aquelas ideias estranhas de que eu era um espírito de um pássaro ou algo do tipo.

Estava deitado na grama meus olhos não paravam de observar as nuvens se movimentando de forma lenta dando reviravoltas e se transformado em figuras,o céu azul transcendia vitalidade e forças naquele fim de manhã,meu estômago começou a fazer barulhos, estava faminto,o pássaro colorido sempre ficava circulando parecia me vigiar aquilo as vezes me assustava.

- Queria entender porque você fica me observando é um espião do Senhor Xainã?.-falei me levantando indo em sua direção este havia pousado num galho um pouco a frente.Ele apenas balançou a cabecinha parecendo não da a mínima.

- Poderia te da um nome o que você acha?.-por um instante ele me olhou parece se interessar no assunto.

-Que tão!...Alvino era o nome do meu ga...?.

Bem aquele nome era péssimo para um passarinho que era a presa preferida de um gato, nem ele havia gostado,tentei Cherry já que era uma forma doce de exaustar uma pessoa,não ainda me soava estranho,pensei por um instante me surgindo um nome perfeito.

- E que tal?...

- Protetor!seria uma boa.

Olhei para trás me assustando com Xainã e com o animal que ele trazia nas cotas parecia um porco peludo e enorme,riu me olhando o jogando no chão.

- A comida logo será servida!

Bem o que ele iria fazer com aquilo eu não sabia porém ao menos tinha achado um nome para o espiãozinho,protetor era um nome verdadeiramente perfeito.

°°°

A tarde rapidamente chegou com o manuseio de umas madeiras Xainã havia acendido o fogo que fervilhava com brasas,no meio daquele tempo ele retirou a pele daquele animal e arrancou as vísceras de uma forma bem nojenta por sinal,no recanto da floresta havia um pequeno riacho sua água gelida percorria serra abaixo indo a um lugar distante, acabamos armando nosso improvisado acampamento ali mesmo o barulho tranquilo das águas corretes se mesclavam com os estalos das brasas que já fazia seu trabalho de assar um bom pedaço daquele porco selvagem,Xainã estava mais preocupado com aquilo nem olhava diretamente na minha face,já meus pensamentos estavam longes ainda queria entender onde havia errado com o Jairo nossos encontros sempre acabavam daquela forma da última vez que o encontrei tinha apenas uns 14 anos teve treino de golfe meu pai sempre preocupado me mandou para aquele lugar achava melhor eu passar um tempo com outros rapazes,foi nesse dia que encontrei com o Galvão como era conhecido,sempre me olhava diferente até tudo acontecer não tinha muitos naquela tarde somente eu o Brendo que era apenas um conhecido e outros dois eu fui até o vestuário queria ir para casa o Jairo me seguiu e tentou me forçar a fazer coisas,se não fosse o Brendo teria me metido em apuros e foi dali que tudo começou, por questões de segundos já estava metido em outra encrenca com o mesmo só que em lugares totalmente diferentes,sabia que minha tia ficaria bem,acho que acabei fugindo não por medo e sim por puro impulso do coração, aquele lugar não era para mim,bem...ao menos tinha achado um maluco era o jeito acompanha-ló e descobrir novos lugares,poderia ser um aviso,sempre que podia ia até a igrejinha local próximo a minha casa para desabafar com o padre Stuart e ele sempre me afirmava com sua voz ligeira e carente que Deus sempre tinha um rumo para cada um de seus filhos que no final tudo acabaria bem,aquele poderia ser um empurrãozinho de Deus para me livrar daquele lugar e naquelas horas era a única pessoa que poderia recorrer.

Nada Além...(Conto gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora