Maria Eduarda Oliveira, ou Duda como gosta de ser chamada, sempre foi apaixonada por Leo.
Mas o que parece ser simples de se resolver, é um pesadelo para a garota. Não só pelo fato de Leo ter uma namorada e ser amigo íntimo da família. Mas por conta...
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Ah, o Natal. Pra mim, a melhor época do ano. É tudo tão magico, tão lindo. (suspiros) Pra ficar ainda mais perfeito, só faltava o frio e a neve. Sempre gostei dessa época do ano, a família reunida, comida típica, troca de presentes.
Como era a tradição, nós nos reuníamos na casa da minha avó, mãe da minha mãe. A família sempre foi grande, muitos filhos, seus cônjuges, muitos netos e agregados, todos se juntavam nos dias vinte e quatro e vinte e cinco de dezembro para celebrar o nascimento de Cristo, comer, beber e trocar presentes.
Eu não poderia estar mais animada. Passei o dia inteiro cuidando da minha beleza. Hidratei os cabelos, o rosto, me depilei, tudo para estar belíssima a noite.
Minha mãe desde cedo estava na casa da minha avó ajudando com os preparativos para a noite. A casa da minha avó ficava duas ruas depois da minha, então eu podia ir lá e ajudar caso precisassem de mais gente, coisa que eu acreditava ser desnecessário, pois já havia bastante material humano por lá.
Eu estava usando outra máscara facial, quando eu ouvi uma buzina. Ao mesmo tempo, uma mensagem chegou no meu celular.
“Tá em casa?”
Leo.
Corri até o portão e abri dando de cara com Leo vestido uma regata preta, um jeans claro e óculos escuros. Mais lindo impossível.
— Oi. – falei sorrindo.
Leo deu uma risada antes de responder e aí eu me lembrei que estava com um tecido branco no rosto, mais ou menos parecida com um fantasma.
— Oi. O que é isso? – ele perguntou.
— Uma máscara hidratante. – falei correndo pra dentro de casa para fugir do sol quente.
— Eu nunca tinha visto isso. – Leo comentou se sentando no sofá com se estivesse na própria casa.
— Quer experimentar? – perguntei brincando e para a minha surpresa ele aceitou. – Sério?
Ele assentiu.
— Não é toda vez que se ganha folga no natal. Eu quero aproveitar e relaxar. – Leo riu fazendo aparecer uma covinha.
— Você dobrou serviço? – perguntei indo para o quarto pegar os produtos de skin care.
— Dobrei. – ele respondeu alto. – Folga no natal e no ano novo. Que tal?
Voltei com a cestinha plástica cheia de produtos e me sentei ao lado dele.
— Achei ótimo, assim você pode ir para o sítio com a gente. – comentei, pegando um disco de algodão e o molhando com água micelar.
— Hm, eu vou viajar na virada. – ele falou como se pedisse desculpas.
— Ah, claro. – falei assentindo. – Fecha os olhos.
