Meu Namorado de Aluguel - Jeon Jungkook

Capítulo 13

POV Jungkook

Assim que eu acordei na segunda-feira com a S/n em meus braços, eu tomei uma decisão. Era certo que o sentimento que eu tinha por aquela menina era muito maior do que tudo o que já havia sentido antes e eu estava determinado a viver aquele relacionamento intensamente. A cerejinha era a mulher que eu queria para dividir os meus dias dali para frente e nada me impediria de desfrutar daquele amor, nem o meu pai. Antes mesmo de levantar da cama, eu já sabia exatamente o que fazer e logo que eu deixei a S/n em seu trabalho, eu rumei para a minha antiga casa com um único objetivo, impedir qualquer plano que atrapalhasse o meu relacionamento. Eu tinha absoluta certeza de que não seria uma luta fácil, o meu velho era bem difícil, principalmente quando se tratava de tradições, mas eu estava disposto a apelar e mostrá-lo que a minha nova namorada era exatamente tudo o que eu sempre quis em uma mulher. O Sr. Jeon sempre gostou de pessoas trabalhadoras, que lutam por seus objetivos e foi com ele que eu aprendi a também admirar alguém que não desiste de conseguir prosperar na vida com o seu próprio esforço, o que era praticamente a história da S/n e o total oposto da peste da Mi-rae.

Durante todo o caminho fui pensando no tanto de coisas que eu tinha para falar e no que eu estava disposto a abrir mão caso ele colocasse alguma condição para aceitar o meu namoro com a S/n, e a resposta era... praticamente tudo, contanto que o meu prêmio no final fosse a minha doceira linda. Entrei no condomínio com o coração acelerado e no instante em que passei pelos enormes portões da propriedade, as minhas mãos começaram a suar. Eu nunca me senti tão nervoso ao falar com o meu pai, mas dessa vez eu entendia que aquela conversa era de fato importante para mim, e não apenas um grito de liberdade adolescente. Respirei aliviado quando vi que o carro da família ainda se encontrava na garagem e estacionei logo atrás dele. Puxei o ar com força antes de passar pelas gigantescas portas da mansão e segui até a sala de estar que se encontrava vazia, ouvi vozes vindo da sala de jantar e caminhei até lá. A minha mãe foi a primeira a me ver e se levantou da mesa do café rapidamente sorrindo para mim e abrindo os braços em convite mudo para um abraço.

— Meu filho lindo, que milagre te traz aqui tão cedo? – ela me perguntou assim que eu a abracei. Eu olhei em volta dando de cara com o meu pai nos olhando de modo impassível.

— Eu vim conversar com o senhor. – falei diretamente para ele e notei o seu ar de surpresa. Senti o corpo da minha mãe ficar tenso na mesma hora, ela tinha pavor de nos ver brigando. Eu me soltei de seu abraço acolhedor quando o meu pai assentiu se levantando e se encaminhando para o escritório comigo logo atrás.

— Filho... – minha mãe segurou a minha mão. – Tenha calma, não se indisponha com ele. – eu concordei.

— Não se preocupe, mãe. Vai ficar tudo bem. – falei mesmo sem ter muita certeza das minhas palavras. Fechei a porta atrás de mim e encarei o rosto envelhecido do meu pai.

— Pode falar, Jungkook. Se você veio até aqui deve ser importante. – meu pai se sentou em sua cadeira e indicou para que eu me sentasse do outro lado da sua mesa de trabalho.

— É importante. É sobre a S/n. – percebi o seu desagrado. – Pai... – o chamei e ele me encarou. – Eu estou apaixonado por ela. – a sua expressão foi tomada pelo susto na mesma hora.

— Apaixonado? – eu assenti.

— Completamente. E estou aqui para pedir a sua aprovação. – ele começou a negar quase que imediatamente, mas eu o interrompi. – Por favor, só me ouça primeiro. E depois o senhor pode me dar a sua resposta. – o meu pai não disse nada, só fez sinal para que eu continuasse a falar.

E foi exatamente o que eu fiz, contei tudo sobre a garota que estava dominando todos os meus pensamentos nos últimos tempos, não deixei de fora nem mesmo a nossa história do namoro de aluguel, o que para a minha surpresa arrancou um sorriso discreto do meu pai ao ouvir sobre como eu tratei o ex-namorado traste da cerejinha. Comentei o quanto aquela menina era batalhadora e o motivo pelo qual ela tentou me "alugar", que nada mais era do que a chance de tentar vencer por seus próprios esforços, se recusando a ter um marido rico e detestável que serviria apenas para sustenta-la. Relatei também que eu já estava interessado nela antes mesmo que ela se desse conta da minha presença e que me encantei completamente pelo seu jeito doce e gentil com todos a sua volta. Fui obrigado a comparar a S/n com a minha antiga noiva para que ele visse o quanto as duas eram completamente diferentes e que aquele sim era o meu tipo de mulher ideal. Abri o meu coração de verdade e o meu pai não disse uma única palavra enquanto eu falava sem parar.