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Bang Chan sabia o que tinha que fazer e fugir de Felix com certeza não era a opção certa.

Então ele correu, mais rápido do que havia sido para vir até aqui. Seu retorno teria que ser um triunfo, ele admitiria o que sente, abriria seu coração e esperaria o mesmo em troca.

Porém... um obstáculo o fez parar sua ida de volta ao dormitório.

Algo bateu em seu peito em uma das esquinas do último corredor e Chan até sentiu que não pararia para ver e apenas continuaria seu caminho, mas isso não era quem ele era, Felix teria que esperar.

Então ele deu um passo para trás e seu coração foi a boca quando olhou para baixo.

Lix! Me desculpa!

Felix havia se desequilibrado e caído ao chão, evitando maior impacto com suas mãos e no mesmo instante Chan tenta socorrê-lo, abaixando-se e levando os dedos às pernas do menor.

— Tá tudo bem? Me desculpa, eu não... me desculpa. — Felix balança a cabeça, tentando entender de onde havia vindo a parede a sua frente que o fez cair e ele tranca a respiração ao ouvir a voz de Chris.

— O-o quê? Eu tava indo atrás de ti. — Chan engole em seco e segura os dedos do menor para levantá-lo.

— Eu não quero ter que mentir. — diz rapidamente, antes que pudesse perder a coragem e só então leva os olhos aos do loiro.

— E-eu... eu também não quero que tu minta pra mim. — ele observa Chris, ajeitando a sua coluna e os dois levam o olhar aos dedos que permaneciam tocando-se.

— Aquela música...

— Não! — Lix o interrompe. — Eu não quero te pressionar a dizer nada. Tu está certo, eu roubei aquelas palavras de ti e isso não é justo, hyung.

Bang Chan ouve a voz rouca e aquela insegurança volta a tomar conta de seu peito, baixando os olhos e tornando sua feição confusa para Felix, fazendo o loiro afastar seus dedos.

— Tu... veio atrás de mim para... — ele desvia o olhar. — Para me dizer que eu não preciso te dar satisfações sobre o que tu ouviu?

— É, mas... na pequena expectativa de ti não concordar comigo? — diz apertando um dos olhos, mas se assusta quando do nada a luz do corredor apaga.

A escuridão tomou conta do corredor e Felix percebe, rapidamente, que ela seria acionada novamente se ele se movimentasse, por isso o loiro levanta a pequena mão e a balança, fazendo Chan rir baixinho pelo quão adorável Felix movimentou-se.

— É, eu acho que não concordo contigo. Quer dizer, a cinco minutos eu concordava, mas isso porque... — ele morde o lábio. — Porque a questão nunca foi eu não estar pronto pra te dizer o que tu me ouviu dizer naquela letra.

— Não? — Chan nega e agora quem realmente sentia cada nervo de seu corpo começar a entrar em colapso, era Felix.

— Não, Lix. — ele diz, cada vez mais nervoso. — A verdade é que eu...

— Ei, tu tá tremendo. — ele leva as mãos aos ombros do maior. — Tu não precisa ficar nervoso comigo, Chan. Sou eu, lembra? Tu pode dizer qualquer coisa pra mim.

— Não, Felix. Eu não posso. — ele aperta os olhos e o loiro junta as sobrancelhas. — É esse o problema, eu não posso te falar tudo porque eu... porque eu tenho medo. É esse o problema. É essa a questão. Eu tenho... medo.

— Medo, hyung? Medo de que? — ele alcança os olhos do maior, tentando soar o mais calmamente possível e Chan suspira, levando os dedos às suas orelhas, que queimavam.

𝐂𝐇𝐀𝐍𝐋𝐈𝐗 𝐒𝐎𝐍𝐆 - concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora