Capítulo 34

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Ontem a tarde quando cheguei peguei uma parte da conversa de Josephine com Amy, não era minha intenção escutar, mas acabei escutando.

Repeti a frase pra mim mesmo internamente várias vezes.

— Não consigo não sentir ciúmes!”.

É estranho estar feliz por ela sentir ciúmes?

Foda-se, mas eu estou feliz e gostando muito disso!

Almocei com a Chloe por que ela queria me pedir ajuda para distrair Tyler, vai ser o aniversário dele semana que vem e como vamos viajar pra um vilarejo para uma partida de Hóquei, ela quer que eu o ocupe enquanto arruma um almoço pra ele com os jogadores do time.

— Pá-pá coio. — Amy me pede colo, acabamos de jantar e agora estou lavando a louça, deixei ela no chão pra ela ir treinando os passinhos.

— Já já minha bolota, papai está terminando aqui. — digo me viro pra ela que está coçando os olhinhos.

Josephine foi trabalhar e como de costume fiquei cuidando de Amy.

Quando termino de lavar o último copo, deixo ele escorregar na pia.

Merda! — resmungo.

Agora vou ter que recolher todos os cacos.

Vou até o armário procurar um pouco de papel toalha, qualquer coisa pra enrolar os cacos e jogar fora os fragmentos do copo.

Amy começa a chorar e eu a pego no colo.

— O que foi filha? Tá com sono. — pergunto e ela coloca a mão na minha bochecha.

— Pá-pá. — choraminga.

— O que você tem? — dou um beijinho em sua bochecha. — Quem é a menina mais linda do papai, em? — pergunto e ela ri.

— É você, não é? — falo fazendo cócegas nela e Amy gargalha.

— Papai vai te colocar no chão e você vai ficar quietinha, tá bom? Eu já vou te pegar de novo, só preciso fazer uma coisa. — ela faz um biquinho e resmunga.

Ponho ela no chão e começo a recolher os cacos da pia, quando estou quase acabando Amy, agarra minha perna.

Olho para baixo, para encará-la.

— Só mais um minuto filha. — digo ainda olhando pra ela.

Quando vou pegar mais um caco.

— Puta que pariu. — cortei minha mão, tem sangue por toda a pia.

Por reflexo fecho minha mão com força e o vidro crava mais fundo na minha pele.

Sinto meus olhos enchendo de água, que dor desgraçada.

Abro minha mão e ligo a torneira em baixo da água, o meu sangue começa a se misturar com a água ficando num tom de vermelho fraco.

Tiro a mão de baixo da água e consigo localizar o vidro, tendo tirá-lo mas parece fincar mais ainda na minha carne, desisto de tentar e enrolo um pano de prato na minha mão vou ter que ir no médico, em pouco mais de um minuto o pano já está vermelho escarlate coberto com o meu sangue, chamo um táxi e ponho uma roupa de frio em Amy e pego a bolsa dela com algumas fraldas, pra se eu precisar trocá-la no hospital.

***

Josephine

Hoje fiquei no setor da emergência adulta e até parece mentira, não tem nenhum paciente aqui, ninguém resolveu passar mal. Então estou aqui na recepção do hospital conversando com Mary.

Idiota BritânicoOnde histórias criam vida. Descubra agora