I like you, Hyung - Hyunknow ❣️

1.❣️

Havia uma garota. E havia o Minho Hyung.

Hyelim era tudo o que você podia desejar em alguém. Honestidade, gentileza, carisma, beleza... A pessoa perfeita para se afeiçoar, mas por favor, tentem adivinhar de quem meu coração idiota resolveu gostar. Isso mesmo, parece que você acertou, Minho Hyung.

E para melhorar, Hyelim também gosta dele. Eu poderia culpá-la? Na verdade não. O Hyung era confiante, inteligente, capitão do time de futebol, bonito, sociável...

Eu estava mais para um zero à esquerda. Nerd número 1 da escola e completamente apaixonado por câmeras fotográficas. Céus, nunca entendi como me tornei amigo daqueles dois. Sou o exato oposto de cada um e não consigo entender como alguém como Minho é melhor amigo de alguém como eu.

Nos conhecemos pelo jeito mais clichê de todos. Ele me salvou dos fanfarrões. Primeiro dia de aula numa escola nova, ensino médio, problemas familiares, hormônios incontroláveis e uma dúvida latente sobre minha sexualidade. Um idiota simplesmente me empurrou e eu derrubei todo meu material no chão, estava tão desanimado que simplesmente comecei a juntar tudo em silêncio, ignorando todas as provocações do mais velho. Isso com certeza não foi uma boa ideia. Ele ficou irritado, me agarrou pelo colarinho e eu magro como sou, fiquei alguns centímetros do chão. Fechei bem os olhos esperando um soco que não veio e de repente caí com tudo no chão.

— Ei idiota! Por que não briga com alguém do seu tamanho?

Eu havia sido salvo e juro que aquele momento pareceu cena de filme. Eles discutiram por pouco tempo, Minho Hyung coloca medo em qualquer pessoa.  

— Tudo bem? — Ele perguntou e apenas afirmei com a cabeça. — Qual o seu nome?

— É Hyunjin. — O olhei pela primeira vez e uau.

Ele tinha cabelos castanhos brilhantes, olhos amendoados e rosto bonito.

— É novo aqui, Hyunjin-ssi? — Novamente balancei a cabeça em confirmação. — Me chamo Minho, quer passar o intervalo comigo? — Eu lembro de ter achado isso bem esquisito mas óbvio que aceitei.

E refutando minha teoria de que logo logo ele me esqueceria e voltaria para os populares, ele me buscava no começo do intervalo e me deixava na sala antes de ir para sua própria. Era como um ritual, todos os dias eu o esperava e assim passávamos o recreio juntos conversando sobre coisas insignificantes. Após um tempo ele também me deixava em casa e eu o encontrava as sete em ponto para irmos a aula juntos.

Meses se passaram e Hyelim entrou em minha sala. Rapidamente ficamos amigos e Minho também a acolheu. Assim éramos três. E também uma espécie de triangulo amoroso. Eu e Hyelim gostávamos de Minho e ele, ele eu nunca soube. Apesar de eu achar que ele também gosta dela.

E é assim que me encontro um ano após tudo isso ter começado. Eu e Hyelim esperando o sino da terceira e última aula da tarde bater, para encontrarmos Minho Hyung no fim do treino de futebol e irmos para casa. A escuto atentamente enquanto desata a falar sobre como nosso Hyung é lindo e como é gentil e isso e aquilo...

Não vou dizer que nunca reparei nos belos detalhes dele, mas não me permiti aceitar isso pois ele sempre me tratou como seu irmão mais novo e tenho medo de o afastar. Eu disse que não me permiti mas aconteceu mesmo assim. Era óbvio que isso ia acontecer, estava escrito na minha testa "Hyunjin vai gostar do seu Hyung favorito" desde o momento que o chamei assim pela primeira vez.

E bom, com Hyelim na jogada, eu claramente não tenho chance. Voltei à estaca zero e nem tinha começado.

Caminhamos tranquilamente até o campo da escola. Sentamos na arquibancada bem no momento em que Minho acertou um belo chute na gaveta. Ele deu uma piscadinha para nós e o técnico apitou, avisando que o treino do dia havia acabado.

Após ele se arrumar e sair do vestiários, fomos andando para casa de Hyelim, já que ela é a casa mais próxima da escola. Ambos conversavam animadamente mas eu só conseguia olhar para o chão e me perguntar aonde que tudo deu errado.

Nos despedimos dela e a esperamos entrar em casa. Minho passou um braço por meus ombros e disse a frase mais aterrorizante de todas:

— Temos uma festa essa noite.

— Hyung, por favor. Não faça isso comigo. — Será que com drama ele desiste?

— Sem choramingar Jinnie, você vai comigo sim. — Parece que não.

— Mas eu nem gosto de festas, Minho.

Ele esperou eu destrancar a porta de casa para continuar a discussão. Entramos, deixamos os sapatos e as mochilas na porta e eu fui direto pra cozinha beber um copo de água. Minho fechou a porta e me seguiu, já tirando a gravata do uniforme e desabotoando a camisa, ficando somente com a regata preta.

— É sexta Jinnie, vamos aproveitar que o Chan vai fazer uma festa e não temos que pagar nada, só comparecer.

Continuei bebendo minha água em silêncio, imaginando o quanto vai ser ruim e sem graça. Ele se aproximou devagar e seus centímetros mais altos me irritaram profundamente.

— Eu faço o que você quiser. — A proposta era tentadora mas não tem nada que eu queira dele. — Não me faça apelar, Hyunjin.

De primeira eu não entendi do que ele estava falando, mas então senti um cutucão na minha costela, depois outro e mais um, e aí risada histérica saiu de mim sem controle algum.

— Hyung, por favor. Cosquinha é golpe baixo. — Eu tentava falar, mas acabava rindo ainda mais. Quando comecei a sentir falta de ar ele finalmente parou e ele estava bem mais perto do que antes.

— Eu não quero ir sozinho. Por favor, vai comigo. — Senti borboletas no estômago e apenas concordei com a cabeça, a fim de afastá-lo um pouco.

— Ok, nós vamos. Mas você está me devendo essa, certo?

— Certíssimo, senhor. — Ele levantou a mão como se fizesse um juramento.

— Idiota.

— Vou para casa. — Minho amarrou a blusa social da escola na cintura e pegou a mochila. — Venho te buscar as dez horas ok?

— Ok. — Beijou a minha testa como sempre e saiu. 

Tenho algumas horas até a festa mas já estou me arrependendo de ter aceitado.

Ah Hyung, por que?          

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