+ SABINA HIDALGO EVANS
— Declaro prisão preventiva, será liberado para presenciar o próximo e último julgamento. — juíza Sylla bateu com o martelo no artesanal duas vezes, anunciando fim do julgamento. May é levado pelos policiais agressivamente, seus olhos suplicavam por ajuda enquanto os meus suplicavam por perdão.
...
Olhei para a tela do meu computador, paralisada.
Vamos Sabina, se concentre, lembre-se do que aprendeu na universidade. Os três passos principais.
passo 1 — desacreditar as testemunhas.
passo 2 — apresentar um novo suspeito.
passo 3 — enterramos as provas.
Bufando, parei de escrever irritada, agarrando o copo com meu café amargo do Starbucks e bebendo. Em seguida, peguei minha torrada recheada com geleia de morango dando uma mordida.
Eu falhei no primeiro julgamento, não podia falhar no próximo, seria a decisão final. May era inocente, eu tinha que provar isso. Muitas pessoas acham que uma advogada de defesa é só defender um criminoso e ganhar dinheiro, não é nada disso, eu só quero justiça, aquele caso era mais complicado do que eu imaginava, nunca tinha trabalhado ou defendido algo assim, quer dizer, o cara foi acusado de matar a garota estrupando-a.
O mais irritante era Urrea, que se achava por ter acusações suficientes e conseguir fazer com que May tivesse prisão preventiva. Idiota e sedutor, eu estava caindo em seus pés.
Não, não estava!
Eu sou casada e tenho uma filha, não poderia sequer pensar nisso. Além do mais nós somos de áreas diferentes, ele é de acusação e eu de defesa, não daria certo.
Ele está fazendo com que May sofra consequências injustamente. O mais impressionante é que ele não interferiu ninguém a não ser May durante o seu julgamento, nem mesmo Paliwal e as testemunhas.
— Testemunhas, certo. Desacreditar as testemunhas. Que testemunhas temos? — comecei a escrever.
01 — Hina Yoshihara.
02 — |
Parei de escrever, novamente. Dei mais uma mordida à minha torrada e bebi mais um pouco do meu café, estremecendo ao ouvir uma voz rouca. Aquela voz.
— Você por aqui senhorita? — Urrea se sentou na cadeira à minha frente. Folgado.
— Sim Urrea-
— Noah fora do trabalho, me sinto velho. Mas, você gemendo meu sobrenome será a única excessão. — sorriu sapeca, se levantando, pegando a outra fatia de torrada e ficando atrás de mim, colocando suas mãos na mesa como apoio para os braços. Bati na sua mão direita, fazendo com que ele murmurasse um "ai" de dor e tirasse suas mãos da mesa.
Tentei me concentrar novamente, olhando para a tela. Bom, ficámos na segunda testemunha, quem seria a segunda testemunha?
— Lamar Morris, ele é a segunda testemunha. E deixe-me dizer, os passos estão incompletos.— apontou para a tela.
— Como assim incompletos? — perguntei confusa. — você só quer me prejudicar não é?
— Você tem que explicar o porquê desses passos. Explicar como você os vai fazer. Vamos Hidalgo, explique. — forçou a voz, suplicando.
Respirei fundo, segurando o mouse e deslizando para o início da folha novamente. Vamos Sabina, você consegue.
— Eu... — parei de falar, não sabendo explicar.
Urrea me olhou por alguns segundos, antes de puxar sua cadeira para o lado da minha se sentando na mesma.
— Passo número 1, desacreditar as testemunhas — leu. — como você irá desacreditar essas testemunhas? O que precisa saber primeiro?
— Hum... — parei para pensar, bingo. — precisamos saber as provas que eles têm contra May.
— E quando souber as provas? O que terá que fazer? Terá que... — fez um gesto com a mão, para que eu continuasse a frase.
— Enterrar as provas — arregalei os olhos, percebendo o que ele queria dizer.
— Se as provas forem corporais você terá que...?
— Apresentar um novo suspeito. — sussurrei, olhando para o mesmo admirada. Urrea sorriu e eu peguei no computador, apontando tudo o que havia acabado de dizer. — será fácil nos dois casos. Paliwal se envolvia com muita gente ao mesmo tempo, e no caso de enterrar as provas será ainda mais fácil, pois...
— atiramos tanta informação ao júri que entram na sala de liberação assoberbados pela dúvida. — dissemos em uníssono. Urrea se levantou, colocando a cadeira no lugar e limpou as mãos, pronto para sair.
— Porque você me ajudou? Pensei que queria ganhar esse caso. — o fiz parar de andar, olhando para trás sorriu com seu sorriso encantador e contagiante. Não consegui evitar e também sorri, encantada.
— Você só quer justiça, eu também. Apenas te dei informações que precisava saber, e eu vejo tanto o seu empenho por esse caso, você mostra que todo mundo merece uma defesa. — piscou, acenando para os funcionários da caixa, abrindo a porta e saindo, fazendo com que o sino da porta fizesse barulho.
Uau.
Não Sabina Evans, sem esse "Uau". Você não podia cair nos joguinhos dele.
Ele me ajudou, e muito, mas eu não deixaria que ele me enganasse.
Eu tinha que me afastar dele.
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fanfic nova <3
essa fic tem trechos de "como defender um assassino".
— Diana 🍂
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𝐋𝐀𝐖𝐘𝐄𝐑𝐒 𝐈𝐍 𝐀 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄
Fanfictionconcluída | Sabina Hidalgo (Evans fora do local de trabalho) é advogada de defesa. É casada e tem uma filha, não tinha muitos amigos no seu local de trabalho pois colocava seu profissionalismo em primeiro lugar. Sempre foi fiel ao seu marido, até co...