Josephine
Hero e eu descemos para a cozinha, assim que terminamos de tomar banho.
Agora estamos aqui sentados na cadeira da bancada, comendo alguns sanduíches de manteiga de amendoim com geleia de morango que eu fiz.
Estava com preguiça de esquentar o jantar.
— Como você está se sentindo? — pergunta, quebrando o silêncio.
Mastigo um pouco do sanduíche.
— Normal, eu acho. — digo e ele sorri com minha resposta.
— É normal, sentir ciúmes por que eu não fui seu primeiro?
Rio de sua pergunta, não sei se ele endoidou de vez, ou eu que sou maluca por achar algo tão possessivo engraçado.
— Você não tem com o que se preocupar, minha primeira vez foi horrível, melhor.. muito muito horrível, ruim mesmo. — falo com desgosto.
— Foi tão ruim assim?
Curioso.
— Sim. — respondo sem pensar duas vezes.
— Essa história é um pouco embaraçosa. — sinto minhas bochechas corarem com a lembrança.
— Agora eu quero saber, me conta por favor. — diz sorrindo.
Solto o ar dos pulmões.
Aí meu Deus!
Lá vai.
— Então, sempre tive uma queda por jogadores. — faço uma pausa.
— Conta logo Josephine.
— Continuando.. quando eu tinha 15 anos, Meredith.
— Quem é Meredith? — Hero pergunta me interrompendo.
— Como você vai saber? Você me corta toda hora.
— Tá, não vou te atrapalhar se você falar logo.
— Ok, mas não me interrompa novamente, se não você nunca vai saber como foi. — digo entre os dentes, já estou ficando irritada.
— Pode continuar. — Hero fala e faz sinal com a mão para que eu volte a falar.
— Meredith, minha professora de inglês juntou duas turmas de veteranos com a minha e sorteou duplas para fazermos um trabalho que valia metade da nota final, era uma encenação de Romeu e Julieta, mas nós tínhamos que escrever nossa própria versão e encenar. Para de me olhar assim.
— Assim como? — ele diz com a sobrancelha arqueada.
— Como se estivesse querendo me apressar.
— Não vou fazer isso também, agora diz logo.
— Tá bom. — bufo. — Continuando, pela terceira vez... Uma tarde eu fui para casa do Brad, treinar o trabalho, ele tinha 18 e eu 15 anos, eu era apaixonada por ele desde que eu tinha 12, então com o trabalho, eu finalmente vi uma chance de me aproximar dele e tal. Sabe ele era o sonho molhado de qualquer adolescente do colégio, loiro, olhos azuis, todo musculoso. — Hero faz uma careta, mas continuo mesmo assim. — ele era capitão do time de beisebol, onde eu estava mesmo? Me perdi um pouco.
— Você foi pra casa dele.
Ignoro a carranca de Hero e continuo a história.
— Ah sim. Fui pra casa do Brad uma tarde e não tinha ninguém em casa, foi a primeira vez que ficamos realmente sozinhos, só nós dois. Sempre ficávamos na biblioteca do colégio ou no Starbucks uma quadra depois da escola.
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Idiota Britânico
FanfictionJosephine Lang, uma jovem médica residente cujo objetivo era viver uma vida afastada do amor. Pelo menos por enquanto, mas próxima da sua família e da sua amada irmã Katherine. Porém tem sua vida devastada por um acidente de carro, que tira a vida...