Noites no Deserto

Humanos Não Mudam

O ano era 2130 quando a primeira algiva de teste radioativo foi lançado na atmosfera. Não era nada novo, os cientistas faziam esse tipo de experimento por anos; mas algo mudou. Mudou quando ela atingiu a Europa.
Uma pequena munição de teste conseguiu deixar uma cidade inteira em quarentena radioativa, quase 170 mil habitantes mortos e mais alguns milhares com câncer em estágio avançado.
Esse era o assunto do planeta, todos estavam curiosos, alertas... Apavorados.
Algumas potências começaram a prestar mais atenção nos testes, descobrindo-os ser de origem Latina. Foram enviados agentes infiltrados, drones e robôs, hackers e todo tipo de gente para descobrir o objetivo das algivas e, se preciso, desativa-las.
Mal eles podiam contar com o fato de que já era tarde de mais. Antes de surgirem com um plano de ação contra seu inimigo, mísseis e foguetes sem piloto foram lançados à atmosfera, grandes o suficiente para serem vistos por meio hemisfério.
Nem mesmo todo dinheiro ou tecnologia do mundo podia ter impedido os aspersores imbutidos nos foguetes, espalhando o gás por boa parte da Ásia e Europa antes de ser atingido por torpedos manuais.

Em menos de um mês toda a área atingida estava desolada, árida e deserta. Milhares de mortos, feridos e doentes; maior parte tentava migrar para outra parte do mundo, uma parte melhor. Alguns não possuiam os meios para tal viagem desafiadora, muitos outros eram rejeitados nas grandes cidades, por medo de contaminação radioativa, e ainda outros - um pequeno número de crianças - eram adotadas, se não estivessem contagiadas ou doentes.

O mundo estava dividido, mas ambas as partes dormiam mal, pensando o que podia acontecer durante a noite. Eles não percebiam que o pior ja aconteceu; O mundo inteiro estava apavorado.