O imperador

Deixe-a ir

—O que aconteceu aqui, hoje, não acontecerá novamente! — Pakali sussurra enquanto coloca sua roupa, após pensar muito no assunto e até achou que Kuzco concordaria, afinal ele é o imperador.

— Quem te disse isso? — pode-se ouvir a ira na voz de Kuzco que fez com que Pakali paralisasse e a encarou com muita fúria.

— Você é o imperador e eu uma mera artesã, se ficarem sabendo será meu fim — a moça dramatiza no final, tentando se livrar daquele assunto, mas Kuzco ergue suas sobrancelhas e gargalha alto.

— Pakali, você consegue ser muito engraçada. — Em dois segundos ele muda de humor— eu sou seu imperador e você atenderá a todos os meus pedidos e quem ousar a se opuser ou cortar minha onda será castigado, simples assim.

— O senhor não entende imperador – a moça contesta contra as palavras, Kuzco fica furioso e a prensa na parede, encarando-a arduamente.

— Eu não entendo o que? — seus olhos brilham de desejo e luxuria, ele também gosta de ser desafiado e percebeu que seria uma grande luta conquistar aquela mulher – não me faça mostrar quem manda – ele se afasta, mas seu olhar continua fixo na garota, que treme — agora vamos falar sobre minha escultura de ouro. — as ultimas palavras saem com excitação, como se nada mais importasse naquele momento. 

Após debaterem como a imagem ficaria, onde as horas se passaram com lentidão, Pakali é escoltada de volta para sua casa,  e cansada a moça dormiu antes do horário de costume, ainda teria que acordar bem cedo no outro dia. O prazo para a imagem ficou de um mês e Pakali agora corre contra o tempo. Duas semanas se passou sem Kuzco ver a garota e seu desejo aumentava a cada segundo, entretanto ele teria que esperar a apresentação da filha mais nova do comerciante mais rico e cobiçado daquele país, já que o comerciante em vez de fechar negócios ficou mais preocupado com apresentar sua filha para o imperador e Kuzco estava pronto para reprova-la na frente de sua família. 

Ainda impaciente Kuzco cruza dos corredores do salão desejando que o tempo passe mais rápido para que ele possa suprir suas vontades. Sua enorme coroa feita de ouro pesava cada dia mais, as obrigações aumentaram assim que a população aumentou. O imperador está a beira de um colapso quando seu braço direito Ysma chega cheia de graça e pudor, avisando-lhe que a família chegou, a mesma segura sua língua a cada segundo para não se vangloriar de futuramente roubar a coroa, então ela o acompanha até o salão de jantar. Impaciente o jovem imperador quase corre em direção aos convidados, que na presença do mesmo demonstram respeito e se curvam para ele — imperador é uma honra apresentar a minha filha para o senhor — o homem mantém um sorriso bobo no rosto enquanto segura a garota pelos ombros como se a empurrasse para o imperador — seu nome é... — Kusco interfere: — tá, tá, tá já me cansei, deixe-me analisa-la — o comerciante sem graça joga sua  filha para frente e apenas assiste o seu imperador encarar cada canto dela como se fosse uma mercadoria —  é, até que não é de se jogar fora! — ele se sente ofendido, mas se contém — bom prazer em conhecer ela, mas mercadoria estragada de nada vale! DISPENSADOS. —então o imperador com sua grande capa vermelha sai do salão e volta para seus aposentos.

Ao anoitecer o imperador vai de carroça e bem disfarçado para a casa de sua artesã, assim que bateu na porta encontrou Pakali toda desarrumada e manchada. Ao ver a cena ele teve certeza de que ela é o que ele quer. Que seu coração bate mais forte por ela, e, ele nem pode esperar já lhe roubou um beijo e o casal em passos cegos foi para o pequeno quarto, ele empurra a moça na cama e deita-se por cima. Seus olhos negros e apaixonados deslizaram sobre o rosto dela, dando atenção a cada mínimo detalhe. Agora é a vez do pescoço, que é beijado a cada centímetro desfrutando de seu leve perfume – ah, como você me deixa louco – ele resmunga entre os beijos – não posso viver sem você!