II. Sinfonia da Infidelidade (cap. 13)

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Recado importante nas notas finais!

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Sinfonia da Infidelidade ou Vermelho ao Rubro.

Zhan tinha os braços colocados atrás do corpo. Ele esperava a aparição dos participantes do festival no pátio de pedras, no interior do teatro. Fitava ao redor, observando algumas pessoas conversando e outras sozinhas. No meio daqueles corpos estava Kumiko.

O coração do mais velho errou duas batidas e foi desse modo que concluiu que Yibo estava entre aquelas pessoas. Mas ele não foi o único a notá-lo, pois um olhar feminino encontrou a figura do rapaz instantes depois.

Assim que se virou captou o olhar e foi acometido por um arrepio. Os luzeiros que imergiam sua vítima a um insondável sentimento estavam lá, o encarando. Wang realizou um manear de cabeça, pedindo silente para que Xiao o seguisse.

O mais novo se virou caminhando até um corredor com pilastras e tetos com extremidades arrebatadas para cima. Posteriormente subiu um lance de escadas, na qual a partir de um caminho distinto, que o restante utilizou para estar no pátio, os levaria para um local próximo aos salões de apresentações.

Zhan o seguia de uma distância segura, pois não gostaria de levantar suspeitas de que possuía a intenção de ficar com outro homem. Em certos momentos Yibo virava a cabeça para ter certeza de que estava sendo acompanhado. Apesar de ter chegado na área dos salões continuou a subir os degraus.

Acima, no andar superior, havia um salão raramente utilizado e um toalete que fora disposto aos participantes do festival, e o último era o objetivo do acastanhado. O andar estava vazio, os sapatos ecoavam pela imensidão cara e repleta de quadros dos antigos donos do teatro.

Yibo atravessou uma porta e a mesma se fechou sozinha, Zhan apressou seus passos e adentrou o local sem saber que se tratava de um banheiro. Quando viu as cabines e as pias maiores que a de sua residência franziu o cenho. Wang estava atrás do mais velho, na parede ao lado da porta que lentamente retornava ao seu eixo, fitando as costas alheias.

Às vezes gostava de brincar com os outros, entretanto sabia que os jogos não eram duradouros quando se tratava daquele sujeito.

Xiao iria abrir a porta da primeira cabine, porém uma mão deslizou por seu peitoral e uma respiração quente bateu em seu pescoço. Inicialmente seus músculos se enrijeceram, porém a maciez dos dedos contra sua blusa escura suavizou seu ligeiro desespero. O tronco magro de seu amante se fixou em suas costas, a coluna sábia como era soube mandar a mensagem para o cérebro, e assim um segundo e amplo arrepio lhe abraçou. 

Um beijo em sua pele, um suspiro.

Um roçar de dedos na nuca, por conseguinte um selar de olhos. 

Era uma dança provocante materializada com toques simplórios, tão bobos que pareciam nulos diante de tanto desejo.

O braço de Yibo circulou a cintura do outro. Através do espelho era possível visualizar o mais novo induzir Zhan a andar para frente com a finalidade de adentrar uma das cabines, como também era perceptível a arte dos lábios de Wang encantando a bochecha do rapaz. Quando a porta foi fechada e a aura singular estabelecida, os narizes se tocaram, se rasparam misturando um pouco do suor acumulado na região.

Com as costas pressionadas na porta, Xiao ergueu o pescoço, implorando para ter carícias na derme perfumada. Como um predador salivando por sua caça, Wang curvou o corpo e beijou o local, as mãos ficaram espalmadas no metal frio, o veneno escorreu por sua boca tornando a Sinfonia da Infidelidade tangível. 

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⏰ Última atualização: Feb 16, 2021 ⏰

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