Idiota Britânico

Capítulo 6

Katherine

Não consegui me segurar e acabei vomitando.

Não acredito que estou mesmo grávida.

Senti meu corpo mudando, ando muito enjoada, mau humorada, não tenho paciência e estou com uns desejos estranhos, até cheguei a pensar que fosse uma virose ou qualquer coisa do tipo, menos gravidez.

Vamos recapitular...

Eu e Titan nos casamos e estamos muito felizes, mas não esperava essa gravidez, não tivemos tempo de conversar sobre crianças no futuro, nem muito menos no presente.

Deus.

Como eu fui engravidar?

Não, tudo bem. Eu sei como engravidei.

Mas eu tomo anticoncepcional, como isso foi acontecer?

Logo comigo, nunca esqueço um dia.

Enfim voltando a realidade.

— Kate, tudo bem? Fala alguma coisa você está mais que pálida. — Josephine me pergunta, enquanto mexe as mãos de um lado para o outro me abanando.

— Como isso foi acontecer Jô? — digo ainda em choque.

— Bom, como eu vou explicar, acho que você faltou essa aula de anatomia na escola é quando um homem e uma mulher, bom se apaixonam, na verdade não precisam estar apaixonados, só atraídos um pelo outro, geralmente tem um encontro e depois do encontro o homem e a mulher ficam... Como vou dizer.. nus e o homem enfia o pênis na vagi..

Faço um sinal de pare com a mão na frente de seu rosto, para que ela não diga mais nada.

— Eu sei, como acontece Josephine.

Minha irmã começa a rir sem parar.

— Pode parar de rir, esse assunto é sério. O que eu vou fazer? Como vou falar para o Titan? A gente nem acabou de pagar a hipoteca da casa, como vamos criar uma criança? — pergunto aflita e Josephine olha diretamente em meus olhos.

— Calma Katherine,  você e o Titan vão dar um jeito, os dois trabalham e tudo vai dar certo.

— Aí meu Deus! Eu tô grávida! — caio no choro, devem ser esses malditos hormônios, pareço uma manteiga derretida, frita, sei lá.

— Sim, você tá grávida! — Josephine diz com um sorriso no rosto.

—Eu vou ser tia!! Nem estou acreditando.

— Se você não acredita, imagine eu que vou parir essa criança. — coloco as mãos no rosto.

— Como você vai falar para o Titan? — ela pergunta.

— Eu não sei! — falo um pouco assustada.

— Kate relaxa, parece até que o Titan é um monstro. — Minha irmã fala com desdém.

— Ele não é, mas eu não sei como vou falar, não sei como reagir, eu não estava esperando por uma gravidez tão cedo, acabamos de nos casar! — digo e uma lágrima cai dos meus olhos. — E ainda tem esses hormônios, não estou me reconhecendo Jô, não sou desse jeito.

Josephine me abraça apertado.

— Calma vai ficar tudo bem e com certeza vamos rir muito desse dia, daqui a alguns anos. — caímos na gargalhada.

Mas que droga de hormônios, acho que vou ficar louca.

— Como eu vou contar para o Titan?

— Eu tive uma ideia! Confia em mim?

***

Titan

Assim que Hero e eu saímos do restaurante, pedi para ele vir junto comigo à minha casa, vou mostrar tudo a ele.

Antes do casamento Kate e eu morávamos em um apartamento, e logo depois que nos casamos conseguimos um financiamento e compramos a nossa casa.

Ela tem 4 quartos, 3 banheiros, uma sala espaçosa, um quintal enorme, piscina e uma lavanderia.

Eu e Kate escolhemos a casa por que nos sentimos conectados a ela.

Mesmo que não tenha tocado no assunto com minha esposa,  um dia quero encher aquele lugar de crianças.

Só de pensar consigo visualizar um casal correndo pela casa, ela com olhinhos azuis que nem o da Katherine e cabelinhos castanhos claros como os meus com os dedinhos rechonchudos e as bochechas rosadas, e o menininho com os olhinhos verdes e cabelinhos loiros como os de Kate.

Nossos filhos.

O pensamento aquece meu coração.

Nossa família.

Hero me tira dos pensamentos profundos.

— Eu estou realmente muito cansado, só vou passar na sua casa pra dar um abraço na Kate e vou para o apartamento.

— Vamos passar bem rápido a Kate não estava se sentindo bem hoje de manhã e não foi trabalhar, só vou dar uma conferida pra ver se ela melhorou. — digo num tom preocupado.

— Você tem que levar ela no médico logo Titan, não é normal ela passar mau desse jeito.

— Eu sei, mas não consigo convencê-la, ela se nega a ir, já tentei de tudo e é sempre a mesma coisa, diz que é só uma virose e que vai passar logo. — explico.

— Você mora a onde mesmo? Em qual parte de nova York? — Ele pergunta.

— A gente comprou uma casa em Manhattan, é muito tranquilo e tem muitas residências familiares, é o local ideal pra começar a formar uma família.

Quando termino de falar, percebo que já estamos em frente a minha casa, então eu estaciono o carro.

— Você se importa de abrir a porta, enquanto eu coloco o carro na garagem? — pergunto a Hero.

— Não, pode deixar que eu abro.