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Já haviam se passado alguns meses desde a última vez que Seulgi e Joohyun tinham se encontrado, após isso, a única troca de "algo" foi a de olhares que tiveram no hall do Jungsik.

Para Kang, a amante havia finalmente, encontrado a pessoa certa, já que as duas nunca ficavam mais de 6 meses sem trocarem mensagens, fotos, beijos, carícias e saliva.

Aquilo tudo estava muito estranho, mas não é como se ela ainda estivesse aberta a isso, não mais.

Wendy agradecia aos céus por Jisoo ter aparecido na vida de Joohyun, agora ela não mais precisava escutar os planos embriagados da amiga, não que ela se sentisse uma má pessoa por isso, só que... É, você entende.

(bae joohyun's p.o.v on)

Eu que achava que nunca mais ia ser feliz, ou que sei lá, nunca mais iria amar e ser amada na mesma intensidade, tô sendo.

Eu não vejo Kim Jisoo como a chave de resolução de todos os meus problemas, a vejo como alguém que ameniza metade das coisas ruins. Ela sempre me escuta, me apoia e me corrige quando eu preciso, e você versa sabe? A gente se encaixa muito bem, não só de corpo mas de mente também, penso que se existe esse negócio de almas gêmeas, ela é a minha.

Parece cedo demais pra dizer que a amo, e é, mas eu sei que é o que sinto. Faz tão pouco tempo desde que ela apareceu na minha vida, chega a ser vergonhoso pois esse tipo de discurso me faz parecer uma adolescente apaixonada.

Kang Seulgi agora me é como uma nuvem que passou, tive tantos momentos bons com ela, por período eu pensei que ela fosse a mulher da minha vida, futura mãe dos meus filhos, nossos, mas veja só... Parece que o Taeyong chegou primeiro em tudo, inclusive nisso.

Namoro com Jisoo há 4 meses, parece pouco mas a gente já viveu bastante coisa, nunca tivemos algo que possa ser considerada briga, só que apesar de tudo, não somos iguais, não conseguiria me apaixonar por alguém igual a mim.

O pai dela me trata como uma filha, é basicamente a primeira vez que vivencio isso e tô adorando esse tipo de liberdade, nada escondido, nada errado, ela pode vir pra minha casa a  qualquer hora, a gente janta no restaurante do pai dela periodicamente, parece loucura.

Já me belisquei diversas vezes, mas é tudo realidade.

(bae joohyun's p.o.v off)

Chovia bastante em Seul, era uma chuva torrencial e a madrugada estava apenas começando.

No apartamento dos Lee, Seulgi estava sentada no sofá da sala enquanto acariciava a barriga por cima do robe,  01:34 da manhã e ela havia mandado o marido comprar dois slushies de morango na 7 Eleven mais próxima, ele estava no décimo quinto sono, mas qual é o pai que quer que o filho nasça com cara de slushie de morango?

Aquele bebê estava começando a ficar maior e maior, Seulgi já sentia algumas dores na costas, mas não tanto, a felicidade era tamanha que certas dores passavam despercebidas.

— Não tinha de morango... — O homem falou com medo de perder a própria vida, na verdade tinha, ele só queira brincar com a cara da esposa.

— Tá brincando né? Se ele nasc...— A fala de  Seulgi foi interrompida quando viu a cor do copo através da sacola transparente. — Você tá bem brincalhão Sr. Lee... Dormiu na varanda foi?

— Como que eu durmo se meu filho e a mãe dele querem comer bobagens numa hora dessas? — Ele tirou a capa  de chuva e colocou a sacola com as coisas em cima da mesa de centro. — Minha gatinha teve sorte, o rapaz da loja tinha acabado de colocar na máquina, comprei um limão pra mim.

— Slushie "Freshly Made" — Kang sorriu sugando o líquido, aquele não tinha sido o desejo mais esquisito que ela teve, na verdade os desejos de Seulgi são bem "normais", difícil é encontrar churrasco às 4 da manhã.

— Ainda bem que eu tô de folga... Se não iria trabalhar mortinho, aliás, como que tá indo com a Tiffany? Ela tá se dando bem trabalhando dobrado?

— Ah, eu continuo dando conta de algumas coisas, só não posso ficar indo toda hora no escritório, mas amanhã às 15h eu tenho uma reunião com ela e o dono daquela casa de eventos, tal de Park alguma coisa, parece que vai ter uma baita festa de aniversário da filha de um senador.

— O Park Han Min? Se for ele, ele é tio de um colega de faculdade do Chen, é cara bom pra fazer negócios.

— Esse mesmo. — A mulher se deitou no sofá e ligou a televisão, se aconchegou próximo ao esposo e ficou sugando até o resto da bebida vermelha.

Taeyong terminou de tomar e se deitou perto da esposa, pôs a mão em cima da barriga e fez carinho, nem parece que os dois surtaram quando souberam que iriam ter um filho.

— Sabe Seul, eu espero ser um bom pai pra ele, ou ela. — Ele olhou pra esposa e em seguida pra barriga.

— Você já é um bom pai, amor, não tenha dúvidas disso.

— É que, me dá um medo as vezes, isso é muito novo pra mim...

— Imagina pra mim Taeyong, nós vamos conseguir ser bons pais, confia.

O homem deu um selinho na mulher ao seu lado, segurou o rosto da mesma e aprofundou, ele sentia falta de Seulgi, mas nunca cogitaria passar dos beijos naquela situação.

— Eu tô muito feliz, você me faz o homem mais feliz do mundo Seulgi.

O coração dela ficava cheio quando ele falava aquelas coisas, verdadeiramente cheio. As atitudes do marido, a maneira atenciosa que ele a tratava, tudo era muito perfeito pra ser verdade.

— Você me faz feliz Tae, vocês me fazem feliz... — Disse fazendo referência a criança que estava na barriga. Deram um último selinho antes de ambos fecharem os olhos e pegarem no sono.

A chuva tinha dado uma trégua, serenava somente, Seul nunca parava, mas naquele apartamento, reinava uma paz e harmonia nunca vista antes.

Shameless - SeulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora