Coréia do Sul, apartamento dos abençoados - 20 de dezembro de 2020
Encostei minha mão na porta esquerda da varanda, o vento ainda chicoteando as cortinas, tornando-as revoltas, o que me dava uma imagem mais clara do que estava acontecendo dentro daquele quarto. Eu não conseguia tirar o olho. Estava sendo invasiva. Totalmente fora do meu comportamento.
À medida que os sons saiam de sua boca, em múrmuros sofridos, eu delirava mais e mais. Minhas pernas já não estavam mais conseguindo me manter de pé, deslizei indo direto para o chão. O pequeno espaço entre as duas extremidades das portas poderiam facilmente me deixar passar por ali. Estava em uma guerra silenciosa na minha cabeça. Minha mente gritava para sair daí agora, mas novamente, como naquela noite no restaurante, meu corpo não estava obedecendo mais aos meus comandos.
Só que dessa vez, era pior. Eu não estava no controle e tudo o que me movia era puro instinto, minha mente estava nublada com a imagem dele, delirando entre as curvas do seu pescoço aos bíceps, descendo direto do abdômen para o vale entre suas pernas, o ar parecia cada vez mais rarefeito...
Por puro impulso, engatinhei para dentro do quarto como uma leoa em plena caça, silenciosa e faminta, me aproximando lentamente da cama, com a visão agora toda de frente, encarei Namjoon, segurei o ar por completo, congelada diante dele, o mundo pareceu congelar e deixar de existir, só éramos nós no universo.
Meus olhos focaram primeiro em seu rosto, este revestido com uma feição concentrada, mas sofrida, seu cabelo estava molhado, sua boca sendo castigada pelos seus dentes, só fazia a carne ficar cada vez mais vermelha com sua agressividade em se conter o prazer que estava se proporcionando. Acompanhei algumas gotas deslizarem pelo seu peitoral, o que me fez pensar que tinha acabado de sair do banho, seu corpo exalando ondas suaves de calor, por um segundo quis escorrer por sua pele como aquelas gotas.
Seu abdômen contraído, suas coxas fartas abertas para lhe dar maior liberdade com o movimento de suas mãos. Sua respiração era sem ritmo, o peito subia e descia, pendendo a cabeça para trás ainda com os olhos fechados.
E eu... eu não estava diferente, ou talvez pior. Em todas as vezes que observava algumas sessões de BDSM no segundo andar da boate, entre humanos, já tinha visto o ato de masturbação. Mas em nenhum momento tinha ficado desse jeito. Minha respiração estava presa na garganta, as mãos puxando a barra do vestido, descontando de algum modo o desconforto que estava sentindo em meu intimo. Nunca senti algo assim. É assustador, mas tão inebriante.
Levei as costas da minha mão a testa, afastando os cabelos pretos na medida que os sentia colados contra a pele do meu pescoço. Senti uma gota de suor descer pela minha nuca. Ofegante, não havia saliva em minha boca e os lábios se mantinham completamente secos. O meu coração batia forte. Aquilo doía, mas nada era tão desconfortável quanto à vontade de tocá-lo.
Suas pernas abertas com a mão freneticamente subindo descendo pelo seu membro. Engatinhei para chegar mais perto. O aroma que vinha desse homem estava me fazendo perder os sentidos, ele cheirava a perfume, suor e sexo. Minha boca salivou automaticamente quando Namjoon pressionou a cabeçinha do seu pau com a mão, estava tão inchada. Vi o pré gozo sair da abertura, sendo espalhado por todo o cumprimento do seu membro.
Segurei o impulso de passar a língua ali. Com a outra mão, Nam massageava suas bolas, tão inchadas devido ao tesão que estava sentindo, tentando amenizar ao Máximo o desconforto delas enquanto pressionava seu pau com uma maestria me deixando cada vez mais louca. A luz fraca do quarto poderia me impedir de ver melhor seu corpo, mas meus olhos estavam sagazes naquela noite, podendo ver claramente seus músculos mais tensionados. Sua pele cor de mel só me fazia salivar, estava me segurando com todo controle restante que tinha para não avançar nesse homem.
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My Eternal Karma
FanfictionEu não saberia dizer porque isso acontece comigo. Sinto meu corpo corresponder com a mesma intensidade do meu desejo por eles. é inconsciente. não consigo me impedir que meus dedos deslizem por suas peles. Seus corpos em sincronia, tão perfeitos...