Cap. 9

6 1 0
                                    

CLARY

Hoje acordei e fiquei confusa por não sentir mais o abraço de Ryan, mas quando olhei para o lado vi que ele deixou um papel escrito, "gostaria de ter acordado ao seu lado, mas quando me despertei no meio da noite percebi que seria melhor voltar a minha casa, pois não quero que ninguém desconfie da gente, ontem foi incrível, te espero na aula hoje ;)" Com essa fala um sorriso brota em meus lábios e vou me arrumar para ficar a mais bonita para ele.

Quando estou a caminho da minha primeira aula o Matt surge ao meu lado, e me lembro automaticamente que o deixei ontem no baile sem nenhuma explicação, e teria que inventar alguma desculpa crível e boa o suficiente para ser perdoado.

- Clary saiba que eu não deixei de ser seu amigo, porque sou uma ótima pessoa , mas estou com raiva de você! - Matt fala sinceramente.
- Eu sei Matt, me desculpa por ter ido embora ontem sem te dizer nada, mas eu me senti muito mal, enjoada e com dor de cabeça, e só corri para casa, mas você está certo em estar com raiva de mim.
- Não princesa, tudo bem, agora que me explicou eu entendo, mas se tivesse me chamado, teria ajudado a te deixar no dormitório... teria cuidado de você!
- Obrigado Matt mas seu me cuidar sozinha, não se preocupe. - somente quando terminamos a discussão que percebi que já avisamos chegado a sala desejada, então sentamos e ficamos calados durante todo o resto do discurso do professor.

O dia todo foi meio remoto, mas não sei o que deu no Matt durante a aula de Ryan, pois ele ficou o tempo todo bem próximo, e me tocando, começou pelo braço, foi até a mão e depois para minha coxa, e eu estava até aguentando mas quando chegou ao ponto dele apertar a mão em mim, a tirei imediatamente do meu corpo e me afastei. Depois da minha clara recusa as investidas do meu amigo, o resto do horário ocorreu normalmente até o fim. Enquanto os alunos saiam, inclusive o meu par do baile noite passada, eu fingia ainda estar arrumando minha bolsa, para depois poder falar com o meu "amante".

- Oi meu amor! - digo beijando o Ryan em sua bochecha.
- Oi. - rebate secamente.
- O que aconteceu?
- Nada, só não gosto de jogar com as pessoas.
- Não estou entendendo!
- Agora está se fazendo de sonsa?
- Porque você está me tratando assim? - digo com uma voz chorosa, mas sem intenção.
- Pode parar de teatrinho, eu vi você com o Matt durante a explicação. - o nojo em sua voz quando fala o nome do loiro é muito clara.
- Eu não sei o que deu nele hoje, mas o parei!
- O parou? Você deixou ele tocar na sua coxa, quase naquele lugar que achei que fui o único a tocar.
- Olha você pode até estar chateado comigo mas não ouse me desrespeitar!
- Não preciso, você já fez isso ficando com dois homens ao mesmo tempo!  - não sei de onde tirei esta força e coragem mas ao ouvir isso, lhe dei um tapa na cara, o olhando com ódio. - Não acredito que tive a coragem de fazer o que fiz com um homem tão asqueroso, quando perceber que errou já vai ser tarde.

Ele simplesmente me olha sem emoção, e saio com os olhos cheios d'água, indo direto ao banheiro me recompor para as próximas matérias. O que começou como um ótimo dia, terminou como um dos piores que já vivi, nunca pensei que o Ryan agiria de tal forma, me arrependo amargamente de ter deitado com o mesmo, mas o que aconteceu no passado ficará lá, a única coisa que posso fazer é seguir em frente. Entro no meu quarto para um descanso bem merecido, mas Lisa percebe que algo não está certo.

- Amiga porque está com essa cara? o que houve?
- Nada, só preciso dormir um pouco.
- Eu te conheço Clary, então desembucha! - como sei que ela não irá desistir explico toda a história desde o baile.
- Meu Deus, você ficou com o Sr. Williams?! - grita com toda emoção possível.
- Fale mais alto! Acho que as pessoa lá de Seattle não escutaram.
- Certo, foi mal... bem eu nem sei o que falar, a reação dele foi totalmente exagerada, o cara é muito ciumento mesmo!
- Não acho que foi ciúmes, ele só é um grande babaca!
- Não amiga, acredite em mim, conheço a mente masculina, ele estava se roendo por dentro por ver o Matt sendo tão íntimo. - Percebo que provavelmente ela está certa, mas ainda assim o que ele me acusou de ter feito, como se tivesse o traído, não é aceitável.
- É deve ser verdade, mas não vou perdoa-lo fácil assim.
- E nem deve, faça ele vir até você, e implorar pelo seu perdão, só assim que os homens aprendem.
- Vou fazer isso! - digo rindo de sua indagação e do quanto ela está a par da visão dos homens.

Ética no AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora