41. childish

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+ MARIA SABINA HIDALGO

Mariana comia sua torrada rapidamente, o que me fazia estranhar sendo que ela comia sempre devagar. — filha. — ela praticamente engoliu o último pedaço, tentando se levantar mas sendo travada por mim. — porque está assim? — ri, vendo-a suspirar.

— Eu vou com Louis para a escola, quero fazer de tudo para que ele não saia. — sorrindo, se levantou lentamente, beijando minha bochecha. — porque Noah está dormindo no sofá? — suspirei, pensando em algo para mudar de assunto.

— Você tem que ir, lembra? Não se atrase. — a abracei, enchendo seu rosto de beijinhos a fazendo reclamar, se soltando, pegando sua mochila e o cartão da escola, acenando mais uma vez antes de desaparecer da cozinha.

— Bom dia, Noah. — ouvi Mariana cumprimentar o mesmo.

— Bom dia pequena. — conseguia sentir o sorriso de ambos, e provavelmente estavam se abraçando. — boa sorte com Louis e um bom dia de aulas.

— Obrigado Noah. — ouvi a porta batendo, anunciando que minha filha tinha acabado de sair.

Fiquei sentada tomando meu café, o pousando na mesa de mordendo uma torrada, agora sentindo um olhar em cima de mim. Olhei para cima, vendo Noah encostado na parede da cozinha, com seus braços cruzados. Coçou a garganta, andando até ao frigorífico. — bom dia. — sussurrou, abrindo-o procurando por algo, tirando leite e fechando o frigorífico. Tirou cereais do armário, e eu só observava seu ato calada. Ele nem ao menos me beijou, ou beijou minha barriga, pensei que já estaríamos bem.

— Sobre aquele assunto de querer trabalhar no supermercado, eu-

— Tudo bem, eu já decidi, não preciso trabalhar, eu fico aqui. — me interrompeu, com sua voz suando fria. Engoli seco, me levantando e andando até ao mesmo, o abraçando por trás enquanto ele terminava de fazer seus cereais.

— Na verdade, eu entendo perfeitamente você querer trabalhar por algum tempo, e a decisão é sua. — disse sorrindo fraca. Ele tirou meus braços que estavam em volta da sua cintura, levando sua taça até ao microondas e colocando para aquecer, se virando para mim sem nenhuma expressão.

— Não se preocupe, eu ficarei aqui em casa. — disse curto, tirando a taça do microondas, pegando em uma colher e começando a comer. Fechei meu sorriso, não entendendo sua reação. Eu fui egoísta, admito, mas eu não fui a única que continuou com essa discussão, e agora que eu queria resolvê-la ele tentava complicar as coisas.

— Mas porquê? É sério, pode trabalhar onde quiser e quando quiser, eu realmente não me importo-

— Vou te parar aí, agora mesmo. — me interrompeu novamente, enquanto mexia sua colher na taça. — se a decisão é minha, você não tem que se importar ou não se importar, eu já disse que prefiro não trabalhar agora e esse é o ponto da conversa. — disse calmamente, comendo seus cereais. Eu abaixei minha cabeça, segurando meu choro. Malditos hormônios, já não aguentava sequer uma frase que já me sentia emocionada, mas porra, aquilo me destruía.

— Qual é o seu problema? Eu só estou tentando resolver as coisas, porque está tentando piorá-las?

— Eu não estou tentando piorar merda nenhuma, eu já te disse que eu não quero mais trabalhar agora, mas você insiste em prolongar essa discussão. — olhei para cima novamente, encarando Noah, que iria sair da cozinha. Puxei seu braço, o fazendo parar. — o que foi?

— É a segunda vez que você tenta fugir dessa conversa, e eu não vou deixar. — disse entre-dentes. — eu não sou burra Urrea, nem um pouco. Se pensa que fugir vai fazer com que as coisas melhorem, está enganado, pois poderia ter ficado da outra vez e olha o que está acontecendo. Nunca tivemos algum tipo de discussão, e agora vamos ter porquê? Porque você quer arranjar um emprego? Então é simples, arranja e ponto final, estou te dizendo que você estava correto esse tempo todo e você nem ao menos quer aproveitar para trabalhar agora? Eu só estou tentando resolver esse problema, caralho. Estou te dando a oportunidade de trabalhar onde quiser e se quiser, e agora você tenta resolver dizendo que não quer trabalhar mais, sendo que foi isso que prolongou essa discussão. Podemos parar de ser infantis, por favor? — disse irritada, vendo-o assentir.

— Desculpa. — disse por fim, sussurrando baixinho. — ainda não acredito que deixámos com que isso quase prejudicasse nossa relação. — riu nasalmente, com um "quê" de tristeza.

— Pois é. — assenti, sorrindo de lado. — acho que também tenho que pedir desculpa. — disse como se fosse óbvio. — um relacionamento com dois orgulhosos demais não é nada fácil. — ele sorriu, assentindo. Me aproximei, abraçando-o, sendo envolvida por seus braços e sentindo um beijo sendo depositado na minha testa. — eu te amo tanto. — juntei nossos lábios em um selinho sorrindo.

— Eu também te amo, e muito. Não tem noção do quão animado estou para que nosso bebê nasça. — sorriu juntando nossos lábios novamente.

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eu ia tentar fazer maratona mas não tenho capacidades, não agora 🤡

— Diana 🍂

𝐋𝐀𝐖𝐘𝐄𝐑𝐒 𝐈𝐍 𝐀 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora