Deuss, eu finalmente atualizei essa história! Queria dizer que agradeço muito a quem ainda a acompanha, vocês têm um lugarzinho muito especial no meu coração! Bem, espero que gostem do capítulo!
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Bem, a vida de Helena estava um inferno.
Primeiro, sofrera um assédio. Depois, de alguma forma, sua sexualidade fora exposta para todo o colégio.
Ela ainda não sabia dizer como aquilo acontecera.
Clara e Helena estavam em uma ruela aparentemente deserta, por volta das nove da noite. Elas olharam bem os lados antes de começarem a se beijar. Portanto, não fazia a mínima ideia de onde a pessoa que tirara aquela foto surgira.
Só sabia que, quem quer que tirara aquela foto maldita, agora competia em seu raking de raiva com o filho da puta do presidente.
Helena estava tão assustada.
Não saberia dizer de onde encontrara forças em si para passar o dia na escola de cabeça erguida sem começar a chorar de forma compulsória. Muito menos de onde surgira sua boa vontade para esclarecer as dúvidas do filho do pastor.
Entretanto, ela estava satisfeita com ambas as suas posturas. Ficou orgulhosa de si mesma por não ter dado o gosto para seus colegas babacas de vê-la abalada (apesar de por dentro, estar bastante). E, quanto a Carlos, ela estava feliz de ter o ajudado a rever suas posturas e crenças. Mas havia... Algo a mais naquilo. Ela não queria fazer muitas suposições só baseando-se em uma única conversa, entretanto, a forma como ele parecera aliviado...
Helena esperava estar enganada, pois, caso estivesse certa, as coisas seriam muito difíceis para o garoto. Entretanto, decidiu não estender seus pensamentos naquilo, pois no momento não tinha energias nem para lidar com seus próprios problemas.
Passou todo o trajeto do ônibus ansiando que chegasse logo em casa, para que assim pudesse se animar apenas com a animação que seu irmão caçula exalava ao falar de seu projeto de artes.
Promete que não vai crescer distante
Promete que vai ser pra sempre assim
Promete esse sorriso radiante
Todas as vezes que você pensar em mimQuando finalmente chegou, sentiu que podia respirar de novo. Ali era seu cantinho seguro, sua fortaleza contra o mundo. Sorriu ao observar Miguel gritando alegremente o nome de Moon e rindo quando ela veio o lamber. Lena também riu e se aproximou para acariciar a cachorra.
Enquanto sua mãe não chegava, Miguel ofereceu a ela que os dois assistissem Shee-ra.
— Você parece meio triste — ele disse, encolhendo os ombros e dando um sorrisinho. — Esse desenho sempre te alegra, então -
Helena interrompeu o irmão, abraçando-o e erguendo-no no ar.
Miguel riu de surpresa.
Promete cuidar bem dos seus cachinhos
E sempre me abraçar quando eu chegar
Promete sorrir sempre com os olhinhos
E cantar cantigas na sala de estarAssistindo desenho com seu irmãozinho, ela até quase se esqueceu dos problemas.
Quase.
Precisava contar para Clara ainda que sua foto vazara no Twitter. O que pelo menos não seria tão ruim para ela, já que já era assumidamente bissexual para a família e para a escola. Mas também precisava explicar para sua mãe o que acontecera...
Sabia que Tereza ficaria muito indignada.
Uma parte de Helena queria pedir para a mãe que a mudasse de escola. Mas ela já tinha bolsa ali. Não queria voltar a estudar em escola pública. Bem, a menos que fosse o IF, mas não achava que dava para entrar depois de já ter começado o primeiro ano...
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A trilha sonora de nossas vidas
Teen FictionHelena tem duas certezas em sua vida: A primeira é que música é sua paixão, e a segunda é que ela é, sem sombra de dúvida, lésbica. O que ela não tem certeza, entretanto, é como vai sobreviver mais um ano e meio no inferno chamado Colégio da Graça d...