CAPITULO 3

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(PASSADO)

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(PASSADO)

Na sua cidade tem uma festa tradicional? Porque na minha tem e eu sou completamente apaixonada por ela.

Minha cidade é daquelas do interior, onde quase todo mundo se conhece. E essa festa é a mais esperada do ano.

Tem a parte religiosa que acontece no centro da cidade e a parte “mundana" que rola num terreno gigantesco próximo à lagoa central. E era pra lá que íamos.

Depois de muita insistência, consegui a permissão de dona Lena que era bem rígida em relação a esse tipo de festa. Ela sempre falava que tinha total confiança em mim, ela não confiava era nas outras pessoas e nas intenções delas. Eu não tirava a razão dela, o mundo estava cada vez mais perigoso, e ninguém sabia a criação que os pais do outro haviam lhe dado. Portanto, valia a máxima “seguro morreu de velho”.

Já a mãe de Camila era super de boa em relação a isso. Érica era daquelas pessoas bem good vibes, que parecia ter parado nos anos 70, tanto na mentalidade quanto nas vestimentas. Curtia um rock psicodélico, ufologia e todas aquelas típicas da década.

Depois do sinal verde para ir na festa, tínhamos um problema: quem nos buscaria? Era costume a farra rolar até duas, três da manhã. E para minha mãe isso estava fora de cogitação. Não sem a presença de um adulto responsável por perto.

E em quem Mila e eu pensamos automaticamente? Isso mesmo, em Leo.

Lá fui eu ligar pra tentar convencer ele a ser nossa babá.

— Oi, Leo. – falei assim que ele atendeu.

— Oi, Duda. – ele respondeu e eu podia ouvir que ele estava na delegacia. – Tudo bem?

— Tudo ótimo, Leo. – prendi o telefone entre o queixo e o ombro para ter as mãos livres para meu tique nervoso: torcer os dedos.

Vendo meu silêncio, Leo deu uma risada.

— Do que você precisa, Dudinha?
Meu coração acelerou.

— Então Leo, você sabe que a festa daqui da cidade já começou, né?! – comecei meio sem jeito.

— Sei... – tinha um toque de humor na voz dele. – E você precisa que eu faça o quê?

— Quero que você sirva de babá.
Ouvi a risada gostosa dele que me fez rir junto.

— Duda, só você pra me fazer rir no meio do caos que está aqui. – Leo falou quando se recuperou.

— Que bom que eu te divirto. – falei com o rosto esquentando.

— Você é um bálsamo... – ele se interrompeu, pigarreou e mudou de assunto. – Que dia você quer ir?

— Sexta, sábado... O dia que for melhor pra você. – deixei que Leo escolhesse, pois não sabia da escala de trabalho dele.

(DEGUSTAÇÃO) SEMPRE TE AMEIOnde histórias criam vida. Descubra agora