—Por que me olha assim? — Pacha se serve de um copo d'água e sua esposa continua o encarando.
—Nós sabemos que aquele corpo não pertence a Pakali, temos que acalmar o imperador.
— Temos, pois ele pode sair matando qualquer um para salvar Pakali. Por sorte eu tenho amigos nas cidades e eles viram coisas, me contaram que viram durante a madrugada a família de Minerva se mudando para a casa de campo, uma casa escondida na mata. Vou lá com eles amanhã à noite e se for isso mesmo, avisarei ao Kuzco para assim podermos invadir.
—Acho melhor vocês irem com ele de uma vez só, porque se for mesmo ele já acaba com isso — beijando a testa de seu marido e seu marido sorri apaixonado — Pacha, faça um bom trabalho e resgate a mulher que conquistou o coração do imperador!
— Pode deixar comigo — delicadamente ele beija a mão de sua esposa e a moça some pelo corredor da casa. Pacha bufa alto e encara sua cozinha esperando que o pior passe. Na manhã seguinte ele se vestiu e tomou seu café matinal e em uma longa caminhada, Pacha chegou até o castelo imperial e reconhecido pelos guardas entrou sem ser barrado, ele foi levado até seu amigo que tristemente resolve algumas papeladas sentado em seu trono. Os olhos do imperador denunciam que o mesmo passou a noite chorando pois estão inchados e vermelhos, sua energia densa é transmitida para qualquer um que passe ao seu lado. Pacha encarou seu amigo e grunhiu com a garganta, Kuzco ao vê-lo abriu um pequeno sorriso e com melancolia disse — meu amigo, o que te traz aqui?
—Precisamos conversar! — Pacha se mantém sério e frio, Kuzco atendendo ao seu amigo e com apenas um gesto com os dedos todos os seus empregados se afastaram saindo do salão real. Pacha se sentou ao degrau e encarou seu amigo.
— O que aconteceu? — Kuzco volta a se concentrar em suas cartas e papeladas e parece tentar esconder os sentimentos.
—Tenho pistas de onde Pakali possa estar — Kuzco parou seus afazeres perplexo e encarou seu amigo, em seu olhar pode-se ver o desespero de um coração apaixonado.
—Vamos, me diga de uma vez, não posso mais aguentar isso! — Totalmente desesperado ele se levanta e se senta ao lado de seu amigo, ele respira rápido e parece que vai entrar em pânico a qualquer minuto.
— Tenho muitos amigos pela cidade e eles me disseram que viram Minerva e sua família indo para uma casa de campo escondida entre a floresta, planejamos encontrar a casa assim que anoitecer para que não sejamos pegos e eles terem tempo de fugir.
— Meu amigo você não sabe o quanto isso me deixa feliz e angustiado — o imperador abre um enorme sorriso enquanto seus olhos se enchem de lagrimas, ele não sabia se ria ou se chorava se abraçava ou se beijava o rosto de seu amigo, Pacha num gesto paternal abraçou seu amigo. Kuzco não aguentou e começou a chorar e agradeceu mentalmente ao amigo. Com muita ansiedade ele juntou seus melhores soldados e esperou a noite cair.
Andando de um lado para o outro enquanto come as unhas, nervoso o imperador se veste de preto para se camuflar com a escuridão ele prende suas madeixas pretas num coque e tira todo o ouro de seu corpo. Andando de um lado para o outro ansioso por ter sua noiva de volta em seus braços e pensando que quase desistiu por achar que sua menina já estaria morta. Jogado em sua cama com lagrimas que caem sem permissão Kuzco encara o teto da mesma forma em que encarou quando experimentou Pakali pela primeira vez e ali já sabia que ela era a sua escolhida.
— Kuzco, está pronto? — Pacha entra também vestido de preto e seu amigo repara que a roupa o havia emagrecido.
— Já te disseram que você ficou magro com essa cor de roupa? — Pacha olhou para seu próprio corpo e deu um pequeno sorriso, mas que depois desmanchou ao reparar que seu amigo o havia lhe chamado de gordo.
