De Comissário à Capitão

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Bruce observou o corpo do Tubarão Branco com atenção, ele estava a procura da moeda que sempre acompanha a letra. Não estava achando! Isso irritou o Wayne. White parecia saber onde estava, já que enquanto Bruce observava seu corpo, ele indicou com o dedo indicador onde estava... A pilha de ossos humanos. O Vigilante de Gotham se dirigiu até o local indicado por White e bagunçou os ossos, encontrando uma moeda debaixo deles. A moeda possuía o mesmo padrão: o lado da Cara estava intacto, enquanto o lado da Coroa estava queimado.

Bruce pegou a moeda e fotografou a língua de White com um iPhone 3G, lançado no mesmo ano, e saiu do Arkham por onde entrou. Assim que chegou à Lamborghini enviou a foto para Gordon pelo canal de comunicação entre eles. Em seguida, o Homem Morcego voltou para a Batcaverna.

Gordon, quando recebeu a foto, arregalou seus olhos, tendo noção de que o Batman havia ido ao Asilo Arkham clandestinamente, isso chateou o detetive. O Comissário estava em casa no momento, acariciando os cabelinhos ruivos de sua filha, Barbara, que tinha atualmente dez anos. A esposa de Gordon, Barbara, fazia o jantar. Jim se levantou do sofá de forma sorrateira para não acordar sua filha. Avisou sua esposa que iria sair e foi isso que o Comissário fez. Pegou sua viatura e dirigiu até um beco escondido da cidade, onde ligou seu canal de comunicação secreto com o Batman.

— O que estava pensando?! — O Comissário estava indignado com o Cavaleiro das Trevas, isso ficava óbvio em seu tom de voz. — Você invadiu um hospital psiquiátrico!

— Eu avancei na investigação. — Bruce falou com sua calma habitual. — Há também outra moeda. — O Homem-morcego informou.

— Não importa! Quer dizer, importa. — Ele bufou. — Droga... — Gordou suspirou, se acalmando. — Quem é o próximo nome da lista?

— Hamilton Hill. — Bruce respondeu com seriedade.

— Merda. — Gordon rosnou. — Logo o prefeito?! — Bufou. — Ok, vou ver se o mandado vai valer pra ele. Há princípio vamos no escritório dele amanhã.

— Hoje. — Bruce falou sério. — Precisa ser hoje.

— Tá bom, vou ver o que consigo fazer. — Gordon desligou e entrou em contato com o amigo juiz, George Brigdes. Brigdes informou o que Gordon já esperava: o limite para um mandado de busca é até às oito horas da noite. O juiz ainda informou que tentaria prolongar o prazo, mas não era garantido. Gordon repassou isso à Bruce.

O Homem Morcego desligou o telefone na hora e batucou seus dedos na mesa de seu computador na Batcaverna, estava tendo uma ideia arriscada... Como de praxe.

— Alfred. — O Homem Morcego chamou com seriedade. — Invadir o escritório do prefeito seria muito errado?

— Certamente, patrão. — Alfred respondeu com sua seriedade habitual. — Entretanto, levando em consideração que o senhor invadiu um hospital psiquiátrico... Acredito que não há tanto problema.

Bruce assentiu com sua cabeça, pensativo. Aparecer durante o dia como Batman estava fora de cogitação, era desvantagem para Bruce; por isso, ele precisava invadir o escritório do prefeito de Gotham, Hamilton Hill.

Bruce passou duas horas se preparando, e ao relógio tocar a décima segunda balada, dando a meia noite, ele vestiu seu capacete e pegou a Lamborghini. O Cavaleiro das Trevas se dirigiu até a prefeitura de Gotham City e invadiu a mesma após desabilitar o sistema de alarme — com auxílio do Alfred, na Batcaverna.

O Vigilante Noturno de Gotham City caminhou até o gabinete do prefeito, Hamilton Hill. Narcisista, Bruce pensou após ver um quadro enorme, de teto à chão, com a imagem do prefeito: um homem grisalho, de idade avançada e bochechas gordinhas, o que deixava seu bigode chinês bem explícito. Além de usar um terno preto de giz, com camisa social branca e gravata preta de giz.

𝘽𝙖𝙩𝙢𝙖𝙣: O ɪɴɪ́ᴄɪᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora