Ética no Amor

Cap 5

RYAN

Merda, merda mil vezes! Porque eu fiz aquilo!? Eu não poderia ter feito, e o pior, ainda a magoei, mas ela entendeu errado, como se não fosse boa o suficiente para mim, mas ela deve saber que é mais que boa é perfeita! Tão perfeita e meiga que tenho medo de corrompê-la. Definitivamente já estou apaixonado por ela, mas esse sentimento deve ser ignorado ao máximo, pois nós nunca vamos poder desfruta-lo, mesmo os dois sabendo que é recíproco. Que vontade de dizer a ela o quanto a quero.

Penso melhor e não vou a sua procura, ligo o carro e vou direto a um bar, afundar o que sinto em um copo de whiskey, nem mesmo pensando que terei que ensinar amanhã. Já são duas da manhã quando descido sair do bar já alterado, pego o carro com a consciência de que estou dirigindo bêbado mas nem ligando e saio, em alguns quilômetros sou parado pela polícia, e me predem por dirigir alcoolizado, ÓTIMO minha noite não podia melhorar!

Quando chego lá uso minha ligação para ligar para o James, meu amigo juiz, já que ele conseguiria me soltar mais facilmente. Ele vem e me solta em menos de uma hora, me levando para minha casa, e claro, me dando sermão no carro.

- porque fez isso idiota? Você sabe as consequências!
- E você acha mesmo que hoje eu to ligando para as consequências? Eu só precisava relaxar, tirar um peso da cabeça.
- Pode começar a explicar melhor?
- EU ME APAIXONEI POR UMA ALUNA, OK!?- bufo impaciente
- Nossa! É a mesma que você levou ontem à audiência?
- É, infelizmente.
- Cara, que furada, realmente é fácil se apaixonar por ela... ela é linda e tão gentil.
- Se você falar mais eu te dou um soco!
- Ei garanhão, calma, que ciumento!
- Não to para brincadeiras agora.
- Ok, vou parar.

E assim fomos o caminho inteiro em um silêncio desconfortável, eu nem sei porque fui tão grosso com o James, mas quando ele falou da Clary com admiração nos olhos, quase desejo, me subiu uma raiva que não pude controlar naquele momento.

Enfim em casa, nem tomo banho ou escovo os dentes, simplesmente caio na cama e durmo pelo efeito do álcool batendo. Acordo no outro dia e falo que por problemas pessoais não poderei dar aula hoje na UBC. Tomo um banho bem gelado para acordar, um café forte, e um remédio para melhorar a dor de cabeça causados pelas ressaca. Passo o dia assistindo Netflix, lendo e pensando nela... é impossível não pensar nela, especialmente depois do beijo, não consigo parar de desejar aqueles lábios rasados, suaves e doces nos meus de novo, só de lembrar a sensação já me sinto necessitado de mais um.

CLARY

Infelizmente hoje tenho aula de ética, depois daquele beijo e do que ele disse, não consigo mais olhá-lo do mesmo jeito com a mesma inocência, porque tudo que mais quero é cometer aquilo que ele chamou de "erro" de novo, foi tão intenso como se ele precisasse de mim para viver naquele momento, e quando paramos pude ver desejo em seus olhos, mesmo nunca tendo experienciado ver um homem com um olhar daquele sobre mim, especialmente quando se trata do desejo em si, eu soube o que significava.
Mas para a minha surpresa o diretor nos disse que ele não viria, porém como não teríamos aula hoje, na próxima ele queria um trabalho sobre qualquer assunto do curso que nos interessasse.

Então voltei para o meu dormitório com Lisa pensando se ele estava bem, se faltou por algo sério, ou se tem algo a ver com a noite de ontem, e para não ficar me enchendo de dúvidas sozinha, eu conto tudo a Lisa.

- amiga logo você, a santinha, pegando o professor?
- Eu não "peguei" o professor, foi só um beijo, como ele disse um erro.
- Ah mas não acho que ele quiz dizer que foi um erro por ser você, mas sim por ser uma aluna.
- Você realmente acha?
- Sim - penso sobre o que ela disse, e realmente parece certa.
- Nossa, agora me sinto uma idiota por pensar isso dele, quer dizer ele até falou que eu tinha entendido errado, mas eu não o deixei se explicar.
- Então deixe ele explicar agora!
- Mas ele não está na universidade.
- Por isso você vai na casa dele.
- Claro que não! E eu nem sei onde ele mora.
- Eu sei!
- Como?
- Hackeei a escola, claro!
- Você tem que parar de fazer isso, um dia vão descobrir.
- Pode se despreocupar, não deixo rastros... mas enfim ele mora na rua Clayton 189.
- Eu vou mesmo?
- Vai agora mocinha! - diz me imitando. Concordo e vou me arrumar, não sei se é a melhor ideia mas prefiro fazer alguma coisa sobre essa situação do que só ficar pensando.

Pego o ônibus que para quase em frente à sua casa, sai já me sentindo nervosa, vou até sua porta e toca a campainha. Depois de alguns segundos a porta se abre, e tenho uma visão do Ryan sem camisa e de cabelo bagunçado com cara de sono. Ele fica surpreso com minha presença e paralisa por um instante.

- Clary!?
- Oi Sr. Williams, eu passei aqui para saber se o senhor estava bem, e para me desculpar por ontem. - falo tentando ao máximo não demonstrar meu nervosismo.
- Eu estou bem, mas sobre ontem...é... não precisa se desculpar eu que a beijei e falei as coisa erradas... e eu sinto muito - fala nervoso.
- Não, na verdade eu não deixei você se explicar então também é minha culpa...
- Pois é eu não quis dizer aquilo...eu... quer entrar? - diz me abrindo espaço e eu entro sem nada dizer o esperando terminar sua fala, e me sento no sofá de sua sala.
- Eu na verdade quis dizer que foi um erro por você ser uma aluna, não por ser quem é,... porque eu gosto de você... você é... perfeita, perfeita até demais e eu não consigo mais controlar o que sinto por você, é como se esse sentimento tivesse tomando conta de mim.

Com essa declaração eu apenas me levanto e o beijo com todo o sentimento que tinha guardado por ele, que no mesmo estante cede me pedindo passagem e sem pensar duas vezes eu dou, enquanto ele passa suas mãos pela minha cintura eu puxo sua boca para mais perto segurando em seus cabelos macios, sinto que estamos nos animando demais mas não consigo parar e acho que ele também não.

Ele começa a me levar para o sofá levando seus beijos ao meu pescoço, me deito e ele para e me pergunta se pode continuar apenas com o olhar, eu confirmo com a cabeça e ele começa a descer sua mão até minha bunda a apertando, e depois tira minha blusa me olhando com um olhar de luxúria.

- eu tenho que te falar algo antes que a gente continue... - digo quase gemendo de excitação enquanto ele morde o módulo da minha orelha - eu... eu sou... eu nunca... você sabe... fiz. - dito isso ele para imediatamente.
- Você ainda é virgem?
- Sou - digo timidamente e ele se afasta saindo de cima de mim.