A energia que o lugar transmitia era contagiante, parecia a definição perfeita de "paraíso"!
As flores, o lago, ah, a fonte! Nunca se vira nada mais lindo do que aquele jardim. Parecia tudo tão sincronizado, tudo no devido lugar!
Havia até chuva de pétalas, era um verdadeiro sonho!
— Eu sei! — Tamara suspirou extasiada. — É encantador!
— É mágico! — Ana esboçou. — Parece irreal! Parece utópico! — Ela girou enlevada. — Eu acho que estamos tendo um mesmo sonho, Tam, acho que estou flutuando...
Tamara olhou alegre para a irmã, a última semana foi difícil para ela. Não sabia o porquê, Ana não compartilhava muito o que sentia. Vê-la alegre deixava o ambiente mais leve.
Sorriu genuína à menina que observava o local escolhido para o casamento.
Como ela se parecia com a mãe!
E como Tamara sentia falta dela!
Estava preparando seu o casamento, ela deveria estar aqui. Mas não estava, era a vontade de Deus.
Ela precisava seguir e ser forte.
Ela era a mais forte!
— Não tenha vergonha. — Ana falou ao reparar que a irmã tinha os olhos marejados, não fazendo ideia do verdadeiro motivo. Eu também estou prestes a chorar de emoção por isso aqui. — Rodopiou evidenciando o sítio.
Tamara suspirou sorrindo em concordância. Ninguém precisava saber que estava mais abatida que o normal.
— Vamos? — Arthur se aproximou com a cortezia habitual. Ana Maria não o detestava, mas não morria de amores por ele. Na verdade, tinha mais ciúmes do que outra coisa dele.
— Claro. — Tamara respondeu roca. Entrelaçaram os braços e começaram a caminhar, porém, pararam ao ouvir uma tossidela de Ana. — Quer dizer alguma coisa, maninha. — Tamara perguntou entre dentes. Ultimamente a irmã estava bem armada à desmancha-prazeres.
— Nada. Mas não era suposto o Arthur segurar ambas? — Perguntou fingindo indignação.
Tamara queria protestar, porém, o noivo foi mais rápido.
— Claro, peço desculpas, Aninha. — Arthur se aproximou conduzindo-a também.
— Só Ana basta. — Ela refilou.
Tamara suspirou já começando a se aborrecer com o comportamento dela.
— Você está bem, minha querida? — Arthur perguntou preocupado. — Ultimamente parece um pouco em baixo.
Ana estava tão enjoada com o agir cavalheresco do cunhado que nem se deu o trabalho de constatar o que falava.
— Estou bem sim, meu bem, mas não se preocupe. — Ela mentiu. — O estresse do casamento tem me afetado um pouco, nada de mais.
Eles realmente combinam. Talvez seja por isso que estejam se casando. — Ana Maria pensou.
— Relaxe, então. — Ele parou de caminhar e encarou o amor da sua vida. — Não quero que adoeça. — Tocou-lhe a face levemente.
Ana acompanhou o gesto ternurento dos dois. Ele era carinhoso e amoroso com a irmã. Mas acima de tudo, era respeitoso.
Ele era perfeito para ela!
Eram perfeitos um para o outro!
Ela continuou a sua caminhada mirando cada canto e recanto daquilo. O paisagista havia feito um ótimo trabalho sem dúvidas.
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18 anos... E Depois?
SpiritualO que dizer de uma vida sem um real propósito? Uma jovem adulta habituada ao vão de uma existência sôfrega, descobrirá a essência Divina por trás de um viver por necessidade. O trilhar de um caminho assustador acompanhado do agir do Ser que brada p...