Ética no Amor

Cap 2

RYAN

Eu acho que estou enlouquecendo, como pude fazer isso com uma aluna, a tratei de modo completamente antiprofissional, me aproximei demais e ainda fiquei claramente corado com o que a Angela disse, e ela percebeu e ficou com o rosto mas fofo que já vi, ah porque tinha que ser uma aluna, porque que eu tinha que me interessar por alguém inalcançável e ela não é como as outras garotas de sua idade, é mais madura, ela é perfeita! Vou tentar ficar o mais longe possível, mas vai ser difícil tenho que admitir.

Acordo no dia seguinte, e teria aula com ela de novo, depois de descobrir como ela é, não tenho como olhá-la nos olhos, aqueles olhos cor de mel, lindos, e aquele cabelo longo e castanho, e um rosto doce que encanta qualquer homem. Merda! Tinha que ser uma aluna.

Enfim tomei meu café da manhã, e fui a universidade com o único intuito de dar aula e ir direto para casa depois, tentando não pensar mais nela. Cheguei no prédio dei duas aulas, e finalmente seria a aula dela, mas vou me controlar, eu tenho que controlar...

Vejo os alunos entrando, mas não a vejo e então sua amiga se aproxima.

- oi professor, a Senhorita Mcfly pediu para avisar que não conseguiu vir hoje, pois a dor piorou.
- Mas ela está bem? - mostro uma preocupação exagerada para um professor, e a senhorita Collins me olha meio desconfiada.
- Sim ela está bem, só não consegue levantar, mas eu coloquei tudo que ela precisa por perto, então sem problemas.
- Ok, obrigado por avisar.

Ela se retira sem dizer nada e assiste a aula normalmente. Depois que meu horário de trabalho acaba, eu vou ao Bloco D, onde é o dormitório de Clary, e tomo coragem batendo na porta de seu quarto. A ouço dizendo que podia entrar e o fiz.

- oi, eu vim ver como está.
- Ah oi Sr. Williams, eu estou bem obrigado por se preocupar, o senhor pode entrar aqui?
- Na verdade não, mas eu queria te ver... quer dizer ver se você estava bem.
- Ah claro, se quiser sentar - ela aponta para a ponta da cama.
- Eu não acho uma boa ideia.
- Tem razão, ah e me desculpa faltar a aula eu realmente não estou conseguindo ficar de pé direito.
- Não tudo bem, eu sei como é, já torci o tornozelo três vezes nessa universidade, por isso a Angela me conhece tanto, eu sempre ia na enfermaria.
- Sério, porque? - ela diz rindo.
- Porque eu fazia futebol aqui, então estava sempre com algo para a Senhora Gilbert tratar.
- Não consigo imaginar você... o senhor jogando futebol na universidade.
- Eu estou tão fora de forma assim?
- Não, é que o senhor é um professor.
- Está me chamando de velho!? - digo brincalhão.
- Não, vamos dizer que seja sábio. - diz com aquele sorriso lindo.
- Ei! Eu só tenho 26, não sou "sábio".
- Nossa como é um professor então?
- Eu me formei mais cedo, e precisava do dinheiro também... Enfim acho melhor eu ir.
- Claro, eu te levaria até a porta mas...
- Tudo bem - ri, saindo de seu quarto em seguida.

Saio do seu quarto e vou dar a última aula do dia. Já estou exausto de tantos jovens cheios de hormônios, principalmente os atletas, porque eu sai da escola faz tempo, mas parece que ela me persegue usando esses trogloditas que sempre continuam os mesmo, inteligência e intelectualidade zero, não sei nem como chegaram a universidade.

Finalmente acabo a aula e dou uma passada na enfermaria pra visitar a Angela..

- olá Angela!
- Ah, oi querido como está?
- Ótimo, e a senhora?
- Eu estou bem, e sua aluna também, ela passou aqui mais cedo e eu dei uma olhada em seu pé, passei um aliviadora muscular e ela melhorou bastante, já começou até a andar.
- Que bom! - digo com mais emoção do que deveria.
- Você por acaso está gostando dela? - me pergunta com uma cara desconfiada.
- Claro que não, ela é minha aluna! - digo tentando não demonstrar nenhum sentimento.
- Eu te conheço garoto, não adianta tentar me enganar. Mas te digo uma coisa, tome cuidado, porque essa relação de vocês dois não é certo.
- Não tem relação nenhuma, e vou fazer com que permaneça assim... ela é uma boa menina, não faria isso com ela.
- Bom mesmo!

Conversamos até tarde e depois me despeço dela, pois já está na minha hora de voltar para casa, afinal amanhã tenho mais aulas que tive hoje, quer dizer, gosto de ensinar mas as vezes é cansativo, principalmente quando você percebe que os alunos nem estão prestando atenção ao que você fala. Estou indo em direção ao estacionamento, mexendo em meu celular, e esbarro em alguém por falta de atenção.

- me desculpe não tive a intenção... - olho para cima e a vejo - Clary!
- Oi Sr. Williams, tudo bem você estava distraído.
- O que a senhorita faz tarde da noite no campos? É meio perigoso.
- Eu sei mas tive que ir comprar um remédio de ressaca para Lisa naquela farmácia aqui perto, ela realmente precisa.
- Ah sim, e seu tornozelo?
- Ele tá ótimo, quase não sinto nada, realmente a Angela é muito boa.
- É ela sabe fazer tudo para alguém se sentir melhor. - digo com um sorriso.
- Acho fofo como fala dela com tanta admiração - nessa hora ela cora, acredito que por perceber o que falou, e eu aumento mais o meu sorriso, ela me acha fofo!
- Ela é como minha segunda mãe, já que a primeira não está mais aqui.
- Eu sinto muito...
- Tudo bem, já faz muito tempo.
- Então eu tenho que ir ajudar a Lisa, foi bom encontrar o senhor!
- Digo o mesmo, até amanhã!
- Até amanhã!

Ela responde e sai, porém em vez de eu virar e continuar andando em direção ao estacionamento, fico olhado ela ir e não consigo parar, é como se ele me hipnotizasse, e ela olha para trás para me checar também dando um sorriso quando percebe que a estou olhando a tempo, o que me deixa exasperado, por saber que ela me olhou e gostou que eu estava a observando de longe. Vou para casa e durmo pesando que a veria no dia seguinte, mesmo me amaldiçoando por tal ato.