Kongpob o observou atentamente enquanto entravam no carro. Sabia que algo preocupava o "noivo"? achava que podia chamar assim. Para si eles já eram casados desde que o casamento não era legalizado na Tailândia para pessoas do mesmo sexo. Ao sentar e prender o sinto de segurança perguntou cautelosamente:
-Quer que eu vá junto com você?
-Hã? _ o outro acordou de seu devaneio.
-P'Arthit quer que eu vá com você?
-Meus pais não sabem sobre nós Kong... acho melhor não.
-Certo. Já que você vai pra lá então quero ir pra casa.
-Kong não foi isso que...
-Hei! Relaxa eu apenas quero ver minha família antes de me dedicar a você_ o jovem sorriu travesso_ ou você já mudou de ideia sobre ter um futuro comigo?
-Claro que não! _ Arthit bufou em protesto_ ok vou te deixar lá e te busco para irmos pra nossa casa mais tarde.
-Nossa casa... Isso soa tão bem..._ seu sorriso ofuscou toda a mente do veterano e ele acabou por fazer um cafuné na cabeça de seu júnior.
A viagem seguiu-se confortável e tranquila até a casa de Kongpob. Depois de o deixar lá ele finalmente se permitiu respirar... ele imaginava o que seus pais queriam e odiava que esse dia finalmente tenha chegado. Ligou o carro novamente e seguiu a estrada.
Andando lentamente ele parou na porta da casa de seus pais. Tocou a campanhia e a porta foi aberta por uma mulher com a mesma aparência que a sua apenas um pouco envelhecida:
-Oon! _ sua mãe o abraçou fortemente.
-Hello khap mae... _ ele cumprimentou-a com dificuldade.
-Como está lindo e crescido! Venha vamos entrar... todos estão nos esperando.
-Todos? _ ele questionou sabendo a resposta.
Passaram pelo corredor e chegaram até a sala onde havia uma família reunida. Suspirou pesadamente não havia como fugir.
Quando saiu de seu lar para a universidade sentiu como se as amarras que o prendessem finalmente fossem soltas. Seu coração há muito esqueceu a tradição ao qual pertencia e estava tão acostumado com sua vida cotidiana que quando recebeu o olhar de seu pai ele sabia que estava sendo desrespeitoso principalmente pelo brinco pendurado em sua orelha. Ele sabia que Kongpob amava aquele brinco e resolveu usá-lo naquele dia... justo naquele dia.
-Sawadeekhap_ Arthit os cumprimentou.
Seu pai se levantou da poltrona em sua direção o olhar gélido pairando sobre si lhe deu calafrios:
-Hello khap por. _ resolveu falar primeiro.
-Você mudou Arthit. Consigo sentir isso.
-Ainda sou o mesmo por.
-Conversaremos mais tarde. Veja você está aqui para conhecer sua noiva.
-Minha o que? _ ele não conseguiu esconder o espanto.
-N'Nala é perfeita Oon! _ sua mãe exclamou entusiasmada_ sua família, seus costumes, sua boa maneira e ela será uma ótima esposa Arthit e uma boa mae com certeza!
O homem não conseguia processar ou assimilar, mas não podia aceitar isso de jeito nenhum! E como naquela vez em que enfrentou as muitas pessoas da sua empresa ele resolveu encarar o pai. Mesmo que soubesse o que aquilo significaria.
-Por_ o chamou_ posso conversar com o senhor? A sós?
-Agora não. Veja... você precisa passar um tempo com N' Nala para se conhecerem. Ela já ficou no meio de adulto o suficiente.
-Mas por...
-Como eu disse conversaremos mais tarde.
Arthit foi forçado a levar Nala para o jardim da frente. Depois de sair da sala seu rosto se contraiu em raiva, obviamente ele sabia que não era culpa da jovem perto de si, mas não conseguia deixar de sentir raiva.
-P'Arthit khap. Você está bem? _ ouviu sua voz delicada.
-Sim. Apenas cansado.
-Você parece não ter apreciado a notícia do nosso noivado...
-Nong não entenda mal, mas eu não vou me casar com você.
-Mas seus pais...
-Eu não poderia... não pertenço mais a esse lugar... e não vou te dar esperanças. é melhor que desista.
-Minha mae ensinou os costumes. Se você não me aceita devo faze-lo me aceitar e amar. Tudo bem P'Arthit estou disposta a isso.
O mais velho olhou incrédulo pra ela. Resolveu que não poderia esperar e invadiu a sala de estar com um olhar severo para o pai. O sr. Rojnapat encarou o filho imaginando o que aconteceria, mas não queria uma cena na frente das visitas e acompanhou o filho até a sala fechando a porta:
-Não vou me casar com N'Nala. _ seu filho declarou curto e grosso.
-Oho... não é problema há mais moças em nossas listas...
-Não vou me casar com mulher alguma por.
O senhor Rojnapat estreitou os olhos:
-Fizemos um acordo Arthit.
-Eu sei, mas...
-Você terminou os estudos. Acabou é hora de voltar pra casa. Aquela não era sua vida. Olhe pra você! O que é essa coisa em sua orelha? O quanto você se misturou com essa gente?
-Eu sou comprometido por! _ ele deixou escapar em desespero.
-O que? _ seu patriarca questionou confuso e notou algo brilhoso na mão de seu filho.
-Estou com essa pessoa há cinco anos temos planos... um futuro...
-Termine.
-Como é?
-Você vai terminar com essa garota já! Então foi por isso que você ficou assim? Veja meu filho ela te corrompeu.
-Eu não vou terminar com ele!
NOTAS:
pessoal escolhi a palavra TRADIÇÃO para colocar na família de Arthit, mas vocês também podem entender como a religião da família. não coloquei uma definida para que não aja conflitos desnecessários.
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Não existe eu se não existir você
Fanficbaseado no final de our skyy quando Kongpob volta da China. apos enfrentarem um distanciamento terrível. seu relacionamento completando cinco anos... é hora de encarar a realidade e enfrentar aqueles que mais temem... seus pais. Arthit e Kongpob est...