Nada Além...(Conto gay)

Achado

  Conntinuava chovendo Pierre se mantinha deitado em repouso sua tia o privará o restante do dia,havia tomado alguns chás e remédios amargosos que lhe causavam calafrios só de imaginar.Sua mente não estava vazia ainda pensava naquele sonho não poderia ser mentira era impressionante como ainda sentia o frescor e textura daquele ocorrido,que ainda lhe causava mínima estranheza,não podiaria está ficando paranoico ou maluco eram tantos problemas...Sentia medo de não ter forças para sair daquele lugar para encontrar o Brendo seu único e verdadeiro amor,queria está lúcido no dia que o encontrasse,sentir seu corpo forte,protetor,seu cheiro único e fugir para bem longe para um lugar distante onde ninguém pudesse os alcançar.

Estava distraído quando Júlia adentrou com uma bandeja em mãos com pães e uma deliciosa sopa de legumes.

- Vim lhe trazer uma sopa a Maria acabou de preparar!.-Falou franzindo o selho para o rapaz que parecia destraido.- Você ouviu o que eu disse Pierre?.

Assustado ele riu se acentando no beiral da cama.

- Me desculpe Júlia,estava pensando em um sonho que eu tive!.-Disse levantando-se pensativo observado o clima pela janela à sua frente.

- Sonho?,se não for intromissão poderia me contar,já li algumas coisas sobre!

Ele parecia interessado mas e se ela não acreditasse ou zombasse da cara dele!,no entanto era Júlia ela o compreenderia.

- Não ria apenas tente acreditar por favor!.-Falou novamente se acentando dando ordens para que ela fizesse o mesmo.

- Claro pode confiar,pela suas expressões não foi algo agradável!

Imediatamente ela fez o que ele disse prestando atenção no que seu novo amigo falava.

Por fim a garota ficou impressionada pelo que ouviu meio sem reação e parecia ter uma solução para tudo aquilo.

- Olha eu não sou de acreditar em coisas místicas porém minha mãe pode te ajudar!

Ele fixou o olhar para o rosto sereno da garota,como a Rita poderia o ajudar?

- Bem...Não entendo,como ela fará isso?

Pondo-se de pé ela caminhou até a bandeja que estava sobre um dos móveis,fez um gesto para que ele se aproximasse um pouco mas,naquele lugar as paredes possuíam ouvidos e claro não queria problemas com a Senhora Eunice que já tinha a alertado antes para que não ajudasse o rapaz em absolutamente nada porém seria para uma boa causa.

- Me encontre na cozinha assim que a Senhora for repousar!,é melhor você não comentar sobre o que ocorreu para mais ninguém sua tia está sempre de olho nos seus passos e eu não quero arrumar problemas.

Parou por um instante ao ouvir gritos de sua mãe que a aguardava para retirar a água que estava a infiltrar pela brechas das portas e janelas da cozinha.

- Claro eu não quero prejudica-lá,é melhor você ir indo sua mãe parece está bem brava.-Riu enquanto olhava sua amiga cruzar o quarto indo em direção a porta revirando os olhos.

Novamente ele se viu sozinho com seus pensamentos avulsos,apanhou o prato de sopa provando um pouco,realmente estava deliciosa era o que ele precisa naquele momento.

°°°

A chuva cessou com o fim da tarde o cheiro de terra molhada e os sons adversos pós chuva confortava o coração do bravo guerreiro que mesmo escudado com coragem se abalava com saudades de sua casa e de seu povo,só sabia que precisava achar uma tal criatura que muitos diziam que atraía azar outros falavam de sorte e até amor.Mesmo com tantas preocupações se mantinha firme e naquele momento só pensava em uma coisa... comida,bem ele tinha se alimentado porém apenas pela manhã e aquilo não seria o suficiente para confortar seu estômago naquela madrugada, precisava caçar algo seus instintos presenteiam que ele deveria sair e explorar.Olhou para o lugar onde o pequeno passarinho estava e o mesmo havia desaparecido,desde de que sairá da aldeia ele sempre fazia aquela palhaçada e sumia,bem...Ele riu imaginando qual pequena seria a refeição se ele cozinhasse aquele fujão.

Andou até a porta a lua cheia dava seus índices brilhante e reluzindo suas boas energias,respirou fundo imaginando que se não encontrasse a tempo o seu designo teria ainda que lidar com a solidão por longos dias.

Ouviu um som familiar ao longe,era ele e deveria trazer uma boa notícia.

