A - ADEUS

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Eles haviam acabado de negociar com o dono da casa e faltava apenas alguns detalhes para acertar então Arthit deixou Kongpob e atravessou com Ren para o outro lado da rua onde o carro estava estacionado e o levou até a barraca de sorvete comprando um de chocolate para a pequena criança quando ouviu:
-Arthit?
Seus ombros retesaram ele se virou para encarar o pai:
-O que faz aqui? _ ele questionou tentando parecer indiferente.
-Ainda vamos ficar por mais uns dias... você saiu do emprego?
-O que?
-Está trabalhando como baba?
-Este é o Ren Suttiluck. Meu filho.
-Seu filho? Não seja ridículo Arthit! Como poderia?
-Francamente já estou farto de passar por essa situação. Pai eu me casei com Kong e adotamos o Ren. Tudo isso legalmente.
-Espere um minuto... Suttiluck? Você deu a ele o sobrenome dele? Quer dizer que você trocou o seu?
-Chài khap.
-Então você se tornou uma verdadeira mulher... que desonroso...
-Este é o seu pai? _ o menino se pronunciou?
-Você nem ao menos contou a ele sobre sua família?
-Minha família não me abandonou na casa de Khun Kekkrai. O sr. Mesmo disse que era para eu esquece-los.
-Tem sido tudo como você esperava? Todos te aceitaram Arthit? Acha que essa criança quando crescer e entender o que vocês são vai aceitar essa abominação?
-O que você quer dizer com abominação? _ Ren tornou a perguntar_ se por abominação você quer dizer dois homens se amarem incondicionalmente a ponto de resgatarem um estranho e estrangeiro de pais heteros abusadores então eu entendo e compreendo que quero viver o resto da minha vida com eles. _ Ren olhou para trás e viu Kongpob observando os arredores com uma expressão preocupada_ Mitte por... chichi está nos procurando ike...
O sr. Rojnapat observou o menino puxar a mão do único filho que estava com uma expressão de surpresa e aquilo o confundiu um pouco e notou no pulso da criança um bracelete com um sol uma lua e uma estrela.
Ele viu quando seu filho se aconchegou nos braços de Kongpob Suttiluck e o mesmo beijou sua testa ternamente e acariciou a cabeça da criança que estava com a boca toda melada. Os três sorriram... Felizes.
-Talvez realmente seja esse seu destino meu filho...
O senhor juntou-se a sua esposa e seguiu o caminho que levava a rodoviária. Ainda teriam uma longa jornada pela frente. Agora que seu filho estava guiado enfim podiam cumprir sua parte na tradição.
Arthit levantou a cabeça os vendo seguir em frente...
-Laà gon por, mae... _ sussurrou para si mesmo.

Não existe eu se não existir vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora