Capítulo Vinte e Três

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Claramente, ela estava fora de si. Nunca tinha ficado nua com um homem antes. Nunca. Ian não contava, porque, depois deste momento específico, ela não tinha tanta certeza de que ele tinha sido um homem de verdade. Não depois de ver Alfonso e seu corpo nu.

As pessoas poderiam escrever romances inteiros sobre aquele corpo. Todos os músculos ondulados se estendiam pelo peito dele. Ela suspirou feliz em seus braços enquanto ele lambia as gotinhas de água do pescoço dela. Sem falar... bem, das partes impublicáveis que as senhoritas não deveriam mencionar. Ela deu um risinho nervoso. Ian não chegava aos pés dele, principalmente porque não era ele.

Alfonso envolveu o braço no pescoço dela e a molhou debaixo do chuveiro de novo. Pegou o sabonete e começou a esfregá-lo no peito dela. Ele recuou.

— Droga, eu queria ter tido coragem pra tirar isso também. — Ele apontou para o sutiã e deu um risinho forçado. — Mas você está bonita demais nele.

Com um movimento fluido, ele se ajoelhou na frente dela. Os joelhos estavam quase amarrados juntos. Ela ficou muito nervosa quando ele deu vários beijos na barriga dela. Ele mordiscou os quadris dela e se abaixou para beijar o joelho, levantando lentamente os olhos para observá-la. Alfonso colocou as mãos em seus quadris.

— Perfeita.

As mãos dele não se moveram. Ele nem tentou tirar o resto das roupas dela; em vez disso, continuou ajoelhado na frente de Anahí. Fechou os olhos e repousou a cabeça na barriga dela. Ela acariciou a cabeça dele por alguns minutos enquanto a água descia pelas costas de Alfonso. Ele olhou de novo para ela, os olhos sorrindo junto com a boca.

Passou as mãos enormes subindo pelas coxas dela e continuou lambuzando seu corpo. Ela o desejava demais, mas ele nunca tinha dado um passo para fazer algo mais do que beijá-la. Alfonso pegou o xampu e lavou o cabelo dela, massageando o couro cabeludo com muito cuidado. Ela se recostou nele e fechou os olhos. O músculo nu se encaixou no corpo dela, e ela queria ficar ali para sempre.

— Enxágua — sussurrou ele no ouvido dela enquanto a puxava para trás para baixo do chuveiro de novo. Os dedos dele fizeram mágica enquanto enxaguavam o xampu da cabeça dela. As mesmas mãos quentes envolveram sua cintura e a puxaram mais para perto de si. — A gente devia sair.

Não eram as palavras que ela esperava que ele dissesse.

— O quê? — Ela não queria surtar nem parecer irritada.

— Acho... — ele mordiscou a orelha dela e respirou ali — ... que a gente devia sair daqui antes de batizar o banheiro dos meus pais.

A rejeição tomou conta dela. Tremendo, ela se afastou lentamente. Ele a agarrou e a empurrou delicadamente contra a parede gelada de azulejos.

— Não desse jeito — murmurou no ouvido dela enquanto acariciava o pescoço sob o cabelo. — Além do mais, é nossa primeira vez juntos... Você realmente quer se lembrar de ter sido no chuveiro dos meus pais?

Pensando bem...

Ela deu um risinho e o beijou na boca. Os olhos dele oscilaram quando seu olhar guloso a avaliou de cima a baixo. Com um beijo final, ele a empurrou para longe e disse que levaria um minuto. Ela saiu, enrolou uma toalha no corpo e ouviu o chuveiro desligar. Alfonso saiu, com um sorriso travesso e arrogante firme no rosto bonito.

— Alguma coisa engraçada?

— Não. — Ele continuou sorrindo e esfregou o queixo.

— Então, por que eu não acredito em você?

— Porque estou mentindo. — Ele apoiou o braço na parede e se inclinou para o lado, jogando o peso sobre o braço.

— E aí?

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