- Espere amigo já estou indo.-Falou segurando sua lança próximo ao peito e se embrelhando no meio do mato,andou traiçoeiro e atento,sempre escutando aquele piado conhecido.

Andou por um certo tempo até perceber que havia se afastado muito da pequena choupana e aliás onde realmente ele estava?,sua curiosidade foi maior que sua inteligência,como puderá sair em busca de comida sem nem ao menos ter pensando no abrigo?.

O desespero começou a tomar conta do rapaz que por fim tomou um caminho errôneo mas a floresta parecia completamente igual,e a escuridão parecia cobrir sua visão até que novamente ele escuta um piado,olhou para cima em meio as folhagens avistou seu único e fiel amigo naquela jornada.Reprimiu o corpo por conta da umidade das folhas que resfriavam cada vez mais seu corpo e tentou retomar a calma.

- Onde eu estou?.-Disse olhando para os lados e ressaindo em passos tão leves que mal podiam ser ouvidos,assustou-se quando o seu amiguinho pousou em seu ombro fazendo o mesmo parar.

- Ei realmente não vai fazer isso não é?me deixar na mão no momento que eu mas preciso de você!

Suas perguntas e súplicas eram indiferentes a ave que parecia apenas querer dormir o caso era seguir em frente até amanhecer.

°°°

O jantar já cobria a mesa onde Eunice e seu sobrinho saboreavam uma deliciosa refeição o silêncio era afetado uma hora ou outra pelo barulho dos talheres a Senhora portava em mãos um pequeno livro e lia algo quase evitando olhares para Pierre que se mantinha quieto e pensativo sempre olhando para o rústico relógio que se portava no fim da sala,querendo que as horas passassem o mas rápido possível.O olhar da fina mulher sobressaiu indo em direção a Maria dando ordens para que a mesma retirasse a mesa,levantou-se limpando os lábios e dando as costas para a mucama e o sobrinho.

- Já estou indo para meus aposentos não demore Pierre precisa descansar amanhã é a comemoração e precisa se recompôr.

- Sim tia já estou me retirando,não se preocupe.-Disse também se levantando e olhando ao fundo dando uma espécie de sinal a Júlia para que o seguisse.

Eunice não deu a mínima e saiu apenas interessada no que tinha em mãos.

Júlia parecia apreensiva quando Pierre a chamou não queria problemas porém parecia super importante para ele,antes passará na cozinha e contará tudo para sua mãe que ia fazer o possível para ajudar o garoto.

- Minha mãe mandou a encontrar nos fundos da casa quando tudo se acalmar!.-Falou a moça em um tom sussurrante para não cair aos ouvidos atentos da Eunice que subia as escadas uns degraus a frente.

O outro apenas fez um aceno com a cabeça e continuou a subir até chegar em seu quarto a porta foi trancada logo após a garota entrar.

- Vamos sentisse devemos esperar um pouco antes de sairmos não podemos correr o risco de sermos pego por minha tia.-Indagou preocupado com a amiga...

°°°

A noite se resfriava a cada minuto que passava uma fina garoa caía do céu e os sons dos animais se abafavam pelo frio,Xainã estava a tremer quase implorando para que tudo aquilo acabasse de vez seu corpo estava fadado,exausto e totalmente esfolado pela vegetação espinhosa, nunca sentiu uma vontade de chorar mas parecia que seu mundo estava desmoronando havia se perdido da sua trilha de volta para casa e tudo por culpa do Xamã aquele...bem não poderia por a culpa nele e sim nos deuses que o amaldiçoaram friamente toda a vida fazendo-o passar por inúmeras provações doloridas que se mantinham presas dentro de si que o sufocava cada vez que imaginava,cada passo era um dor diferente.

 - Porquê?...-Suas lágrimas ressaltaram de seu rosto imaculado pela dor.-Porquê vocês fazem isso comigo?eu preciso de vocês!.Suas forças cessaram fazendo que ele caísse assustando o pequeno pássaro de seu ombro que voou e pousou em um galho ao alto.Seus institutos pareciam ter sumido do seu olhar sereno naquele momento onde ele tinha errado?,não...ele não iria ficar jogado ali esperando pelo deuses,se pôs novamente de pé com uma sagas rapidez olhou para o lado já havia andado o bastante iria tentar se manter calmo respirou fundo fechando os olhos até sentir suas forças retonar a seu corpo,levantou a cabeça quando escutou algo familiar ao longe pareciam vozes,e dessa vez humanas,seu peito se encheu de esperança por um instante até ver algo que mudaria a sua jornada.