Piloto Automático

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Nota da autora:

Oi oi, poucas (mas maravilhosas) pessoas que lêem esse livro. Então, aparentemente a parte das letras das músicas estava meio confusa aqui, então comecei a colocá-las entre aspas para ficar mais fácil! A música tem um papel muito presente nas vidas dos dois, mesmo que só Helena saiba tocar, por isso a escolha de cada capítulo ter uma música como tema.

Ah, e a saúde mental do Cadu está bem debilitada nesse capítulo, tem como perceber que ele anda tendo uns pensamentos bem depressivos, então se cuidem ao ler! 💜

Aliás, eu vi isso no Pinterest e automaticamente lembrei da amizade do século (Helena e Carlos, óbvio):

Aliás, eu vi isso no Pinterest e automaticamente lembrei da amizade do século (Helena e Carlos, óbvio):

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(Pra quem não sabe, a bandeira lésbica na esquerda e a bandeira gay na direita).

Enfim, boa leitura! Espero que gostem do capítulo, dêem opiniões!

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"Eu nunca fiz questão de estar aqui
Muito menos participar
E ainda acho que o meu cotidiano
Vai me largar"

Então... Carlos se aceitava como gay agora. Ou, pelos menos, na maior parte do tempo.

Ainda tinham dias que eram mais difíceis, dias em que precisava lidar com muita homofobia internalizada. Mas iam ficando mais escassos, com o passar do tempo. Carlos se perguntava se em algum momento esses dias simplesmente parariam de ocorrer. Certamente esperava que sim.

Mas... Se aceitar tornara as coisas mais fáceis, porém, ao mesmo tempo, não. Agora ele não tinha como fugir e fingir que toda sua vida não era uma mentira.

Querer se assumir fora um surto temporário motivado pelo cansaço que aquilo tudo o fazia sentir. Todavia, Helena tivera sucesso em colocar na cabeça dele que aquela era uma ideia idiota. E perigosa.

Não significava que gostasse de estar no armário. Quer dizer... De um certo ponto, gostava, sim. Por ser mais confortável.

"Um dia eu vou morrer
Um dia eu chego lá (Um dia eu chego lá)
E eu sei que o piloto automático
Vai me levar"

Bem... Talvez confortável não fosse a palavra certa. Nada que cause tanta angústia pode ser descrito como confortável. Porém, era mais fácil, seguro e dentro de sua zona de conforto. O que não significava que era bom. Tanto que...

Era madrugada... Mais uma vez. E Carlos não conseguia dormir. A insônia era tão irritante.

Suspirando e desistindo de pegar no sono no momento, resolveu pegar o notebook e começar a fazer uma pesquisa que vinha enrolando já há um tempo.

Abriu o Google e digitou: "séries com temática LGBT".

Foi inundado por uma maré de sites. Meia hora depois, estava assistindo o primeiro episódio de The Fosters em um site pirata (embora eles tivessem, sim, serviço de streaming, Cadu não achava que seria uma ideia inteligente assistir a série em um lugar em que o resto da sua família tinha acesso).

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