O grande baile

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PS: Pierre

  Parecia que tudo estava absolutamente bem de uma forma mórbida, me esqueci dos problemas que estavam conturbando minha mente,apenas pensava naquela comemoração queria conhecer novas pessoas me introduzir no meio delas e parecer normal por poucos segundos sem que fosse desrespeitado ou até mesmo espancado pelo que eu era.Desde que saí de Nancy me sentia livre espiritualmente não precisava temer o Barão ou o insuportável do meu pai Amadeus nem as pessoas desagradáveis que nos cercavam,mesmo minha tia sendo rígida parecia ter um bom coração,ainda por cima tinha feito uma boa amiga a doce Júlia,a única pessoa que me entendia em Nancy era minha mãe que sempre me confortava quando eu não tinha a quem recorrer e claro o Brendo que parecia me amar verdadeiramente.Os poucos dias que tinha passado naquelas terras me fizeram refletir do que realmente o meu coração queria e o que realmente eu deveria seguir.

- Olá!parece meio distraído Pierre.-Falou minha tia me trazendo a tona e tirando risos de Júlia que me observava.

- Não só estava pensando no quão bem essa viagem está me fazendo.

- Nossa não iria imaginar que estivesse gostando tanto das terras Tupiniquins!

- Nem eu minha tia.'nem eu!...'

°°°

O caminho era meio florestado Pierre tinha breve lembranças de ter passado por aquele lugar quando estava indo para a casa da tia,já era entorno de umas cinco e meia a lua cheia já estava bem alta dando boas vindas para a próxima fase,a atenção do contudor se virou para uma figura que se movia na vegetação alta,se desviando fazendo com que Pierre se virasse avistando algo indesejado,sua respiração se comprimiu ao ver o índio de suas visões se esconder no meio do mato.

- Pare essa carruagem agora!.-Gritou estérico,fazendo com que o pobre homem que os conduzia freiasse jogando as mulheres para a outra poltrona que o rapaz estava.

- Você está maluco garoto!.Retrucou Eunice abismada.

A porta do transporte foi aberta por ele que saiu em desparada atrás do índio que se camuflou em meio as árvores.

- Não se esconda!preciso saber quem é você!

Antes que obtivesse resposta Pierre foi contido pelo menestrel.

- O que ouve senhor?qual o problema?

Pondo suas mãos na cabeça ele observou bem para todos que o olhavam assustados.

- É...eu o vi.- Disse gagueijando meio desnorteado.

- Volte até aqui meu sobrinho vejo que está alucinando coisas.

Voltando para o transporte foi recebido com um breve apoio da tia que pareceu entender o sobrinho,porém ao fundo de tudo aquilo o único assustado foi o Xainã que não parecia acreditar no acabará de ver bem na sua frente.

_ Por tanto preocurei por aquilo que mal acreditava, era o Taporá que o Xamã havia me dito,estive próximo de captura-ló porém me contive ao avistar aquela coisa onde ele ia preso parecia saber quem eu era mas como?.Estava exausto havia andado por toda aquela região sentia meus pés arderem era a hora de pegá-ló porém meus extintos me diziam que era o momento de esperar uma hora ou outra iria o pegar dando fim naquilo tudo.

°°°

As coisas pareciam que estavam um pouco mas calmas entretanto Eunice não se conteve em tentar tirar ao menos uma resposta breve do que tinha acontecido.

- Você anda muito estranho depois que chegou aqui,não tem nada para me contar?

Pierre a observou envergonhado pelo que tinha ocorrido,sua fase parecia imaculada atrás daquela máscara que escondia algo obscuro.

Nada Além...(Conto gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora