30 minute break

Capítulo 6

O seu telemóvel tinha caído no chão de madeira. Por isso enquanto alguém lhe ligava, o seu barulho ensurdecedor da vibração acordou a.

Quem quer que fosse já lhe tinha ligado 3 vezes e Johanna não ligou.

Na cozinha já estava preparado uma chávena de café com leite para ela. Provavelmente Amara já tinha acordado, feito  o café e ido trabalhar.

Só de pensar que ia hoje sozinha para a loja, desanimava a. Amara ia gravar um álbum qualquer que agora não se lembrava da banda.

O telemóvel tocou outra vez e Johanna olhou para o ecrã e atendeu.

-Estou?-começou ela.

-J preciso urgentemente de ti!- anúncio aflito.

-É para ir ver dos teus gatos outra vez Ed?

-Não! Não estou a brincar! Tenho um concerto daqui a 1 hora e preciso de cordas!

-Esta bem. Vai ter a loja!

Assim que desligou e foi se vestir rapidamente. Pôs o perfume que Ed lhe tinha dado pelo verão (nem sabia porquê. Ela só fazia anos  Fevereiro) e saiu de casa.

Na rua fazia calor mas estava vento.

Ed já lá estava. A bater com o pé nervosamente e com os  braços tatuados cruzados.

-Como é que não tens frio?-gqozou Johanna saindo do carro.

-Não sei. Podes me arranjar as cordas ou não?

-Tem calma rapaz. Sim consigo!

Johanna abriu a loja e sentiu se o ar abafado lá dentro. Por isso deixou as portas abertas. Foi para detrás do balcão a procura das malditas cordas.

-Consegues pó las?

-Claro que sim. Dá me a guitarra.-ordenou estendendo a mão.

-Pois... Eu hum... Não a tenho aqui!-murmurou coçando a nuca.

Quando estava nervoso ou embaraçado ele fazia sempre isso. E como ficava sexy.

-Estás a brincar comigo?-berrou ela.

-Ela ficou no bar onde vou tocar...-gritou de volta sem saber como isto se ia resolver.

-Caramba tenho que ser sempre eu a resolver tudo?-perguntou a si própria pondo as cordas na pequena mochila que trazia sempre consigo.

Ela fechou a loja e foi rapidamente para o raio do bar. Sentiu um pequeno constrangimento por lhe estar a fazer isto. Afinal eles já estiveram juntos. Sim! Johanna já tinha namorado com o Ed Sheeran!

Não tinham acabado por nada escandaloso mas as suas carreiras simplesmente não o permitiam. Por vezes ela encontravasse a noite ou mesmo no meio do dia a pensar nele.

Johanna seguiu o seu carro.

O bar estava vazio e somente se encontravam os trabalhadores. Tiveram que entrar pelas traseiras porque algumas fãs impediam  a porta.

-Toma!-disse e deu lhe a guitarra.

Johanna sentou se a beirinha do palco com a pernas cruzadas e com a guitarra nas suas pernas.

-Estás a usar aquele perfume que te dei?

-Sim...-confirmou ela sentindo se envergonhada. E depois sentiu vergonha de estar envergonhada.

-Cheiras bem!-murmurou ele cheirando o seu pescoço.

-Pois...

Não sabia o que havia de dizer. Ela nunca sabia o que dizer quando a elogiavam. Principalmente rapazes.

-O que fizeste na mão?-perguntou ele no seu sotaque quando viu que ela só trabalhava com a mão direita.

-Foi só um corte. Nada de mais.

Depois de um silêncio constrangedor ele quebrou o silêncio.

-Ainda ficas linda com o cabelo despenteado atrás da orelha!

Ela corou e sorriu de miudinho.

-Ei queres ficar por cá?-gritou ele tão entusiasmado que Johanna até deu um salto.

-Eu adorava mas não posso!-Johanna conseguia mentir tão bem que as vezes até ela própria acreditava em si mesma.

-Eu sei que quando mentes começas a estalar os dedos. E neste momento é o que estás a fazer.

-Ed eu não posso mesmo!- disse sem olhar para ele.- Já está!

Levantou se num abrir e fechar de olhos mas ele impediu a de sair pela porta fora.

-Olha para mim!-pegou no seu queixo e fê la olhar para ele. Mas ela não conseguia.

-Por favor olha para mim.

-Não consigo.- sussurrou quase a chorar.

-Porquê?

-Porque... sempre que olho para ti fico destroçada. Pronto já disse. Eu olho para esses lindos olhos azuis e partes me o coração e lembras me dos nossos pequenos momentos e de me obrigares a lembrar que já não estamos juntos. E sempre que te venho quer na rua quer numa revista obrigo me a pensar que já não gosto de ti!

-Ainda gostas de mim?-perguntou ele no pior momento possível.

-Não sei!-gritou uma última vez Johanna levando os braços ao ar.

Assim saiu a correr e meteu se no carro.

Passou a tarde na loja não fazendo nada. Além de ter de fazer o que era obrigada a fazer.

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