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Chan acorda em um susto ao ouvir o que ele identificou ter sido um grito. Sentou-se de imediato e viu ali a sua frente, parado na porta aberta, o que ele menos queria: companhia.

Era Changbin encarando o que só então ele percebeu ser o corpo seminu de Felix. Chan se apressa para tapar o tronco do menor, levantando as mãos na defensiva ao pôr-se de pé.

Porém, ele havia esquecido que também estava vestindo somente sua roupa íntima e ao ver o olhar de Binnie arregalar-se, Bang Chan volta às cobertas.

— Isso não... — ele olha para Lix, agradecendo por ele permanecer dormindo. Provavelmente é melhor lidar com isso sozinho.

— Eu já vi vocês dormindo juntos, mas geralmente haviam mais roupas. — seu tom não era tão assustado quanto Chan estava esperando e só então ele percebe que provavelmente o grito não havia vindo dele.

E no mesmo instante, alguma coisa cai na cozinha, fazendo o som de algum metal eclodir pela casa e xingamentos são ditos em tom alto pela voz que Chan identificou ser de Jisung.

— Ele...?

— Acho que vocês dois quebraram o Jisung. — Binnie diz, revelando um sorrisinho de canto ao descer os olhos aos dois antes de puxar a porta.

— Calma! — Chan adianta-se, puxando suas calças e as vestindo para ir em direção a Binnie. — Não aconteceu nada.

— Eu não disse que aconteceu. — Bang Chan aperta os olhos.

— Vocês não iam vir hoje. — Changbin ri.

— Nós viemos dar "oi" para o Yongbok, já que a gente sabe que ele ficaria feliz em nos ver, mas acho que tu anda cuidando bem disso. — diz com um sorriso sarcástico em seu rosto.

— Não! Por favor... calma. Eu... — Chan estava completamente nervoso, enrolando-se nas palavras. — A gente pode conversar sobre isso?

— Não precisa me explicar nada. Eu não tô surpreso. Quem ficou desorientado foi o Jisung. — Bang Chan engole em seco.

— Por que ele gritou? — Chan pergunta com hesito. — É tão... chocante para ele...? — sua voz chega a estremecer.

— Não pensa errado, hyung. Ele só se assustou quando me perguntou o que vocês estavam fazendo e eu respondi o óbvio. — o óbvio? Bang Chan não tinha certeza do que Changbin havia dito a Jisung.

— Mas não aconteceu nada demais, eu te juro.

Chan estava realmente preocupado em deixar claro para Changbin que o avanço da relação não era tanto, já que seu maior medo era que a situação saísse de seu controle. O melhor a fazer provavelmente seria implorar aos dois para manterem segredo.

— Talvez seja hora de fazer acontecer. — sussurra e puxa a porta.

— O Jisung...

— Ele vai ficar bem. A gente não vai dizer nada. — Changbin permite que Chan respirasse, mas seus olhos pediam por mais e Binnie, felizmente, percebeu. — Depois nós conversamos, vou levar o Jisung para a empresa... vou ver se ele entra nos eixos.

— Hm, obrigado. — diz baixo e o mais novo sorri fraquinho antes de fechar a porta.

Suas sobrancelhas curvadas expressavam medo ou confusão. Chan não conseguia dizer o que sentia, talvez fosse uma mistura dos dois.

Mas os sentimentos aliviaram-se, assim que ele voltou a olhar para Felix. O garoto dormia profundamente feito um anjo, com sua mão sob seu rostinho repleto de sardas.

Bang Chan volta para a cama, inspirado a acorda-lo com o carinho que prometera na noite anterior, mas antes que pudesse envolvê-lo em um toque, vê um dos olhinhos abrindo-se.

𝐂𝐇𝐀𝐍𝐋𝐈𝐗 𝐒𝐎𝐍𝐆 - concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora