18. sick

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+ SABINA HIDALGO EVANS

A meio da noite, tive que voltar ao trabalho. Havia esquecido papéis importantes, incluindo a autorização para uma visita de estudo de Mariana. Não era fácil ser a encarregada de educação quando tinha que trabalhar o dia inteiro, ainda mais agora.

Já dentro do prédio, abri a porta da sala. Urrea acordou assustado, se aliviando assim que viu que era apenas. O que ele estava fazendo aqui?

— O que está fazendo aqui? — perguntou curiosa, vendo o mesmo coçar os olhos.

— Nada. — disse rápido, desligando seu iMac.

— Você está aqui a muito tempo? — ignorei sua resposta. Suspirou, antes de revelar.

— Eu literalmente jantei aqui, descobri algo e agora estou tentando ter acesso à internet, minha wi-fi caiu em casa. — abriu seu iMac novamente, pegando no seu pote com uma omelete e mastigando.

— Você estava jantando isso? Cara, são três da manhã, tem que se alimentar direito. — ele revirou os olhos, fechando o pote.

— O que importa? Eu só acabei adormecendo, não há nada de grave nisso, há?

— Sim, desde quando você não tem um folga? Descansa um pouco. — puxei em uma cadeira, me sentando ao lado do mesmo e olhando para a tela. — esse é-

— Daniel Seavey? Esse mesmo. — assentiu, bebendo água da sua garrafa.

— Como descobriu?

— Câmeras de Manchester capturaram alguns momentos de Seavey enquanto fugia, algumas edições nas fotos e tcharã. — abanou as mãos, me fazendo rir, sendo acompanhada pelo mesmo.

— Você parece cansado. — disse olhando para as suas olheiras. Podia parecer, mas ele se empenhava nesse trabalho. Não é atoa que até agora foi o único que descobriu o estuprador de Yoshihara, trabalhava mais do que os próprios detetives e nunca o vi ter uma única folga.

— Não é nada de mais, só uma dor de cabeça e...— espirrou, se interrompendo. Coloquei minha mão na sua testa, que estava quente. Seu pescoço e nariz estavam vermelhos. — dor de garganta, talvez seja altura do inverno, já que estamos quase chegando à primavera e-

— Você está doente Noah. — confirmei, fechando seu iMac e o olhando preocupada. Eu não o iria deixar trabalhar, não desse jeito.

— Isso é apenas a mudança de estações Sabina. — justificou, jogando sua cabeça para trás e tossindo. — isso costuma acontecer todos os anos, é muito normal especialmente nessa altura.

— Eu 'tô pouco me fudendo, Urrea. — disse irritada, colocando seu pote e seu iMac na minha mala. — você vem para minha casa e ponto final, não vou deixar você sozinho nesse estado, vamos!

— Mas-

— Vamos! — disse firme, fazendo-o levantar com os braços em sinal de rendimento. — me dê as chaves do seu carro. — parou de andar, me olhando indignado.

— Você pode ter esse espírito de mãe, e eu respeito, tenho até medo. — disse, se afastando vendo meus olhos fuzilados. — mas é o meu carro, meu carro eu não empresto a ninguém, uma das primeiras coisas que eu paguei com o meu próprio dinheiro, não posso deixar que se estrague. — dei de ombros, revirando os olhos e assentindo.

...

— Eu tenho uma receita, mãe. — Mariana entrou dentro da cozinha, olhando para o seu caderno.

— Acho que estou com medo. — Noah se encolheu, rindo da nossa cara de ofendidas. — melhor eu me calar, certo?

— Certo. — dissemos em uníssono, pegando uma panela. — pode ir ao meu quarto, lá tem algumas roupas duas. — Sabina disse, me fazendo arregalar os olhos olhando para Mariana.

— Mamãe gosta de roubar roupas dos seus amigos, tem da Sofya, tem a sua, enfim a ladra de roupas — revirou os olhos, olhando para a mãe com deboche. Hidalgo riu, fazendo um gesto com a mão para que eu saísse antes que entregasse tudo. Assenti, indo ao quarto e procurando as minhas roupas, as mesmas que eu havia esquecido das vezes em que eu vinha cá. Tinham alguns quadros de Sabina e Dylan se beijando, Dylan e Mariana, os três juntos.

Chega Urrea, esquece isso. — murmurei para mim mesmo, pegando uma calça-moletom e uma t-shirt.

Quando voltei, elas traziam uma taça de plástico, com algum tipo de ar.

— Isso é uma receita que minha bisavó fazia para a minha avó e para a minha mãe. — Mariana explicou.

— São uns vapores, coloquei aquelas pomadas onde você passa no seu corpo, costuma ajudar. — me entregou, me fazendo queixar de dor. Aquilo era pesado demais para serem apenas vapores.

— Tenho que enfiar a cara aqui dentro? — perguntei assustado, quando Mariana me entregou uma toalha.

— Isso mesmo, e você estará como novo. — ouviu seu celular tocar, onde tinha o nome "Louis" ligando. Olhou para mim, percebendo que eu tinha visto, e arregalando os olhos. Assenti, como se estivesse dizendo que não iria contar a Sabina, e ela me agradeceu com o olhar. Ri com meus pensamentos, coisas de adolescentes. — é o Pai, posso atender?

— Claro filha, diga para ele me ligar depois e pergunte sobre como está correndo a viagem. — antes de Mariana fosse embora, Sabina a puxou pelo braço. — não use Noah para faltar à escola amanhã, está me ouvindo. — sua filha bufou, assentindo.

— Mas eu estava o ajudando, e já está muito tarde. — Sabina deu de ombros. — depois ela vai ficar com pena, me vendo dormindo como um anjo e vai me deixar faltar à escola. — correu, antes que Sabina gritasse seu nome.

A mesma me olhou, sorrindo. Ficámos trocando olhares, até a mexicana arregalar os olhos, se lembrando. — não pense que vai fugir Urrea, coloque sua cabeça dentro da taça, vamos. — arfei, murmurando um "tudo bem" antes de colocar minha cabeça dentro da taça, tossindo enquanto sentia o vapor entrar pelas minhas narinas.

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vou ser bem sincera, amei fazer esse capítulo, aliviar a tensão das coisas 🥺

vou postar mais um hoje, a live de ontem KHDJSHSISGAUWB e o tico teco da Sofya e do Noah, surtooo

— Diana 🍂

𝐋𝐀𝐖𝐘𝐄𝐑𝐒 𝐈𝐍 𝐀 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora