03. interrogation

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+ SABINA HIDALGO EVANS

— Onde você esteve dia 9 de janeiro? — perguntei a Yoshihara, que tremia com lágrimas dos olhos.

— Eu fiquei o dia todo em casa. — olhou para o chão, mordendo o lábio e apoiando sua mão na cadeira. — era suposto eu ir a casa de Shivani e ajudá-la a tirar a árvore de Natal, mas ela cancelou os planos pois iria estar "ocupada". — fez aspas com os dedos revirando os olhos.

— Você sabia que isso era uma desculpa, certo? — Urrea se pronunciou, desconfiado.

— Sim, é claro que eu sabia. Por isso mesmo eu iria a casa dela mais tarde, mas acabei adormecendo mais cedo, acho que por volta da hora do lanche. — Yoshihara parecia pensar. — exato. Acordei com fome, e aí já era uma da manhã com certeza. Por volta das duas, podemos arredondar para as três, ouvi barulhos que pareciam ser gemidos, e quando cheguei era tarde demais. — Beauchamp entregou um copo de água a Yoshihara, que agradeceu com um olhar. — ela estava inconsciente, não respirava, tinha marcas vermelhas de uma mão. Foi tudo tão...rápido. E-

— Tudo bem, pode sair. Obrigado pelo seu tempo, descanse um pouco. — Urrea disse ríspido, sorrindo falso e Yoshihara assentiu, pedindo licença e saindo da sala.

— Qual é a porra do seu problema? Ela está sofrendo, não precisa falar assim com ela. — ele me olhou com deboche, se aproximando. Soares e Plotnikova agarraram o braço do mesmo, o fazendo afastar.

— Boneca, não sei se você percebeu mas essa versão da história é totalmente diferente da que ela contou da última vez. — saiu da sala e quando voltou carregava vários papéis na mão, atirando-os para uma mesa. — Isso aqui é o que eu consegui acompanhar da primeira versão de Yoshihara, ora veja. — limpou a garganta, forçando uma voz fina, que infantil. — "cheguei a casa exausta do trabalho, passava da uma da manhã, queria descansar mas antes teria que ir a casa da minha melhor amiga. Ela disse que iria receber um colega de trabalho, acho que se chamava Bailey, não me recordo muito bem. Iria bater à porta mas estava aberta, aproveitei e entrei e a vi deitada no sofá, inconsciente." — atirou os papéis na mesa, vindo em minha direção novamente. — essa versão parece igual à que ela contou agora?

Arregalei os olhos, não acreditando. Ela contou uma versão completamente diferente a Urrea e seus colegas.

— O que faremos agora? — olhei para todos, esperando alguma resposta.

— Vamos todos interrogar Morris. — Loukamaa disse, mas Plotnikova negou, segurando a mão da mulher.

— Vamos fazer o seguinte. Eu, Loukamaa, Soares e Beauchamp, iremos interrogar Morris, procurar mais informação e saber o porquê de Yoshihara estar mentindo. Você — apontou para mim. — e Urrea terão que trabalhar juntos de forma a fazer com que Yoshihara diga a verdade, se fôr preciso iremos a tribunal por informações falsas até ela contar a verdade. — Plotnikova disse firme, e todos concordaram.

Apenas fiquem com a cabeça pensando em outra coisa: eu e Urrea, trabalhando juntos, isso não ia dar certo.




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querem maratona ou nem?

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— Diana 🍂

𝐋𝐀𝐖𝐘𝐄𝐑𝐒 𝐈𝐍 𝐀 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora