𝐂𝐇𝐀𝐍𝐋𝐈𝐗 𝐒𝐎𝐍𝐆 - concluída

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Olá!!! mais um capítulo saindo do forninho.

Espero que gostem, curtam e comentem bastante hihi

Boa leitura!!!!

***

Era quatro da manhã quando Bang Chan chegou ao dormitório com sua barriga roncando. Tinha expectativas de encontrar algum bilhetinho de sobras de alguma janta dos meninos como presente a ele, mas ao entrar na cozinha, deparou-se com o que ele menos esperava ver. Ou melhor, quem.

— Lix! Oi, é...

O loiro virou-se no mesmo instante, ouvindo a porta de correr fechar e ele engoliu em seco ao ter seu nome saindo pela boca de Bang Chan.

Lee já estava preparando-se para dormir depois de seis horas na frente de seu computador, imerso em jogos — sua melhor distração nos últimos dias — e estava apenas pegando um pouco d'água, antes de ver quem ele inconscientemente esperava ter a sua frente antes de ir para a cama.

Era quase como se Felix estivesse o esperando, mas ele nunca admitiria isso.

— Eu estava... — Felix levanta o copo d'água e Chan aproxima-se cheio de hesito, tentando ao máximo não desviar o olhar às pernas nuas do menor.

O mais novo vestia somente um moletom que sequer chegava a metade de suas coxas e Bang Chan havia notado muito bem isso, antes de Felix virar-se, mas desviar o olhar agora parecia errado demais.

— Hum... é tarde. — diz ainda com o olhar distante.

— Eu estava jogando. — ele entrelaça suas mãos nas costas e vai contra a bancada da cozinha.

— Felix... — Chan aproxima-se nesse sussurro, o que faz o mais novo ter sua respiração acelerada. — Nós precisamos conversar?

— Acho que... é melhor não. — ele da as costas para Bang Chan. — Está com fome? — pergunta encarando seus dedos inquietos sobre a pia.

— É, eu tô sim. — diz e vai até o corpo do menor, parando ao seu lado e Felix suspira com a aproximação. — A gente pode comer, juntos... em silêncio.

— Pode ser. — diz desviando o olhar ao moreno. — Sobrou da minha janta, tem bastante pra nós dois. — diz, já indo até a geladeira. — Temos porco, salada e arroz frito com kimchi. — diz, satisfeito.

— Tu não comeu nada, pelo jeito. — ri, assim que Felix larga as embalagens sobre a mesa. — Quer que eu esquente?

— Por mim pode ser gelado. — Chan assente, sorrindo ao observar as mãozinhas tentarem abrir o pote de arroz.

— Eu ajudo. — diz baixinho, ao auxiliar Felix, que apenas afastou seus dedos, sabendo que seria uma má ideia deixar que Chan o tocasse.

E então eles se acomodaram e comeram exatamente como disseram que fariam. Em absoluto silêncio.

Os dois levavam os olhos ao outro quando sabiam que não seriam descobertos, mas Chan não conseguiu desviar quando Felix apenas inclinou-se para servir água aos dois.

O cabelo bagunçado, o maxilar desenhado, os olhos focados e o breve riso que escapou pelos lábios umidificados pela sua língua quando um pouco d'água molhou seus dedos. Absolutamente qualquer detalhe mantinha os olhos de Chan presos.

E o plano era desviar o olhar assim que Felix voltasse a sua postura original, mas o mais velho não conseguiu fazer isso.

Os olhos, tão intensos, se encontraram e ali os dois perderam-se no outro. Por mais que tenha sido por meio segundo, os dois sabiam o que significava. Todos esses dias completamente afastados, haviam surtido efeito nenhum. Talvez até pelo contrário, eles sentiam desejar ao outro mais ainda.