— Está me chamando de gordo? — Pacha totalmente bravo dá um peteleco na orelha de seu imperador sem ligar para seu título.
— Está batendo em seu imperador? Quer ser preso? — Kuzco brinca esquecendo por pouco tempo todos os seus problemas e ri junto com seu amigo após meses sem se deixar ser levado por algum desses sentimentos.
****
Os homens andaram por uma longa trilha escondidos para não serem reconhecidos e chamarem a atenção, cada um ali devidamente armado, menos Pacha e Kuzco. Ambos se encontraram no meio da ponte que dava para outra cidade. Pacha cumprimentou seus amigos e ele os apresentou para o imperador, os homens mal vestidos e descabelados ficaram surpresos ao ver sua alteza usando roupas de uma pessoa comum. Com pressa Kuzco e seus homens foram guiados até a casa escondida. Entraram em um caminho escuro no meio da mata que foi iluminado apenas pela luz da lua e ao verem de longe uma casa enorme e bem construída com seus cômodos iluminados tiveram a total certeza de que ali era realmente o lugar que os moradores disseram. Kuzco e seus homens avançaram, mas logo pararam, pois viram que guardas faziam a segurança da casa — o que faremos? — Kuzco sussurra para o chefe da sua equipe e começou a se desesperar novamente.
— Vamos apagar um por um sem ninguém perceber, não faremos alarde, meu senhor.
— E farão isso como?
— Com isso — ele pegou um arco e flecha, com o restante dos homens miraram em cada guarda ali. Sem demora cada flecha ali atingiu os guardas que já caíram mortos — meu imperador, temos que estar preparado, pois acho que há mais guardas na casa — o homem ergue uma espada para seu imperador que olha a arma com a cara mais estranha do mundo.
—Embora seja um imperador, não sei empunhar uma espada, por favor me proteja! Acho que é por isso que você trabalha para mim — Kuzco mostra seus dentes em um sorriso sem graça e o homem guarda a espada.
— Quero cinco homens nos fundos da casa, qualquer pessoa que sair de lá, prendam! E os outros cinco venham comigo! — já preparados, os grupos correm para lados opostos e Kuzco invade a casa com sua tropa. O corredor da casa está limpo e bem iluminado é uma casa grande com várias portas e corredores, Kuzco entra no primeiro cômodo e encontra o pai de Minerva enquanto lê alguns papéis. O homem é surpreendido quando os vê e se levanta rapidamente, sua feição se empalidece e ele fica boquiaberto — Onde está minha mulher? — Kuzco enfurecido encara o homem mortalmente e o mais velho se estremece.
— Marido o que está acontecendo? — saindo de um cômodo para o outro a esposa e mãe de Minerva os vê e mal teve tempo para pensar quando desmaiou aos pés do imperador.
— Quero que busquem por Minerva enquanto eu converso com este senhor! — O jovem dá o comando e permanecem com ele apenas seu comandante e Pacha, Kuzco se aproxima fervendo de ódio e com o punho cerrado ele lhe acerta um soco e a cara do mais velho já começa a sangrar no primeiro golpe — vou fazer sua filha assistir enquanto você e sua esposa se afogarem no próprio sangue, arrancarei seus corações e oferecei em uma seita para que vocês queimem eternamente! — novamente Kuzco lhe certa mais um soco e o velho geme de dor e em poucos minutos ele lhe acerta uma joelhada na barriga e o velho quase desmaia.
—Papai — pode-se ouvir os berros da garota enquanto ela é arrastada pelos guardas, ela se debate enquanto é puxada pelo cabelo, Kuzco se aproxima dela e aperta seu rosto.
— A onde está a imperadora? — impaciente ele aperta cada vez mais seus dedos enquanto a menina chora.
— Está no porão! — ela geme e Kuzco solta seu rosto com agressividade — vamos Pacha, vamos resgatar minha mulher!

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O imperador
Fiksi PenggemarEm seu toque ela pode sentir toda a energia, em seus beijos encontrou o céu, em seu coração um abrigo. Mas toda história romântica tem um vilão, um que quer acabar com o romance. Não será diferente entre Kuzco e Pakali. O imperador apaixonado por um...