Ética no Amor

Cap. 6

RYAN

Depois do que ela revelou, penso novamente no que estou fazendo me afastando e evitando seu olhar.

- Desculpa... eu não posso fazer isso!
- Mas eu quero!
- Não é simples assim, eu não posso fazer isso com você.
- Porque não?
- Porque tem um motivo de ter esperado para fazer isso, deve estar esperando alguém especial, que te ame.
- Mas eu... gosto de você e você gosta de mim...
- É mas é errado, agora mais do que nunca, por favor tente entender...
- Eu entendi senhor, não deveria ter vindo aqui... - ouvir aquele "senhor" me causou angústia, principalmente pelo tom decepcionado de sua voz - eu vou embora!
- Não... espera, você não pode sair assim, me odiando.
- Eu não te odeio Ryan.. eu realmente entendo, o que íamos fazer é errado e pode acabar com a sua carreira se alguém descobrisse, realmente sinto muito por ter vindo aqui... foi algo totalmente inapropriado. - diz já saindo - adeus Ryan - fala me dando um leve selinho e fechando a porta em seguida.

Eu simplesmente me jogo no sofá extasiado, não sabendo o que fazer ou pensar depois desse momento tão revelador e íntimo entre mim e Clary, mas MEU DEUS, ela é incrível, depois de ter provado novamente do seu gosto tão doce, não sei se vou conseguir mais me controlar perto dela, porém eu tenho, não posso deixar de pensar que sou seu professor por pior que seja essa situação, e também não posso desistir do meu trabalho por motivos pessoais.

CLARY

Saio da casa de Ryan com os pensamentos a mil, mas a culpa foi minha não deveria ter vindo em sua casa, foi tão imaturo ter uma atitude dessa, "como uma adolescente apaixonada", quer dizer o errado nessa frase é só a palavra adolescente infelizmente. E se eu não tivesse dito que era virgem talvez teríamos cometido o maior erro de nossas vidas, não que na hora parecia errado, porque quando senti seu corpo ao meu simplesmente não consegui resistir, ele é incrivelmente lindo e gostoso, até demais para mim, aff... se apaixonar é um saco. Então volto para meu dormitório, falo tudo a Lisa e ela pira imaginando a cena, depois de conversamos fomos assistir a um filme qualquer e eu adormeci.

Já é tarde do dia seguinte ao meu erro e do professor, porém nem se quer um segundo do dia parei de pensar naquele momento, e se ele estaria fazendo o mesmo. Enquanto ando pelo campos dou de cara com Matt, o amigo de Lisa.

- Oi Matt!
- Oi princesa, como você está?
- Bem, ia passar para pegar um café no Starbucks aqui perto, quer vir?
- Claro, ainda bem que me chamou, estou sem nada para fazer, também essa faculdade é um saco.
- Pois é - digo rindo e andando na direção da cafeteira ao seu lado.
- Então terminou o trabalho do Sr. Willians?
- Sim, era bem simples.
- Simples? Você está brincando né!?
- Não, era um simples caso a se resolver e tinha vários exemplos na internet.
- Isso é porque você é inteligente, e também parece ser a única aluna que o professor tem interesse de ouvir.
- Isso não é verdade, ele deixa aberto a perguntas e formulações, você que não fala nada.
- Ok vamos dizer que está certa, mas eu não saberia nem o que perguntar ou afirmar, não entendo nada daquela aula.
- As provas estão chegando, se quiser posso tentar te ensinar.
- Sério!? Muito obrigado!
- De nada, mas já vou dizendo que não sou tão inteligente quanto pensa.
- Ata claro - diz rindo enquanto empurra e segura a porta do estabelecimento para eu passar.

Depois de passar o resto da tarde falando e rindo das besteiras que o Matt fala, vou para meu Bloco e estudo para as provas de final de semestre que estão chegando mais depressa do que imaginava. Vejo que já se passou muito tempo, já que o relógio bate as 20:00 então decido pedir uma pizza para jantar, já que Lisa saiu em um encontro e não gosto de jantar sozinha no refeitório.

A pizza chega e desço rapidamente mas para estática quando vejo o lindo entregador de olhos e cabelos castanhos.

- a pizza é para a senhorita?
- Uuuuuhm, sim claro!?
- Isso é uma pergunta ou resposta? - diz rindo.
- Reposta, sinto muito!- digo parecendo um tomate de tanta vergonha.
- Tudo bem, a senhorita pretende comer tudo sozinha? - diz com um sorrisinho safado de lado.
- A não ser que queira me fazer companhia -  flerto de volta.
- Na verdade ela tem companhia! - ouço uma voz grossa falar, e sei de quem é só pelos arrepios que me causa.
- Ryan?! O que faz aqui? - digo em surpresa.
- Precisamos conversar! - diz ele sem tirar o olhar do entregador galanteador. - se não se importa pode me passar a pizza e voltar ao trabalho. - pega a pizza das mãos do outro homem e a paga, fazendo com que o moreno saia rapidamente de cara feia.
- Não precisava ter pago, eu já tinha o dinheiro.
- Que cavaleiro eu seria se não tivesse - diz engraçado.
- Tudo bem, vamos entrar e você me fala o que precisa - ele concorda e fazemos uma caminhada de silêncio até meu quarto.