O Diário de Um Homem Confuso - Caderninho Roxo Vol. 2

Parte 19

Dedicado a @Gi_nogueira321 por me incentivar a escrever todos esses dias.

Mais de uma semana sem atualizar. Desculpem-me!
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01/03/2020 - Domingo

Nós cinco fomos para o Bar do Zé ontem as 16 horas e só voltamos agora pouco, as 2 da manhã. Sim, nós cinco, eu, a Sam, o Will, a Milena e a Duda. Eu e o meu irmão buscamos a Sam antes de ir para o Bar, já a Duda e a Milena foram a pé e chegaram antes da gente.

Quando chegamos o Bar está bem vazio. A única mesa ocupada tinha uns 5 homens bebendo cerveja. Em frente ao balcão tinha um homem bebendo o que parecia ser uísque. No banco ao lado direito do homem tinha uma bolsa, no do lado a Milena, depois a Duda e dois bancos vazios.

A Duda estava com um macacão curto tomará que caia branco e uma blusa de frio cinza. Ela estava sentada confortávelmente com as pernas cruzadas no estilo "perna de índio" em cima do banco enquanto pedia algo para o garçom que estava atrás do balcão. O cabelo dela estava mais bagunçado do que o normal, provavelmente por causa do vento de lá de fora.

Já a Milena estava com um vestido justo roxo e sentada totalmente tensa. As pernas estavam paralelas com uma mão em cada coxa e a postura estava impecável. Eu ia perguntar que horas o presidente chega, mas reparei que o cara do uísque estava tentando puxar assunto com ela.

A Duda virou para trás, nos vendo, e cochichou algo na orelha a Milena que rapidamente de levantou, veio até o Will e beijou-o como se quisesse mata-lo sufocado. Beijou-o como se quisesse mata-lo sufocado? Sério, Guilherme? Como você é romântico, heim?

- Finalmente vocês chegaram. - a Milena disse finalmente largando o Will.

- O combinado era as quatro, ainda faltam dois minutos. - eu disse.

- Eu sei, mas aquele cara não parava de me atormentar. Eu falei que estava esperando meu namorado, então ele falou que me pagava uma bebida enquanto ele não chegasse, obviamente eu recusei e então ele ficou me enchendo. - ela disse. - Eu estava quase batendo nele, só não bati porque sou contra a violência e porque ele já estava quase caindo no chão sozinho.

- É quase impossível vir num bar e não encontrar um bêbado desses. - a Samanta disse e nos assentimos. - Aliás, oi, Mi.

- Oi, Sam, Gui e meu lindo noivo. - a Milena disse. Eu coloquei a língua para fora e fingi enfiar o dedo na garganta, como se fosse vomitar. Nos aproximamos do balcão onde a Duda esperava sentada.

- Então a ruiva tem mesmo namorado. - o cara do uísque disse e deu para sentir aquele bafo de bebida.

- Sim. Cai fora! - o Will disse ameaçadoramente.

- E você é namorado da morena esbelta ou ela está disponível? - o bêbado perguntou alternando o olhar de mim para a Duda.

- Deixa minha irmã em paz. - eu disse e ele foi sentar numa mesa, levando o copo de uísque consigo, é claro.

- Então quer dizer que agora eu sou sua irmã? - a Duda perguntou me encarando. A Milena sentou-se no lugar que estava antes e a Sam sentou no ultimo banco da direita, deixando o lugar para mim entre ela e a Duda ou do lado da bolsa. Eu ia ficar isolado se ficasse ao lado da bolsa, então sentei entre a Duda e a Sam.

- Não. Mas se eu falasse que não ele ia ficar te atormentando e se eu falasse que sim ele ia começar a atormentar a Sam. - eu expliquei.

- Ah, claro. - ela disse e deu um sorriso que para mim pareceu bem falso. Mas como logo em seguida ela virou para a Milena, que estava do lado esquerdo dela, não consegui reparar direito. - Não largue a sua bolsa aqui. Assim que você saiu o homem ia pegar sua bolsa para procurar o seu celular e salvar o número dele, eu tive que falar que você não tem celular.