6.❣️

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Pego minha mochila e a deixo na porta. Caminho até minha mãe para me despedir.

— Filho... — Me abraça apertado enquanto bagunça meus cabelos. — Vou sentir tanto a sua falta.

— Também vou, mãe. Muita mesmo. — Percebo que ela é incrivelmente forte ao me apertar ainda mais e eu ter que balbuciar para ela me soltar.

— Juízo, se divirta muito, obedeça aos avós dele... — Ia dizendo tudo o que já sabia. — E se for fazer alguma coisa... use preservativo.

Pelo jeito que ela riu, consegui expressar todas as minhas emoções numa careta horrorizada. Meu Deus, eu realmente mereço isso? Primeiro o Minho, aquele pervertido, e agora a minha mãe.

— É sério Jinnie. — Ralhou. — Saúde e proteção em primeiro lugar.

— Está bem, mãe. Podemos não falar sobre isso? A senhora já deixou claro a um tempo atrás todas essas questões e... bom, não vai acontecer nada de qualquer forma. — Ela estreitou aqueles olhinhos ameaçadores em minha direção.

— Uhum, sei. — Suspiro aliviado quando ouço batidas na porta. — Oh meu bebê está crescendo tão rápido. — Choramingou e me abraçou mais uma vez.

— Mãe, me solta. — Digo rindo quando ela enche meu rosto de beijinhos.

— Te amo muito, sabe disso certo?

— Sei, eu também te amo. — Deixo um beijo em sua testa e vou em direção a porta. — Me manda mensagem nos seus intervalos e coma direitinho.

Abro a porta e me deparo com Minho apoiado no batente enquanto mexe no celular. Sua franja cai sobre os seus olhos concentrados e sorrio com a cena. Está vestindo uma calça preta confortável com uma blusa também preta. Fecho a porta o despertando e ele sorri ao me ver.

— Está bonito. — Me abraça e sinto um arrepio quando ele sela meu pescoço. — E cheiroso.

Se aproxima e sela meus lábios, mas sem aprofundar muito, afinal ainda estávamos na frente da minha casa e tínhamos que buscar a Noona. Ele segura na minha mão enquanto vamos andando até a casa de Hyelim num silêncio confortável, e claro que quando chegamos lá nos soltamos, mas o Hyung faz questão de me manter quase que colado a ele.

Buscamos ela e vamos direto a estação de ônibus, já que os pais dele tinham acabado de voltar de lá. A viagem foi tranquila, era somente duas horas até a cidade onde eles moravam. Hyelim dormiu do começo ao fim, enquanto eu aproveitava para ficar de chameguinho com Minho.

Sua casa permanecia numa pequena vizinhança, mais afastada do centro. Perto tinha um lago maravilhoso que com certeza iríamos e pelo que vi, está acontecendo uma grande festa de aniversário da cidade.

Fomos recebidos com pizza e muitos abraços. Os avós de Minho sempre são muito alegres e carinhosos, já perdi a conta de quantos finais de semanas e férias já passei aqui com eles. Também não é a primeira vez da Noona, passamos seu aniversário passado aqui.

— Olha como estão grandes, amor. Como senti saudades de vocês. — A vó nos deu um grande abraço, passando por cada um para nos olhar e ver se estávamos bem alimentados. Coisa de vó, né? — Jinnie, meu menino. Como cresceu. — Exclamou animada.

— Obrigada, vó. Senti muita falta da senhora. — A abracei.

— Por que não vem com mais frequência?

— Por causa do Minho Hyung, esse preguiçoso.

— Ah, bobagem querido. Sabe que minha casa está sempre aberta para você. — Segredou para mim e eu sorri presunçoso para Minho.

Comemos a pizza e depois decidimos assistir a um filme enquanto comíamos sorvete. Era até um filme divertido, mas eu não conseguia prestar atenção enquanto Minho ficava me usando de travesseiro e me apertando quando ninguém olhava.

Respira fundo Hyunjin, o filme está quase acabando.

Quando finalmente terminou, nós três subimos para dormir pois amanhã seria um longo dia. Deixo minha mochila do meu lado da cama de casal e pego o necessário para me aprontar para dormir, indo direto para o banheiro. Troco de roupa, colocando meu camisetão favorito – que eu roubei do Minho – e um shorts folgado, escovando bem os dentes depois.

Saio e abro um pouco a grande janela do quarto para ventilar. Me sento na ponta da cama para mandar uma mensagem para minha mãe, avisando que chegamos bem.

Minho sai do banheiro vestindo a camiseta e eu engulo em seco ao ver seu porte atlético. Meu olhar sobe para seu rosto que sustenta um belo sorriso de canto e eu reviro os olhos.

— Você não consegue manter suas mãos guardadas?

— Por que? — Se aproxima ficando em minha frente, só que em pé. — Não gosta que eu te toque? — Apoia as mãos uma de cada lado do meu corpo, me fazendo recuar um pouco, até eu começar a escorar meus cotovelos no colchão.

— Não é isso... — Esqueço o que ia falar quando ele segura minhas pernas e as afasta, ficando por cima de mim. Tento não perder o foco da discussão mas é tão difícil quando ele me olha desse jeito e umedece os lábios. — Seus avós podem ver e Hyelim está...

Não me deixa terminar, findando a distância e me beijando avidamente, sem me dar tempo para pensar em brigar com ele por ter me interrompido.

Agarro seus fios em reflexo, sentindo ele puxar meu lábio inferior com os dentes. Sua mão caminha até a minha coxa e a aperta, logo voltando para a cintura onde permanece. Sela minha boca mais uma vez antes de começar a beijar minha bochecha, descendo pela mandíbula e chegar ao meu pescoço sensível, onde deixa uma mordida fraquinha perto da orelha. Puxa um pouco a minha blusa para o lado e sela minha clavícula antes de seus lábios sugarem minha pele.

— Hyung... — Meu gemido escapa assim que ele finaliza e deixa mais um beijinho no meu pescoço.

— O que estava dizendo mesmo? — Pergunta com um sorriso.

— Não lembro.

— Então vamos dormir. — Determina mas continua deixando selinhos carinhosos nos meus lábios, me fazendo rir.

Me ajeito na cama e ele apaga a luz. Minho deita do meu lado e me puxa para perto, mesmo com todo o espaço que temos dessa vez. Minha cintura é abraçada por ele e eu suspiro feliz, fechando os olhos e dormindo no seu aconchego.





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I like you, Hyung - Hyunknow ❣️Onde histórias criam vida. Descubra agora