14. miss me?

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+ NOAH JACOB URREA

Estávamos todos atrás da porta da sala onde iríamos interrogar Morris, seria o único que poderia contar detalhe a detalhe do que sabia, seria o suficiente para o caso de May. Havia dias que eu não procurava informações, nem ao menos dado atenção para esse caso, estava preocupado com minha irmã, e com outra coisa...

Porém, não podia pensar noutros tipos de assuntos, não agora. Foco Urrea, foco.

Bom, foi isso que eu perdi no preciso momento em que Hidalgo me olhou sorrindo, piscando com o olho direito, mordendo o lábio e olhando para a janela da sala, onde se encontrava o britânico.

Merda, merda, merda.

Eu estava ficando louco por essa garota, ela me deixava louco.

A puxei discretamente quando todos entraram na sala, a presando na parede ao lado da janela, de jeito que ninguém nos visse.

Juntei nossos lábios, fechando os olhos, apertando sua cintura e gemendo sentindo nossas línguas se misturando. Segurei seu rosto, aprofundando o beijo e fazendo Hidalgo arfar. Sorri, antes de separar da mesma, selando nossos lábios uma última vez.

— Isso tudo é saudade? — perguntou com sua respiração ofegante, sorrindo enquanto brincava com os botões da minha camisa. Assenti com a cabeça, olhando para o seu corpo.

— Sabe aquele roupa que você usou no dia em que falámos com Yoshihara?

— Então não lembro? Yoshihara morreu naquele dia, óbvio que eu lembro. — fez uma careta.

— E porque aquela noite foi intensa, se é que me entende. — arqueei minhas sobrancelhas ela riu arregalando os olhos, assentindo e gemendo surpresa quando apertei sua cintura novamente. Aproximei minha boca da sua orelha, mordendo-a antes de sussurrar. — queria tanto dizer o quanto você estava gostosa nessa roupa, moldava as suas curvas e suas coxas...me apetecia agarrá-las, te levar no colo até algum banheiro e te foder assim mesmo. — senti a mesma estremecer, com sua respiração ofegante. Ri, antes de me afastar novamente, segurando a maçaneta da porta e abrindo a mesma.

Plotnikova olhou para mim com uma cara de deboche, sabendo exatamente o que eu estava fazendo. — estávamos esperando você Urrea, agora só falta a Hidalgo.

— Acho que ela foi ao banheiro, sabe como é, coisa de mulheres. — dei um sorriso sínico. — para de ser intrometida, pirralha. — murmurei, ficando entre Gabrielly e Beuachamp.

Hidalgo chegou alguns minutos depois, ficando ao lado de Plotnikova, que sussurrou algo para a mexicana, tirando um sorriso da mesma e a fazendo olhar para mim.

Desviei o olhar, tentando tirar Sabina da minha mente. Agora se foque no seu trabalho, focar no Morris, apenas nele.

— Pode me explicar exatamente o que sabe daquele dia, senhor Morris? — fiquei de frente para ele, dando o melhor sorriso reconfortante para o mesmo, que agradeceu com o olhar. Ele parecia realmente destroçado, e estaria o mais calmo e simpático o possível para ajudar o mesmo, afinal sabia o que ele sentia.

— Eu vou contar o máximo que consigo, desculpem se eu gargarejar a qualquer momento. — pediu, assenti, sentindo meus colegas fazendo o mesmo atrás de mim. — e-eu não sei ao certo onde ele esteve. De manhã tomámos um café juntos. — respirou fundo, continuando sem dificuldade. — ele me contou que tinha acabado de arranjar um emprego como professor de canto na primária. Amava muito crianças e ensinar sobre música era o seu maior sonho. — sorriu, se lembrando. Deixou algumas lágrimas caírem, limpando-as rapidamente e balançado a cabeça. — mais tarde, combinámos de jantar pizza já que nenhum de nós sabia cozinhar, já perdi a conta de quantas vezes é que ele queimou sua cozinha, tendo que pagar por utensílios novos. — riu, se recompondo. — desculpem estar interrompendo, sei que é importante para vocês-

— Tudo bem, detalhes serão sempre importantes, é normal você querer se lembrar de coisas boas, pare o quanto precisar. — disse, segurando a mão do mesmo.

— Ele queria falar algo importante, talvez fosse da garota que ele gostava, não sei bem ao certo, ele não me contou. — suspirou. — porém nada disso aconteceu. Ele acabou não aparecendo, nem ao menos atendeu minhas chamadas, dava sempre como celular desligado. — puxou seus cabelos crespos, abaixando a cabeça. — mas eu vos garanto, que ele não teria coragem de tocar em Paliwal. Eu sabia que eles já se conheciam, seus olhos brilhavam sempre que ele falava dela. Ele não teria coragem de tocar em uma mosca. — toquei em seu ombro, apertando-o.

— Obrigado pelo seu tempo, Morris. Sempre que precisar estaremos aqui para conversar com você. — Beauchamp e Gabrielly se aproximaram, ficando do meu lado. Morris agradeceu com o olhar, saindo da sala lentamente. Assim que a porta se fechou, me levantei frustado.

Acusações para May. Como eu faria? Morris parecia destroçado pelo amigo, eu não podia ter pena, não podia.

— Acho que temos o suficiente para hoje, certo? — Loukamaa perguntou, e todos assentiram, menos eu, que tinha minha cabeça nas nuvens.

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estou muito feliz hoje, aaaaaa.
vou postar mais um, cês que lutem 😋

— Diana 🍂

𝐋𝐀𝐖𝐘𝐄𝐑𝐒 𝐈𝐍 𝐀 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora