Na manhã seguinte, Ayla se preparou para a sua rotina. Depois de sua higiene, se arumou com máscara e tecidos extra para sobreviver bem no calor do dia, junto com bastante água. Se despedindo dos pais, a garota segue para umas casas antigas em ruínas que havia passado perto ontem.
Ayla tinha uns cinco anos quando a guerra terminou, então não se lembrava quase nada daquele tempo, mas sabia que muitas ruínas ainda estavam ai fora, esperando para ser exploradas. Esse era, na verdade, seu segundo hobby favorito; perdendo apenas para esculturas, mas como madeira não é muito comum por aqui, Ayla se contenta com a exploração.
No caminho, Ayla toma bastante cuidado para não se perder, deixando vestígios claros de por onde passou, gravando bem a quantidade de passos que dera em qual direção.
Finalmente, encontrara as ruínas. Não achou muita coisa interessante, mas alguns frascos, fotos, móveis e utensílios extremamente gastos e velhos. Pegou o que parecia legal e repetiu o processo nas outras casas. Enquanto estava sentada no chão da última casa, arrumando suas novas coisas em sua mochila, Ayla sentiu areia cortar seu rosto. Mas que droga, eu to dentro da casa, pensou a garota, mas decidiu que era apenas o vento entrando pela parece destruída da casa. Numa segunda onde de areia e calor diretamente em seu rosto, ela decidiu se levantar e ver o tempo, ficando abismada quando viu a enorme tempestade de areia que se aproximava.Seu corpo começou a suar ainda mais, tremer até. Estava a quase uma hora e meia de distância de casa, isso se ela fosse correndo. Não ia conseguir, não tinha como. Mesmo assim tentou manter a respiração estável e pensar com clareza. Foi até a casa com mais paredes inteiras e se encolheu num dos cantos da sala, fechando os olhos com força.
Isso foi até ela ouvir algo. Um barulho não muito comum, de motor. Seu coração pesou ao pensar em outra pessoa perto dela nesse tempo, mas se ele tivesse transporte, talvez pudesse ajuda-la.Com cuidado, saiu do seu canto e foi para fora da casa, vendo o motoqueiro de longe. Ayla fez o que parecia razoável num momento como esse, começou a pular, balançando os braços freneticamente, até que foi avistada. Numa virada brusca, o motoqueiro voltou para o encontro de Ayla, parou bem a sua frente, abaixou o pano que lhe cobria o rosto e levantou os óculos de proteção enquanto dizia;
- Você é louca??
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Noites no Deserto
General FictionQuando uma suposta guerra nuclear acaba com 1/4 do território terrestre, há varias ideias para se reconstruir. Qual ideia venceria, a de uma jovem que não aguenta mais ver injustiça e dor ou do gênio traumatizado que acredita que aqueles que realmen...